Capítulo 65

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- Atentos - Patrick soa baixo com firmeza - Tem um grupo por perto, vão averiguar. - Diz aos garotos que assentem.

Estávamos há um tempo atrás das últimas três décimas, que eu me lembre as duas primeiras ainda não tinham lobas.

- Pode me colocar no chão, não é obrigado a me carregar. E é vergonhoso.

- Você estressou demais seus músculos e ossos, um lobo normal demoraria no mínimo três dias para conseguir usar o mínimo de força. Já chega de trabalho para você... - Diminuiu a fala, prestando atenção no seu olfato - O Supremo está próximo, ele pode ter encontrado algo.

- O escritório do sr.Corfin? Por que estamos indo para a mesma direção.

Ouvimos os sons de batalha e Patrick se abaixou me colocando encostada na parede, se preparando para caso chegassem até nós.

- Nem ouse utilizar um mínimo de músculo, precisa descansar. E porque não falou que estávamos indo em direção da sala dele? - Soou um pouco irritado.

- Não importaria, iríamos do mesmo jeito. Eu iria.

- Sim, sim. Conseguiria muito com o estado de seu corpo, principalmente quando necessitasse de batalhar com alguém para passar, como agora. O centro de liderança de um grupo sempre é bastante protegido, é óbvio que não deixaria você vim.

- Eu te socaria. - Ele passou a mão no meu rosto me fazendo fechar os olhos e respirar fundo.

- É, você tentaria.

- Você protege sua mais nova, eu protejo as minhas. Crescemos com o pensamento de  nunca sermos egoístas umas com as outras, as mais velhas defendendo as mais novas para evitar o máximo a dor delas. Nona se foi cedo, Oitava em seguida, a Quarta morreu tentando ganhar liberdade quando eu fugi e eu deixei a Quinta morrer na minha frente porque estava sendo fraca. - Eu derramei uma lágrima de dor,  ainda fragilizada - Eu não me dou muito bem com a Décima, mas sei que faz de tudo para proteger a família. - Mesmo me desconsiderando de sua família - Sexta consegue se virar sozinha, é crescida e pode estar com Décima, mas eu preciso garantir que pelo menos Terceira, Segunda e Primeira tenham um final de infância feliz tendo uma vida fora daqui. Eu cometi muitos erros com as pessoas daqui, nunca consegui dominar minha raiva, mas eu quero pagar meus pecados deixando a última geração desse lugar, como Segunda e Primeira, terem suas primeiras transformações no lado de fora desses muros.

- Não precisa sobrecarregar seu corpo e consciência com isso, você conseguiu mostrar o seu valor e expor essas pessoas para a competência certa dar justiça a essas mulheres. Lutou até conseguirmos entrar no local. É a sua vez de deixar os outros cuidarem de você e ter a esperança que conseguirão. - Beijou minha cabeça.

Eu assenti rápido, não revelaria que quase me deixei desistir para somente deitar no chão e esperar tudo acabar, seja pela vitória ou derrota. Tudo o que eu tinha era a adrenalina me mantendo acordada, minimamente anestesiada e com força. Ter esses momentos calmantes não são bons no momento, te dão um ar de segurança e diminuem a sua produção.

Patrick falou que o caminho já estava livre e me levantou ouvindo um resmungo meu de dor. Eu precisava me alimentar para rever as forças. Não havia me alimentado direito desde que fui pega pelos lacaios e óbvio que não me deram comida aqui.

- Seria pedir muito passarmos no cozinha para eu roubar qualquer bosta para comer? - Digo pendurada em suas costas.

- É perto?

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