Parte 13

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Amar contra o destino - Capítulo 13

A Ana fez uma cara que me deu medo. Seus olhos ficaram vermelhos, minha vontade era de sair correndo dali, o medo pela reação, pela atitude e pela resposta que ela poderia dar me dominava. Depois de alguns instantes em silencio, onde ela só sabia olhar para Ricardo e para mim ela resolveu falar alguma coisa:

- Desde quando Ricardo?

- Um mês mais ou menos mãe.

- E por que só agora veio me contar.

- Ah mãe, medo da sua reação, por se precipitar com relação aos meus sentimento pelo Bernardo, mas hoje eu tenho certeza dos meus sentimentos, e é o Bernardo que eu amo, e quero viver minha vida. - Disse ele esticando suas mãos segurando as minhas.

Eu só sabia ficar calado, não tinha reação e nenhuma palavra pra se dizer naquele momento.

- Meu filho, não é fácil saber disso não, não tava preparada pra ouvir isso, mas uma coisa eu sei, de como você mudou comigo, com seu pai, você esta diferente, e pra melhor, e agora sei o motivo disso. - Disse ela olhando para mim. - E então é você Bernardo. Escutem bem vocês dois, eu te amo meu filho, e to vendo quanto você é especial Bernardo, eu vou aceitar esse namoro de vocês dois. Mas uma coisa. Não será uma noticia que seu pai receberá bem Ricardo, você sabe disso.

- Eu sei mãe, por isso contei antes pra senhora.

- Vamos dar um tempo meu filho, e vamos achar algum jeito de contar a ele.

- Obrigado mãe.

- E você meu querido não vai falar nada não? - Disse a Ana para mim.

- Eu... eu não sei o que falar. Eu tava assustado com receio da sua reação.

- Calma meu filho. Eu vou apoiar vocês dois. Mas olha aqui Sr Ricardo e Sr Bernardo, não quero saber de agarra agarra na minha frente, entendido vocês dois?

- Sim mãe.

- Sim sogrinha.

- Sogrinha? Hahaha - Riu a Ana. - Pois é Bernardo, vou ter que me acostumar com a idéia de ter um genro. - Caímos todos na risada.

Conversamos mais uma hora sobre tudo, ela queria saber mais de mim, ela contou algumas historias de quando o Rick era criança, e cada historia que o deixava vermelho ou de vergonha ou de raiva. Mas eu estava nem aí, estava adorando saber. Depois de muito bate papo eu estava feliz pelo apoio da minha sogrinha. O Celular do Rick tocou, porém ele entregou para mim, era o Augusto.

- Oi Guto.

- BÊ ONDE VOCÊ ESTÁ?

- To no Rick, por que você esta gritando?

- A vovó Bê.

- O que tem a vovó Augusto?

- Ela... Ela.

- Ela o que caralho?

- Ela está muito mal Bê.

- Como Augusto? Como assim muito mal?

- Vem aqui no hospital por favor maninho.

Eu desabei no chão, comecei a chorar, não consegui responder e nem perguntar qual o hospital. Como assim minha vó? O Rick pegou o celular da minha mão e conversou com o Guto. Eu não continha mais meu choro, a Ana veio me levantou do chão e me abraçou.

- Eu não posso perder minha vó. Ela é tudo que eu e o Augusto temos. - Disse chorando nos braços da Ana.

- Calma meu filho, vamos no Hospital eu e Ricardo vamos com você.

Amar contra o destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora