- Ela está completamente derrotada. Ei - Um chute - O cachorra.
Para que gastar energia com vermes que já acham que tem a absoluta certeza? É desesperança desnecessária.
- Eu não quero carregar ela. Ganhou essa bênção. Aproveite. - Ouvi e fui suspensa grosseiramente.
Eu não sabia para onde estavam me levando, não sabia a quanto tempo estava jogada no chão imóvel pensando em tudo que não era nada e nem quanto tempo levou para ouvir uma explosão.
- Nossa?
- Importa? É de lá de fora. Reagimos ou nos atacaram. Coloque ela lá dentro logo e vamos para nossos postos.
Eu jogada no chão como um saco de pancada velho, sentindo todos os ossos do meu corpo doerem.
Quanta graça. - Penso me animando, antes de virar meu corpo de bruços e me ver em um lugar amaldiçoado.
O ginásio.
O pátio que originalmente é azul, era inreconhecido, ele fedia e tinha a coloração amarronzada. Estava coberto de sangue seco há anos.
Sangue de diversas irmãs mortas, principalmente por mim.
Me ajoelhei levantando trêmula minhas mãos a vista. Eu conseguia ver numerosos flashbacks delas sujas, cobertas por sangue e lágrimas.
-Sétima B-Corfin, trigésima quarta filha de Corfin. A pródiga com potencial mortal resplandecente. - Olhei para o lado vendo a grande sombra que segue todos daqui - Diga Alison, diga. Posso analisar seu progresso e arrependimento para saber o que devo fazer com a senhorita. - Eu estava calada, trêmula, sentindo meu corpo ser possuído por medo - Isso - Ele levanta o indicador ouvindo estrondos - É obra sua e daquela sua amiga, não é? (...) Não irá falar nada?
- Senhor... - Minha voz é dificultada.
- Corfin, Sétima. Eu não sei como eu devo me sentir em relação as suas ações, criança. Não sei mesmo! Devo-me me sentir raivoso? Ressentido? Traído?! Sempre ambiciosa! Egoísta e emocional. Imprudente. Quanto de investimento você nos gastou? Dores de cabeça. Você poderia ser uma rainha, eu te proporcionaria isso. Claro, num processo seletivo rígido. Mas era maravilhada de valor, potencial. Você sempre teve garra, inegável. - Diz de costas olhando o local - Sua habilidade de se reerguer, de regenerar as forças, era lindo de se ver. É, devo confessar do orgulho que senti quando mostrou uma fração do nosso produto ao mundo. Uma mente e corpo mortal, dentro de uma crisálida. Seu espírito é de guerreiro, é voraz e despudor.
- E o que isso vale? - Questiono grave, acentuando o nariz - E de que isso te beneficia estando amarrada como um animal selvagem?
- Você é um animal selvagem. Não há quem negue sua emotividade. É instintiva, como um animal. Sua inteligência não parte da de combate, outra semelhança. Primitivo. No entanto, como uma verdadeira rainha, olha o quanto influenciou? Onde levou tamanha gente a bater em seu lar proclamando a queda do antigo governante. O Supremo veio a essas terras para te conhecer; a Luna morreu ao seu lado para te conhecer; Daniel, eu vejo, está enraivado e vingativo por ti e tudo o que você representa; sua mãe, meus pêsames, segurou tudo o que lhe foi imposto para viver até estar nos seus braços; o alfa Bouvier, não me admira ter trago todos os seus homens possíveis, veio para te honrar e te reivindicar como sua beldade e realeza; todos os mortos que passaram na sua frente estão assim por desrespeitar sua presença; até os inocentes morreram para fortificar seu reinado e legado. - Se colocou na minha frente com as mãos nos bolsos - Então me diz, como não achar você uma rainha? Olha tudo o que você fez, e como fez, antes mesmo de se oficializar uma?
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A Loba Selvagem
WerewolfAlison, criada e educada em laboratórios de mutações genéticas, enfim consegue sentir a tão sonhada sensação de liberdade quando ocorre um acidente nas instalações Corfin's. Ao estar pela primeira vez no novo mundo, Alison se ver perdida em meio a s...