🌹Todos buscamos o florescimento, mas não é um caminho fácil de se conseguir. Beatriz Miller é uma garota de 16 anos, que sente desgastada com toda a carga de autoridade que sua mãe coloca em suas costas. Ela é um tipo de pessoa que se importa mais...
(Porque os adultos são os seres mais ignorantes do planeta Terra?)
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Por que os adultos acham desrespeitoso, os jovens não deixar eles nos desrespeitarem? É totalmente sem nexo. Eles perdem a paciência rapidamente, gritam, nos humilham, e no final dizem que nos amam. Eram e continuam sendo esse os meus pensamentos na calada da noite, deitada na cama, no escuro com meus fones de ouvido, escutando Lana Del Rey e Dove Cameron. As mesmas músicas. A mesma posição na cama. As mesmas lágrimas e os mesmos motivos. Me pergunto se um dia eu irei sair deste ciclo. Eu me sinto triste, sugada e inútil. E quem me desperta esses meus sentimentos? Minha querida mãe, Maribeth Miller.
O pior vilão é aquele que mora em sua casa. Tanta gente para ser, tinha que ser justo a minha mãe? Maribeth Miller não me dava uma paz interior. Eu sei que ela me ama e não posso negar que ela quer o meu bem. Mas o problema é que ela não sabe que o "bem" dela é ruim para mim. Ela sempre quer que eu tire as melhores notas, que eu seja sempre a melhor.
Eu não posso errar nenhuma vez do ponto de vista dela. Mas ela cisma em querer me comparar aquela garota idiota comigo, a aluna que sempre sai nos jornais, a tal da Lana Carpenter. O outro problema dela, que também me machuca bastante, é nunca estar satisfeita com nada. Não importa quantos acertos eu faça, a frase é sempre a mesma: "não é mais que sua obrigação né senhorita Miller?". tem o porém. Se eu erro, as palavras dela são como facadas no meu estômago: "Eu te dou tudo para você ser a melhor, não te falta nada! Você não cansa de me decepcionar? Sabe de quem é a culpa? Do celular! Você me decepcionou, senhorita Miller! Espero melhoras ou haverá mudanças!". E é assim que eu entro no meu quarto, não consigo dormir, e começo o meu ritual da tristeza, que é deitar na cama, com os fones de ouvido, escutando as mesmas artistas e as mesmas músicas para me fazer me sentir mal, mais do que eu já estou, e inundando meu rosto de lágrimas. Essa sou eu, Beatriz Miller; uma garota fraca. Pode parecer papo de uma menina mimada, mas se ela apenas pedisse as coisas, mas como uma mãe que quer ser amigável, tudo bem... Mas é o jeito dela falar comigo, com um ar e tom de superioridade, com um pensamento de que os jovens não podem nunca dar a opinião deles. Isso é pesado demais para mim.
Mas eu tinha um escape dessa situação, que eram nem mais, nem menos, meus dois melhores melhores amigos, incríveis e recíprocos: Meghan Cameron e Alex Campbell. Eles eram tudo o que uma amiga podia pedir. Claro, eles tinham defeitos como qualquer um, e não cabe a mim e nem a ninguém julgá-los. Pois ninguém é perfeito não é?
Toda vez que eu precisava de conselhos e companhia, felizmente, eu sabia com quem contar. Eles sempre estavam de braços abertos para receber minhas imperfeições. E eu estava sempre disposta a ajudar eles com seus problemas, mesmo eu tendo os meus. Uma amizade de inúmeros anos, que com toda certeza, jamais iria se quebrar. Quando eu estou no meu ciclo vicioso, eu mando mensagem no grupo, em que só tem nós três, e como sempre, eles estão online:
[00:55] Beatriz Miller: Gente, estou no meu ciclo vicioso novamente. Alguém pede para minha mãe dar uma pausa?
Eu mando a mensagem, limpando minhas lágrimas e em segundos depois, Meghan responde. Ela é sempre a primeira:
[00:55] Meghan Cameron: Avisa a sua mãe que é a gente que sofre as consequências kkkkkkkkkk. — Diz Meghan com uns emojis de risos.
Logo em seguida, Alex responde também:
[00:56] Alex Campbell: Ainda bem que amanhã às aulas voltam, mesmo sendo num colégio novo. Esse ciclo tem que acabar, antes que eu acabe com vocês kkkkk. — Diz Alex com uns emojis revirando o olho. Como eu amava o senso de humor desses dois, mesmo nos momentos mais difíceis.
[00:58] Beatriz Miller: Amanhã a gente conversa, estou morta de sono. Não há mais lágrimas para jorrar. Amo vocês — Eu digo mandando um áudio rindo e chorando ao mesmo tempo.
Logo depois eles respondem que me amam também, e eu desligo o wi-fi, coloco o alarme, me viro para o lado, e vou dormir. Mais um dia destruída por dentro, mas sempre me levantando no dia seguinte.
