Capítulo 25

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- Ela não está sedada, só está dormindo, pode acordar em qualquer momento.

Eu escutava sussurros em algum lugar perto de mim, não saberia dizer a distância.

- Ela vai acordar fraca mas nada que uma refeição complementar não ajude. Teve poucos ferimentos e hematomas, nada grave. É só ela pegar leve no início e estará 100% logo logo.

- A droga que injetaram nela, identificou? Causou algum mal?

Eu não conseguia identificar as vozes e nem mexer direito meus membros. Estava tudo dormente.

- Um alucinógeno desconhecido, não havia uma grande quantidade em seu corpo então posso afirmar que seus efeitos foram mínimos. A aplicação do tranquilizante mais a do soro para a apagar e limpar o organismo diluiu a substância em níveis que não daria mais para pegar uma amostra e o estudar. Lamento não poder ajudar mais.

Abro os olhos e três pontos de luzes brancas me cegam me fazendo dar um resmungo e fecha-los novamente, tento novamente vendo uma juba negra e uma costas malhada.

- Olhe o que a deusa nos trouxe. - Encaro Sabrina que me deu um sorriso meigo.

Percebi pelo cheiro e fisionomia que o outro presente no cômodo era o Patrick.

- Já acordou, que bom. - Ele diz

Eu me concentro e trabalho para normalizar meus sentidos para poder me sentar. Já sentada percebi que estava numa maca e estava ligada a uma bolsa de soro que já estava no fim. Coloco a mão no fim do fio e aperto o botãozinho de desconectar. Sabrina tenta me impedir mas eu empurro sua mão.

- Calma Alison, é para te ajudar. - Ele diz

- Sei o que é um soro.

- E eu sei que seu nome também é  Sétima. - Ele diz com um olhar sério para mim

- Tenho vários nomes - Digo e coloco meus pés para fora da maca e Sabrina coloca seus braços em minha volta para ficar encostada na maca.

- Vá com calma, você está fraca, vão te trazer comida. Te drogaram. - Ela diz

- Eu percebi. - Ela dá um tapa na minha testa e eu fico com dor de cabeça.

- Grossa - Diz cruzando os braços e eu a olho irritada.

- Eu estou bem, só preciso esquentar meu sangue para voltar a correr.

- Eles vieram atrás de você. Poderia ter nos alertados que estava fugindo de alguém - Ele diz 

- Desculpe, fiquei distraída em odiar algumas pessoas e esqueci de mencionar. Mas em todo caso não preciso ficar me reportando e justificando para alguém.

- UI. Corajosa, selvagem e perigosa. Gatinha - Sabrina diz sorrindo divertida e deitando de barriga na maca enquanto balançava as pernas no ar.

- Sabrina. - Ele dá um olhar repreendedor para ela e me encara novamente - O que você fez, tem ou sabe para fazer lobos e vampiros invadirem minhas terras? - Diz sério com uma postura intimidadora

Eu levanto da cama estabilizando meu equilíbrio e ando me apoiando na parede até uma porta atrás dele.

- Chutei a bunda de uns, quebrei umas coisas, irritei outros. O básico. - Digo e ele coloca o braço na frente da minha saída.

- Sem joguinhos. Diga, já falamos que pode ficar aqui. - Ele diz sério com algum toque de... compaixão?

Eu ainda estava fraca e não estava me sustentando em nada, fraquejei e ele me segurou para eu não cair. Ele ficou encarando meus olhos tão intensamente que não percebi que ele grudou meu corpo no seu.

A Loba SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora