Capítulo 23

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- Você sempre foi a careta mas ainda sim é necessária. Peguem-na

- Não permitirei. Fique recuada senhorita. - Diz o lobisomem ordenado a me proteger.

- Olha, um cavaleiro dourado protegendo a pobre dama. Se divirtam - O líder deles diz e os dois coadjuvantes correrem na direção do guarda - E você, colabore em se entregar logo. Sabe o risco que estamos passando em invadir uma alcateia grande só para pegar você? Seja boazinha.

- Vai se fu... - Sinto algo perfurar minha coxa esquerda e logo vejo uma faca encravada. A retiro - der. - Falo com raiva de olhos fechados tentando espantar a dor.

- Falei que quero agilizar as coisas - Olho em sua direção e não deu tempo de me defender de um soco em meu rosto. Rolei no chão desnorteada

Eu estava sentindo mais dor do que o normal em ser esfaqueada. Minha coxa estava ardendo

- Se considere um cadáver já - Digo sustentando meu corpo com as mãos tentando acelerar a recuperação do meu equilibro.

- Sem problema - Sinto seu chute vindo por debaixo da minha barriga me fazendo cair de costas.

O chute foi o incentivo que me fez levantar rápido e o olhar com fúria.

- Alguém está... - Não deixo ele continuar e o derrubo agarrando sua cintura.

Dou socos múltiplos em seu rosto e alguns ele conseguiu desviar, olho para frente sentindo movimentação e recebo um chute no rosto. Consegui amenizar o impacto jogando meu corpo para trás segundos antes.

- Apaguem ela rápido! Vamos sair logo daqui! - Alguém diz mas não dei importância de saber quem

Me sento e sem antes normalizar minha visão sou levantada bruscamente por trás.

- Bons sonhos, princesa. - Alguém diz e sinto a perfuração de uma agulha em meu pescoço.

- Nem a pau - Dou uma cabeçada nele pisando em seu pé junto e quebro a seringa.

Admito que doeu.

Retiro com cuidado a agulha que ficou no meu pescoço e a jogo no chão. Reparo nos quatros lacaios em minha volta e sorrio irônica.

Linda noite para se recordar o passado. Odiar os lacaios e planejar como os destruiria, o clássico.

Andei a passos lentos até eles e fui acelerando os passos aos poucos.

"- Você matou elas!

- Não, você matou elas."

No meio do caminho saltei e me transformei rápido em Seven caindo em cima de um vampiro e arrancando sua cabeça.

"- Isa, não. Abre os olhos. ABRE OS OLHOS! Respire, por favor.

- A imunidade da 51ª estava baixa. Ela recebeu sua ração, seu sangue bastardo deve ter infectado seu próprio sistema imunológico. Pegue outra. - Um sussurro nas sombras.

- O que vocês fizeram? O que ELA fez!? Seus malditos! Vocês vão pagar. Ouviram? VOCÊS VÃO PAGAR!

- Sem doces para a Sétima."

Eu já estava imunda em sangue, uma parte era minha mesma, e continuava a encarar todos com raiva mesmo estando um pouco atordoada.

- Seu lugar não é aqui, não nasceu deles nem aqui, pare com isso. - Sinto minha respiração falhar pelo aperto que levava no pescoço.

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