Capítulo 25

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Mark

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Mark

Eu preciso sair daqui, nesse momento não a local mais opressor do que minha própria casa peguei meu carro e saí literalmente pilotando pelas ruas de Monte Carlo, precisava pensar.

Eu tinha uma vida, eu era casado, tinha meus filhos, profissionalmente as coisas iam muito bem eu me considerava um cara sortudo. Muitos pilotos colegas de profissão eu via tendo casos, mas eu não fazia questão disso, sempre fui muito focado e ter uma vida familiar estável me garantia sossego para trabalhar.

Eu não posso dizer que amava minha ex-mulher, mas ela era boa e eu me sentia feliz com ela, era um relacionamento tranquilo. Mas, aquele dia em que eu a conheci foi como se uma flecha tivesse sido atirada em mim, bateu forte bem no meu coração.

Os Anjos Caídos iam fazer um show depois de uma corrida aqui em Mônaco, todos estavam lá, eu venci a corrida, então estava mais do que disposto a comemorar. O show foi mais do que bem vindo, então fomos todos nós: pilotos, os mecânicos e até os chefes da equipe.

Eu já tinha visto os shows deles pela TV e vi alguns vídeos, sempre que olhava para Azze sentia uma inquietação, meu pau dava sinal de vida e eu achava engraçado uma mulher que eu nunca vi pessoalmente me causar esse efeito, então fui para o show com uma certa expectativa de vê-la um pouco mais perto. Nesse dia me lembro de ter me divertido muito, curti as músicas que eu já conhecia a maioria, me diverti com os amigos, vê-la no palco me enlouqueceu e eu cheguei a comentar com alguém que gostaria de conhecê-la.

Normalmente depois de shows assim as bandas oferecem festa para algumas pessoas vip e dessa vez eu fui convidado. Em qualquer outra ocasião eu não iria, minha esposa ficaria muito brava, mas dessa vez eu fui, eu queria ver Azze de perto, só de ver no palco ainda não tinha saciado minha vontade o suficiente.

A festa foi realizada em um dos Cassinos, puro luxo, gente rica, bonita e arrumada. Quando entrei muita gente veio falar comigo, me parabenizar pela vitória e dei uma entrevista. Mas, confesso que estava focado no que queria ver ali.

Fiquei um tempo conversando até que a vi, numa mesa num canto, cercada por muita gente. Meio que se encolhendo por conta de tanta atenção, eu tinha imaginado que a essa altura do campeonato não deveria mais a incomodar. Ela passava a mão pelos cabelos e segurava no braço de Mike, eu sabia que eles eram irmãos e percebi que ele também parecia desconfortável, acho que fiquei um tempo encarando porque vi quando os dois olharam para mim de repente, foi um olhar tão agudo que me senti desconfortável o que me surpreendeu, pois poucas coisas me deixam desconfortável. Vi quando eles começaram uma conversa sussurrada e eu meio desconsertado.

Resolvi ir para o bar pegar mais uma cerveja. Fiz meu pedido ao garçom me sentando em um dos bancos altos, já estava pensando em ir embora quando vi Mike ao meu lado, peguei a cerveja que o garçom me entregou e me virei curioso quando ele se apresentou.

– Oi! Eu sou Mike Angels e você é o grande campeão da noite, Mark Anderson, eu torço sempre por você! – ele sorriu simpático estendendo a mão para um aperto.

Sabe quando você sente que tem algo estranho numa pessoa? Eu senti exatamente isso quando olhei para Mike, até o sorriso dele era enigmático como se ele soubesse algo que eu não sabia, eu me tornei cauteloso.

– Obrigado por torcer por mim, eu gosto muito de sua banda também, músicas muito boas.

Fui interrompido pela presença dela, Azze Angels.

Eu não sou um cara falador, mas no momento em que ela se materializou ao lado do irmão eu simplesmente perdi as palavras. Fiquei encarando, a boca ficou seca e tomei um gole da cerveja ainda a olhando.

Ela não me cumprimentou, não disse nada, apenas olhava para mim. Acho que perdemos uns vários minutos até que Mike interrompeu.

– Depois da festa que nós damos para patrocinadores e funcionários, sempre tem uma pós-festa em que convidamos apenas um grupo de pessoas mais próximas, talvez você queira ir, como eu disse eu sou um grande fã! – ele disse sorrindo.

Eu assenti sem dizer nada, a minha cabeça ficou cheia e enquanto conversava com Mike sobre carros e aerodinâmica dos carros de corrida, minha cabeça vagava e eu pensava, é claro que eu não vou para essa pós-festa. . . Não é?

O que posso dizer a vocês? Eu fui, claro que fui, eu fui porque estava atrás dela, meu pau duro como pedra só de olhá-la, ela me evitou durante toda a noite e aquele jogo de gata e rato me enlouquecendo, até que me sentei na varanda da casa onde foi a festa. Sgundo me disseram é a casa que Mike usa quando está em Monte Carlo, muito bonita, o mar todo na frente, o dia já estava amanhecendo e minha esposa já tinha ligado milhares de vezes.

Eu já estava pensando em ir embora quando ela apareceu, vi quando ela ficou em pé na grade da varanda, todos os meus músculos retesaram, eu não estava imaginando aquela coisa que eu estava sentindo, a tensão, ela tinha que estar sentindo aquilo também. Fiquei em pé no mesmo instante.

– Oi, eu sou Mark Anderson. . .

– Eu sei – e continuou a olhar para o mar. Eu suspirei e disse do meu jeito mais frio, anos de prática sendo piloto tinham que servir para alguma coisa.

– Eu não queria incomodar... – comecei a sair, quando ela me puxou e me deu o beijo na boca mais incrível que eu já tive na vida.

Eu grudei nela, eu beijava, eu mordia, perdi a noção da onde estava ou se tinha alguém vendo. Eu me sentia finalmente como se estivesse voltando para casa, nada mais importava, quando meu celular mais uma vez começou a chamar eu parei o beijo. Olhei bem para os olhos dela e com toda a força joguei o celular no mar porque eu sabia que daquele momento em diante eu estava perdido.

ANJOS CAÍDOSOnde histórias criam vida. Descubra agora