Capítulo 62

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Era estranho, vultos cinzentos passavam por mim e eu não sabia distinguir o que eram. Me sentia pendurada e demorou para perceber que estava sendo arrastada.

"- É isso mesmo que vamos fazer?

- Você está com medo? Alison, se não quiser, voltamos. Não vamos te obrigar a encarar eles; eu não vou te forçar. Nem que o Montenegro te obrigue, eu sei que Patrick a protegeria contra ele. Ele é o supremo, pode ter a liderança de todos os lobisomens, mas a grande força está aqui com a gente. Somos originais diferentes deles. Mas o que você quer?

- Eu quero paz para respirar... - Disse em um sussurro desorientado.

- Venha, vamos prorrogar a missão. Você não está bem"

Haviam sussurros e murmúrios onde eu passava, ligeiramente soavam como risos ou lamúrias.

" - Droga Alison. Anda.

- ME SOLTE! Não, não, não. Eles estão aqui. 

Mal passamos do limite da terra da alcateia. Eles já estavam aqui me esperando?

- Merda. Fica quieta. - Resmunga Sabrina segurando meus braços que se debatiam por estarem algemados.

- O que está esperando?! TIRA ESSA MERDA LOGO! Agora!

- Foi mal. Não leve para o pessoal. - A olhei confusa antes de a ver levantar o braço e me golpear por trás, injetando uma segunda coisa em mim no dia"

- Sétima, a 34. É bom ver uma filha pródiga retornando a casa. - Ouvi quando os vultos pararam, estava sonsa e desorienta vendo rascunhos sem nenhuma modelagem.

- É para isola-la por enquanto. Deixe-a com limitações de movimento, uma boa dosagem para ser inofensiva. Os cachorros do sul não deram uma boa droga para ela ser a Cinderela. 

- Gostaria de fazer um exame preliminar de imediato nela. Não sabemos se ela progrediu ou regrediu nessa sua jornada ao exterior e nem qual será o ânimo do chefe quando julgar seu futuro. Não quero arriscar.

- O chefe a quer isolada, quer ser o primeiro a ter uma conversa com ela. Então não, a sede e deixe que nosso amigo aqui a tranque numa boa cela até a sentença do Sr. Corfin.

Com dificuldade, eu olhei para cima, reconhecendo os traços mal feitos a minha frente e a voz.

- Torvald... - Murmuro, só tendo força para dizer isso.

Um senhor desprezível que só possuía oito dedos da última vez que o vi , uma placa metálica exposta no ante braço esquerdo e uma prótese robótica na perna direita.

- Fico tão feliz em vê-la - Sinto um cafuné na cabeça - Perdemos só uma no acidente então.

- Você só mais um dedo. Agora pegue o que lhe foi ordenado.

Um tempo se passou enquanto ainda estava suspensa por dois estranhos, vi a silhueta médica se aproximar e roguei baixo que não.

É óbvio que em vão.

Minha cabeça foi empurrada para o lado e logo senti, dolorosamente por estar fraca e desorientada, a injeção.

- Você vai descobrir o que é desespero agora - Fui jogada bruscamente num chão gélido e frio. - Bom proveito.

Eu rolei no chão, com dificuldade para respirar e com batimentos fortes. Não sabia direito o que estava sentindo, mas acho que se enquadrava na sensação de desespero.

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