- Ela não está sedada, só está dormindo, pode acordar em qualquer momento.
Eu escutava sussurros em algum lugar perto de mim, não saberia dizer a distância.
- Ela vai acordar fraca mas nada que uma refeição complementar não ajude. Teve poucos ferimentos e hematomas, nada grave. É só ela pegar leve no início e estará 100% logo logo.
- A droga que injetaram nela, identificou? Causou algum mal?
Eu não conseguia identificar as vozes e nem mexer direito meus membros. Estava tudo dormente.
- Um alucinógeno desconhecido, não havia uma grande quantidade em seu corpo então posso afirmar que seus efeitos foram mínimos. A aplicação do tranquilizante mais a do soro para a apagar e limpar o organismo diluiu a substância em níveis que não daria mais para pegar uma amostra e o estudar. Lamento não poder ajudar mais.
Abro os olhos e três pontos de luzes brancas me cegam me fazendo dar um resmungo e fecha-los novamente, tento novamente vendo uma juba negra e uma costas malhada.
- Olhe o que a deusa nos trouxe. - Encaro Sabrina que me deu um sorriso meigo.
Percebi pelo cheiro e fisionomia que o outro presente no cômodo era o Patrick.
- Já acordou, que bom. - Ele diz
Eu me concentro e trabalho para normalizar meus sentidos para poder me sentar. Já sentada percebi que estava numa maca e estava ligada a uma bolsa de soro que já estava no fim. Coloco a mão no fim do fio e aperto o botãozinho de desconectar. Sabrina tenta me impedir mas eu empurro sua mão.
- Calma Alison, é para te ajudar. - Ele diz
- Sei o que é um soro.
- E eu sei que seu nome também é Sétima. - Ele diz com um olhar sério para mim
- Tenho vários nomes - Digo e coloco meus pés para fora da maca e Sabrina coloca seus braços em minha volta para ficar encostada na maca.
- Vá com calma, você está fraca, vão te trazer comida. Te drogaram. - Ela diz
- Eu percebi. - Ela dá um tapa na minha testa e eu fico com dor de cabeça.
- Grossa - Diz cruzando os braços e eu a olho irritada.
- Eu estou bem, só preciso esquentar meu sangue para voltar a correr.
- Eles vieram atrás de você. Poderia ter nos alertados que estava fugindo de alguém - Ele diz
- Desculpe, fiquei distraída em odiar algumas pessoas e esqueci de mencionar. Mas em todo caso não preciso ficar me reportando e justificando para alguém.
- UI. Corajosa, selvagem e perigosa. Gatinha - Sabrina diz sorrindo divertida e deitando de barriga na maca enquanto balançava as pernas no ar.
- Sabrina. - Ele dá um olhar repreendedor para ela e me encara novamente - O que você fez, tem ou sabe para fazer lobos e vampiros invadirem minhas terras? - Diz sério com uma postura intimidadora
Eu levanto da cama estabilizando meu equilíbrio e ando me apoiando na parede até uma porta atrás dele.
- Chutei a bunda de uns, quebrei umas coisas, irritei outros. O básico. - Digo e ele coloca o braço na frente da minha saída.
- Sem joguinhos. Diga, já falamos que pode ficar aqui. - Ele diz sério com algum toque de... compaixão?
Eu ainda estava fraca e não estava me sustentando em nada, fraquejei e ele me segurou para eu não cair. Ele ficou encarando meus olhos tão intensamente que não percebi que ele grudou meu corpo no seu.
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A Loba Selvagem
Loup-garouAlison, criada e educada em laboratórios de mutações genéticas, enfim consegue sentir a tão sonhada sensação de liberdade quando ocorre um acidente nas instalações Corfin's. Ao estar pela primeira vez no novo mundo, Alison se ver perdida em meio a s...