capítulo 1

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❝Draco havia acabado de chegar na estação King's Cross, que iria o levar para Hogsmeade, e então para Hogwarts.

Era setembro, ele e a maioria dos que estavam ali iriam começar o seu sexto ano na escola de Magia.

Ele não acreditava naquele negócio de alma-gêmea. Quando havia feito dezesseis, seus amigos o avisaram sobre e ele foi até Dumbledore, deixando-o que revelasse sua frase. Não fez nada além de rir. Qualquer um poderia lhe dizer aquilo, literalmente.

Quando lhe perguntam sobre, ele diz que não liga e não acredita naquilo, mesmo sabendo que muitos casamentos aconteciam assim, basicamente todos, exceto aqueles que eram atingidos pelo elo do casamento e afins, o resto todos eram por causa das malditas frases.

Em seu pulso haviam duas palavras gritando escritas com letra maiúscula e de preto, como uma tatuagem, pois sim, ele já tentou tirar aquilo no começo, mas falhava, óbvio.

Dumbledore lhe disse que caso sua alma-gêmea fosse algum inimigo, homem ou mulher, eles iriam se gostar de qualquer forma. Esse negócio, quando você descobre quem é seu futuro par, você começa a sentir atração por ele, por mais feio que seja, o amor te cega. Claro que não vão começar a se gostar do nada, mas precisariam aprender a conviver juntos, até que fossem dependentes, não como um elo, e sim como um casal apaixonado.

Distraído com seus pensamentos e olhando idiotamente para seu pulso, Draco acaba esbarrando com alguém e indo direto para o chão, fazendo-o praguejar e procurar sua varinha para azarar a pessoa. Quando olhou para cima, viu um Potter com as sobrancelhas franzidas e uma cara de culpa.

— Foi mal. — disse, estendendo sua mão para que ele levantasse, mas ele recusou, fazendo o outro colocar sua mão estendida no bolso. — Desculpa, eu não tinha te visto. Você estava andando distraído e eu apressado e-

— Okay, Potter. Pode calar a boca agora, por favor? Eu não aguento mais sua voz.

— Mas eu mal falei nada-

— Tanto faz! — bufou e saiu de perto dele, entrando no metrô. Ele não sabia de onde vinha tanto ódio pelo garoto, talvez apenas porque ele não quis ser seu amigo há anos atrás, mas ele deveria ter superado. Ou talvez porque Harry era mais famoso que ele em Hogwarts e no mundo bruxo, mesmo Draco sendo muito mais rico e influente, insistiam em colocar o Santo Potter na capa de todos os jornais possíveis. Direto ele estava na primeira página do Profeta Diário, e isso fazia com que Malfoy perdesse a vontade de ler uma palavra sequer dali.

Assim que se jogou em um vagão, reparou que Blaise e Pansy, seus melhores amigos, ainda não estavam ali.

Eles sempre chegam antes de mim... estranho.

Olhando pela janela, sentiu o vidro da sua cabine se abrir, revelando um Harry tímido e entrando, se sentando de frente com ele.

Seus amigos estavam bem próximos dos amigos de Draco desde o final do ano passado. Ele não estava reclamando, porque os dois até que eram legais, diferente de Malfoy, e gostava de ter eles com seu grupo.

— Seus amigos resolveram invadir a minha cabine e estão com os meus amigos. Não tenho outro lugar para ir, estão todos lotados. Prometo que não vou abrir a boca, mas eu preciso ir aq-

— Se promete que não vai abrir a boca, então a cale! — Harry revirou os olhos.

— Por que você é tão idiota, Malfoy? Eu não fiz nada! Estou apenas explicando porque vai ter que me aturar nesse tempo até Hog-

— Você não é muito bom em promessas, não é? — referiu à frase que o outro prometera ficar quieto, e Harry bufou, desistindo de tentar qualquer outro diálogo com ele. Não estava afim de brigar, não no seu primeiro dia do sexto ano.

Soulmates • drarry (em pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora