Capítulo 1

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- Atenção, incêndio na câmara 4. Atenção, incêndio na câmara 4. Contenha os prisioneiros. Atenção, incêndio na câmara 4.

- Fuga! - Alguém grita e logo as paredes começam a tremer.

Sinto e escuto passos se movimentando mas não os acompanho, estou me afogando dentro de um  grande aquário que pelo alarme fechou me deixando aqui.

- Alerta amarelo e código vermelho em vigor (...) Atenção, incêndio na câmara 4. Atenção, incêndio na câmara 4. (...) Contenham os experimentos. Em sinal de resistência, matem, preservem o corpo ao máximo. (...) Atenção, incêndio na câmara 4. (...) As décimas devem ser trazidas em segurança. (...) Atenção, incêndio na câmara 4. - Uma voz distorcida repetia no alto-falante.

A energia caiu e soube na hora que a tampa do aquário não iria abrir, o lacaio que me vigiava estava morto no lado de fora então ninguém iria vim para me ajudar. Soquei o vidro repetidas vezes com força fazendo ele se rachar, a pressão da água mais meus socos fizeram ele se desfazer inundando o cômodo que estava.

Se o problema antes era eu me afogando com a água, agora era a fumaça inundando meus pulmões.

- Verifiquem tudo! Certifiquem que as décimas estão em segurança em seus quartos. - Alguém grita e eu junto energia para me esconder e fugir pela a janela que estava quebrada.

A fumaça estava ajudando a me esconder e ocultar meu cheiro.

Ando um pouco recuperando meu fôlego e logo algo explode atrás de mim fazendo eu voar para frente.

Provavelmente o tanque de oxigênio.

Alguma coisa me atingiu nas costas mas me levantando com pressa deixando para depois me recuperar. 

Ando a passos rápidos tossindo tentando recuperar o fôlego e a energia para correr.

É hoje que saio desse inferno.

Aos poucos vou aumentando a velocidade de meus passos para logo conseguir correr.

- SOLTEM OS CACHORROS! Não deixem ninguém sair do limite! - Um lacaio grita.

Correr para ser livre, correr para ser livre.

No caminho vou me transformando e logo estou em quatro patas pronta para destruir qualquer um que tente me impedir de alcançar meu sonho, a liberdade.

- ALI! ATRÁS DAQUELA! - Escuto dizerem atrás de mim e me determino a correr mais rápido.

- É UMA DÉCIMA! Peguem ela! - O aumento dos passos me indicaram que eles estavam como bestas.

A única coisa que eles vão pegar é a passagem para o mundo dos mortos. - Penso com raiva.

Percebo que alguém está preste a pular em minhas costas e me viro na hora para chutar sua barriga e o lançar longe, logo retorno a minha maratona.

- A cerquem no penhasco! Ela não tem como escapar.

Ata que um buraquinho vai me impedir de sair daqui, viva eu não volto para lá.

Logo vejo que o chão estava acabando no meu horizonte, me aproximava correndo com toda a velocidade e o horizonte se aproximava cada vez mais sem mostrar continuidade.

- PARE! - Um lacaio grita mas não dou bola.

Depois de um penhasco vem o mar, né?

Quando cheguei bem perto da ponta do penhasco eu admito que fiquei tensa, mas aos poucos um outro moro, distante desse, foi se formando. Ele era menor e afastado da onde eu estava, mas me desafiei a pular. Fiz mais força nas patas me preparando para saltar.

- PARA!! - Um lacaio grita ordenando quando estou na ponta.

Pulo me encolhendo para conseguir uma melhor potência e ir mais distante.

Se meu corpo não poder ser livre meu espírito no mínimo será.

No meio do caminho vejo que não conseguirei e inclino meu corpo para frente para no mínimo conseguir agarrar a ponta do outro moro. Bati de peito na ponta da outra montanha mas consegui me prender a ela, aos poucos fui escalando e logo estava em pé olhando para onde estava segundos antes.

Olhei para cima e lá estava uns 3 lobos com mais 2 vampiros, eles estavam olhando para baixo para ver se conseguiriam pular também para este lado. Sorrio internamente por saber que não.

Me viro e saio correndo para sei lá onde contente. Não sabia onde estava, não sabia onde ir e não conhecia nenhum lugar. Tudo era novo para mim.

Isso é a liberdade?

Me pergunto sentindo a brisa chicotear levemente meus pelos. Fecho os olhos e me concentro em sentir finalmente a grama acariciar minhas patas.

~ É tão bom - Diz minha loba - Olha a lua. - Diz e obedeço.

O céu estava estrelado e pela primeira vez conseguia olhar sua vasta dimensão. Sempre via somente uma parte dentro do setor F.

É tão bonito.

Corro por um grande período e logo vejo o sol nascer. Era fantástico, lindo e majestoso. O céu ganhava uma tonalidade rosada e alaranjada, uma mistura de cores que nunca vi.

~ O que planeja fazer, Sétima?

~ Vamos conhecer o novo mundo, Seven. - Digo contente e dou uns pulinhos acelerando meus passos. 

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Vamos de nova história? O que Sétima e sua vida têm a nos contar?

Uma nova jornada nos aguarda.

Votem e comentem se gostarem da história 💙 💜

Obs: Queria deixar claro nesse livro que:

1°: Não sou os meus personagens.

2°: Não estou fazendo um conto de fadas, romance ou um livro politicamente correto. (Pode ter coisas erradas e/ou não aceitáveis aqui, como ocorreu no primeiro livro.)

3°: Essa trama (novamente para deixar claro) trabalha com medos, traumas, tormentos e sentimentos. Cada pessoa reage de uma forma e um trauma nunca é totalmente apagado, sempre vai estar ali no fundo do subconsciente da pessoa, vai de pessoa para pessoa como lidar com ele dependendo de sua roda de apoio, intensidade e nível de racionalidade e sentimentalismo.

Até. ❤️

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A Loba SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora