Parte 1 - 2° Temporada

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E amanheceu mais um dia, e eu acordando cedo, os pássaros cantam, o sol reflete pela janela e bate no meu rosto, para que despertador? Ainda sentia as dores do que o Guilherme fez comigo, mas estava disposto a pagar na melhor moeda possível. Vingança? Não sei, talvez, interpretem como acharem melhor, no meu ponto de vista trato como justiça. Pisado e humilhado nunca mais, cansei de ser o saco de pancadas, tanto que já sofri com isso desde pequeno apanhava dos meninos da escola, e agora prestes a completar 17 anos não podia mais deixar isso acontecer, tive pensamentos terríveis, pensei em me matar, ou até de me vingar e matar todos que um dia já me humilharam, mas o que eu ganharia com isso? Nada. Vingança? Não quero apenas me vingar, quero fazer cada um passar o que eu passei, quero justiça. Tenho uma opinião e um ponto de vista sobre cada um. Ricardo? Um covarde, que tem medo de lutar por nosso amor, tem medo de simplesmente contrariar seus pais, nem que sua felicidade esteja em jogo. Guilherme? Um filho de uma puta, esse vai pagar caro pelo que já fez comigo. Ele não perde por esperar. Augusto? Uma criança mimada, apesar de ser meu irmão, e de amá-lo sempre foi muito mimado, sempre teve tudo o que queria dos meus pais, não escondo que tenho sentimentos por ele que ultrapassam a barreira de sermos irmãos, incesto é pecado? Não sei, talvez, não tenho uma grande opinião formada sobre isso, mas estou disposto a que esse moleque tenha em primeiro lugar respeito pelo seu irmão mais velho. E assim que levantei da cama, fui para o banheiro fazer minhas higiene pessoal e fui para cozinha preparar o café. Meu avô já levantara e estava na sala, assistindo televisão, isso me irritava muito, ele veio até a cozinha falar comigo.

- Garoto, cadê seu irmão?

- Não sei, ele não dormiu em casa.

- Como assim não dormiu em casa? Vocês estão totalmente sem limites mesmo.

- Vocês? Quem prepara todo dia seu café, seu almoço, sua janta? Quem arruma essa casa e lava as suas roupas? Quem vô?

- Vai me jogar na cara seu moleque?

- Não estou jogando na cara, só estou farto. Eu faço tudo nessa porra de casa, você e o Augusto o que fazem? Me ajudam em alguma merda? NÃO. Então não ouse vim falar um A de mim, eu vou largar tudo isso, e quero ver como vocês dois vão se virar. – Disse isso jogando a xícara que segurava na pia, fazendo parti-la em pedaços. Fui para meu quarto me trocar para ir para escola, nisso vi pela janela Augusto chegando em casa, esperei ele entrar e ir para seu quarto para falar com ele. Terminei de me vestir e fui para o quarto dele.

- Posso saber onde você passou a noite Augusto? – Disse alterado.

- Não é da sua conta. – Disse virando a cara para mim e vestindo o seu uniforme da escola.

- É da minha conta sim. – Me aproximei dele e segurei-o forte pelo braço.

- Me solta Bernardo.

- Solto, assim que me dizer onde estava.

- Ah vá, não me enche.

- Cala boca, não fala assim comigo. – Disse isso dando um tapa em seu rosto.

- Você me bateu Bernardo? – Ele disse passando sua mão em seu rosto que ficou vermelho na hora.

- Custa dizer, sou seu irmão mais velho, você me deve satisfação garoto. Ou você entra na linha ou pode achar outro canto pra você seu merda.

- Tá me tocando de casa Bernardo?

- Não, eu não estou ainda, só quero que você colabore comigo. Eu não agüento mais, tudo nessa merda sobra pra mim, ninguém me ajuda e você não faz nem noção do que acontece comigo. – Disse isso soltando seu braço, eu queria chorar, mas estava sendo forte, chega de ser o chorão, nunca ganhei nada chorando.

Amar contra o destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora