🌹Allow yourself to dance again🌹

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(Permita-se dançar novamente)

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Havia se passado dois meses, e minha vida finalmente parecia estar sob controle

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Havia se passado dois meses, e minha vida finalmente parecia estar sob controle. Eu finalmente estava conseguindo focar em mim pela primeira vez em minha vida. Eu estava no quinto capítulo no meu livro, e as ideias não paravam de vir na minha mente. Eu imprimi esses cincos capítulos, e dei para Cristal, para dar a opinião dela. Eu ainda estava me acostumando com a garota totalmente diferente de mim estar sendo minha amiga agora.

Nossa amizade fazia bem para mim, conversamos o tempo todo, sentamos uma do lado da outra na sala. Uma amizade realmente saudável. Claro, às vezes éramos cão e gato uma com a outra, mas não era algo que me corroía igual com a Meghan e o Alex; duas pessoas que eu havia bloqueado nas redes sociais, e juntando tudo o que eu tinha com eles numa caixa, criando coragem para jogar fora. Uma parte de mim ainda se importava, pois ninguém muda de um dia para o outro.

— E aí, o que achou? — Eu pergunto ansiosa, sentada na cadeira da minha escrivaninha para Cristal, que estava deitada na minha cama com os papéis dos capítulos do meu livro.

— Uau! Está muito bom patricinha! — Diz Cristal me fazendo comemorar igual uma criança, com uma dancinha desengonçada. — Porém!

— O que? — Eu pergunto.

— A história é muito boa e envolvente. Íris é uma garota de 19 anos que é contratada por uma família rica, para cuidar da filha deles, que é cega. Clara é uma garota sem expectativa de vida, após perder a sua visão. Então Íris irá ensinar a Clara sobre as alegrias da vida. Mas cadê a ação? — Ela pergunta me deixando confusa.

— Como assim? Não é uma história de ação, e sim, emotiva. — Eu digo fazendo ela me olhar seriamente.

— Querida, não importa qual seja o estilo da sua história, mas tem que ter alguma ação. Não me refiro ao tipo literal de ação, onde Íris pega uma arma e assalta alguém e foge dos policiais, e sim algo que movimente a história. Está muito parado! — Diz Cristal me entregando os papeis, me fazendo finalmente entender aonde ela queria chegar.

— Entendi agora. Que comparação. — Eu digo rindo da comparação grotesca dela.

— Só desenhando para você entender. — Ela diz me jogando um travesseiro.

— Cala a boca! — Eu digo jogando o travesseiro de volta.

Em seguida, minha mãe entra no quarto, com uma limonada e biscoitos, coisas que eu nunca tinha visto antes.

— Oi meninas. Aqui um lanchinho. — Diz ela colocando a bandeja na minha mesa.

— Obrigada. — Eu e Cristal dizemos em coro.

— Mãe! — Eu digo me levantando, fazendo ela se virar na minha direção.

— Diga. — Ela fala com um sorriso.

O Florescer  (Finalizado) (2019)Onde histórias criam vida. Descubra agora