Capítulo 14

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Meu corpo estava congelado. Meu pulmão parou de inflar, meu coração deu uma última batida forte e todo o meu sangue parou de correr. Provavelmente estava branca.

Mas eu ainda estava viva. Eu ainda era uma sobrevivente. Eu ainda tinha forças.

- Seu idiota! Por que caralhos foi fazer isso? A situação não estava fora de controle, dava para conte-la ainda.

Não sei quanto tempo levou para meu corpo acordar e descongelar. Meu sangue estava correndo e quente como nunca embaixo de minha pele, com meu coração e pulmões trabalhando em conjunto para sincronizar meus batimentos e respiração como se fossem turbinas.

~ Vamos ter um banquete de lobos - Seven diz e logo minhas garras surgem.

Pego impulso no chão e vou direto no assassino com sangue nos olhos. Minha mão esquerda vai por trás de sua cabeça e minha mão direita é colocada na lateral de seu tronco, torço os dois ao mesmo tempo deslocando sua coluna de lugar em uma velocidade e força sobre-humana. O homem negro que antes segurava Betina vem em minha direção e soca o meu rosto, não me deixo sentir o impacto pois pego seu braço e ao mesmo tempo que puxo eu empurro seu corpo com a perna. Fico com um pedaço de seu braço enquanto ele cai no chão gritando de dor.

Matar todos e tudo. Uma vida tão boa e generosa quanto a de Betina não equivale somente a uma vida medíocre e meio braço.

Matar, matar, matar, matar. Era tudo que meu corpo e mente queriam.

Os lobos que antes estavam parados uivam agora mais forte em uma tonalidade melancólica mas não me deixo sentir pena. Todos devem morrer por pisarem na terra de Betina enquanto a mesma está no chão. De canto de vista vejo Ruckus morto com os ossos da caixa toráxica expostos.

- Vão todos morrer, cruelmente e dolorosamente. - Dou passos para a frente com os dentes caninos modificados, meus olhos lupinos dilatados e com as mãos mostrando um pouco de minhas garras com o sangue de seus companheiros e os lobos rosnam para mim - Um por um. Digam oi por mim para quem quer que seja o dono do inferno.

- Contenham ela!

Sinto um lobo pular em minha direção por trás e me esquivo fazendo ele pousar um pouco a minha frente, chuto a parte detrás de sua pata traseira com ódio e com a outra perna piso em suas costas. O chão começa a tremer e sei que tem mais se aproximando, fico em cima do lobo caído para torcer seu pescoço e finalizar logo ele.

Não dá para fazer eles terem uma morte lenta ou muito dolorosa se eu quiser sair viva, são muitos, então os finalistas receberão essa honra.

Um dos lobos conseguem pular em cima de mim me fazendo cair de costas no chão, mas já que meu braço já estava transformado cravo minhas garras em seu pescoço na hora do impacto fazendo ele se sufocar em seu próprio sangue. Empurro ele para o lado e rolo para longe vendo outro lobo vim em minha direção.

- Sua vadia, em minutos vai virar um cadáver. - Dou um sorriso me divertindo com aquilo.

- Vamos fazer uma aposta então. O primeiro que perder a respiração... morre - Sorrio e ele vem correndo em minha direção com raiva.

Com ele quase perto de mim eu dou um pulinho lançando meus chinelos em sua cara e ele vira a cabeça um pouco desorientado, me jogo no chão dando um carrinho em uma de suas patas e ele cai meio virado para cima. Me viro enfiando minha mão em seu peito e arrancando seu coração.

- Você perdeu o coração... ganhei por desclassificação?

- Nãooo! - Alguém grita e agarra minha cintura me derrubando no chão com brutalidade.

A Loba SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora