Parte 2

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Amar Contra O Destino - Capítulo 2

... Ainda em seus braços ele me afastou e me fez olhar no fundo de seus olhos e prometer:

- Você promete pra mim, que a partir de hoje está nascendo um novo Bernardo?

- Prometo.

- Bom garoto – Disse me abraçando forte novamente.

Que abraço gostoso, quente, confortável. De repente a porta se abre e a voz grossa de um homem exala o ambiente nos assustando e nos fazendo separar.

- O que é isso Ricardo?

- Pai? Calma não é nada do que o senhor esta imaginando.

- Eu não preciso imaginar nada, eu estou vendo.

- Senhor, eu não sei como você se chama, mas eu e seu filho somos amigos.

- Me chamo Reinaldo, e que amizade essa de abraçar tanto assim?

- Prazer, sou Bernardo, seu filho hoje foi uma grande amigo, um irmão para mim. – Disse com meus olhos assustados e lagrimejados.

- Pai, lembra daquele amigo que eu te disse que perdeu os pais em um acidente de carro?

- Sim.

- Então pai, é o Bernardo

- Ah me desculpe garoto, foi mal ter pensado essas coisas de vocês. – Disse aquele senhor com um olhar de pena para mim, se desculpando.

- Tudo bem Sr. Reinaldo.

- Nada de senhor me chame só de Reinaldo. Agora vou deixar vocês ai, tenho que fazer umas ligações. Foi um prazer conhecê-lo Bernardo.

- Prazer foi meu, Ricardo já vou indo.

- Tudo bem, te levo até a porta.

Me despedi do Ricardo e fui para casa, que não é muito longe da dele. Nem direito entrei em casa, e já despertava olhares de todos, até tinha me esquecido de minha super transformação.

- Maninho que é isso? Você ta um gato. – Disse meu irmão

- Meu filho o que aconteceu com você? – Minha avó arregalou os olhos e veio aos choros me abraçando.

- Vó eu precisava voltar a viver.

- Você ta lindo meu filho, mais parecido ainda com sua mãe.

- Obrigado vó, ei, vamos comigo de noite no shopping? Quero comprar umas roupas novas para mim.

- Claro, alias vamos nos três, Augusto também vai ganhar.

- A bom, pensei que só o bonitão ia ganhar. – Disse meu maninho me abraçando.

Nossa avó, é tudo pra nos, nossa avó, nosso avô, pai, mãe, tudo. Nosso avô não é muito de papo, alias não nos damos bem. Mas a noite fomos ao shopping, comprei varias roupas novas para reformar meu guarda roupas mesmo. Em casa após jantar aquela comida deliciosa de vovó, fui tomar um banho e dormir, não demorou muito e cai num sono profundo. Uma luz forte começa me arder a vista, escuto gritos, choro, eu estava no acidente, eu presenciei, vi o desespero de meus pais, eu gritava... gritava... e gritava... PAPAI, MAMAE, mas eles não me ouviam, entrei em desespero, até tudo sumir e eu pude sentir um abraço forte, o meu irmão Augusto me confortando:

- Calma Bê, foi um pesadelo, eu estou aqui.

- Não agüento mais ter esses pesadelos Guto, queria só lembrar as coisas boas do papai e da mamãe, e não as partes ruins.

- Eu sei Bê, mas tudo isso vai passar, hoje você deu um passo importante, aos poucos você vai ver que tudo isso vai acabar, e sua memória vai guardar só os momentos bons que juntos vivemos com o papai e a mamãe.

- Te amo, maninho

- Também te amo. Quer que eu durma aqui com você?

- Eu adoraria.

Ele deitou me envolvendo em seus braços, me sentia protegido pelo meu irmão mais novo, não tinha que ser ao contrario? Consegui dormir de novo e dessa vez sem pesadelos. Acordei sob efeito de forte abraço de meu irmão Guto, nos somos até parecidos de rosto, mas fisicamente ele é mais forte, um pouco mais alto, e o verde do seus olhos mais claros que os meus. Tentei sair da cama sem acordá-lo, mas não consegui.

- Acordou já? Dormiu bem maninho?

- Sim, muito bem, desculpa te acordar.

- Que isso, tenho que acordar cedo mesmo pra aula, hoje vou um pouco mais cedo.

- Mas hoje é sábado.

- Eu sei, esqueceu que a oitava serie tem prova hoje?

- A nem lembrava, então vai logo, levanta.

Desci tomei meu café e fui correr um pouco, fazer exercícios físicos estavam me fazendo bem, corri alguns quarteirões, totalizou uns 20 minutos. Voltei pra casa tomei um banho e joguei vídeo game quase o dia inteiro. A noite fui para academia, meu primeiro dia. Por sorte Ricardo me esperava para começar-mos.

- Eai pronto?

- Claro

Entramos e ele me ensinou alguns aparelhos, outros aprendi pelo instrutor, e acabei ficando com meu corpo todo dolorido, mas valeria o esforço. Eu e Ricardo fomos para o vestiário, tomei uma ducha, ao sair dou de cara com ele que estava me olhando fixamente, nossos olhos brilhavam, e aquela sensação novamente me tomava. Nossos rostos se aproximaram, podia sentir sua respiração ofegante, era único som que ouvia, tirando claro o da musica ambiente que tocava na academia, fomos ficando cada vez mais próximos até...

CONTINUA...

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