57 dias antes.
Por que Lord Voldemort estava tão empenhado em matar Harry, agora? Ou melhor, com a família Potter em si?
Ele sabia. É claro que sabia. Todos sabem. Todos que já ouviram a maldita história sabem. E estavam certos. A história estava certa.
Tom não acreditava na mesma, até então, mas era melhor prevenir que remediar, hm? Não era esse o ditado?
Voldemort precisava acabar com a família Potter de uma vez, e então deixaria a família de um de seus melhores comensais livre. Com algum Potter entrelaçado, conhecendo bem o tipo de gente que a família era, sabia que aos poucos iria perder os Malfoys que estavam ao seu lado. Ah, sabia muito bem.
E também, sem mais nenhum Potter no mundo bruxo, estaria livre para tentar destruir Hogwarts e dominar a todos. Estaria livre.
Os Malfoys o agradeceriam depois pelo livramento, ressaltando.
A única coisa que Lorde das Trevas realmente esperava no momento, era que Draco não tivesse descobrido que o garoto era sua alma-gêmea. Porque olha, ele com certeza faria de tudo para não ir matá-la, não é? Ele tentaria defender Potter.
Com isso, o bruxo sorriu com o pensamento de saber que o outro não sabia sobre estar entrelaçado com alguém como Harry Potter. E então, em uma semana, o ajudaria a acabar com a vida do mesmo.
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— Eu sonhei com uma coisa... estranha. — Anna comentou assim que se sentou ao lado do melhor amigo na cama do mesmo. — Não que isso seja novidade, até porque eu só sonho coisas estranhas, mas enfim.
— Que tipo de coisa estranha dessa vez? — Perguntou, se deitando de barriga para cima e encarando o teto.
A de cabelos azuis respirou fundo antes de começar. Por mais que fosse comum ter sonhos sem sentido, os últimos meio que estavam montando uma história. Era assim: ela dormia, alguma coisa acontecia, acordava, dormia de novo, e o sonho passado continuava. Como uma novela, eu diria.
Mas hoje, não havia sido continuação alguma.
— Eu tive dois sonhos, na verdade. Óbvio, os dois estranhos.
— Ok, me diga como foi. — Quis saber, curioso.
— O primeiro deles, era como se eu fosse um fantasma observando vocês. Sabe, eu consigo ouvir e ver a todos, mas era como se eu não estivesse ali pra vocês, sabe? Não conseguiam me ver. Foi como se eu tivesse sido... apagada. Não sei.
Draco franziu o cenho, mas esperou que a amiga continuasse contando, porque como a conhecia, sabia que o sonho não teria parado por ali.
— Sabe o que mais me foi estranho? — Negou com a cabeça, então ela continou a dizer. — Você e todos os outros estavam adultos. Sabe, estavam muito diferentes, mas eu ainda sabia que era vocês. Enfim, Pansy estava com a Mione conversando com o Rony e com o Blaise, e então Harry chegou.
Comigo? Quis perguntar, querendo sorrir, mas se conteve.
— E olha, o mais estranho começa agora: não, não era contigo com quem ele estava. — Ah. — Era com Ginny.
Ah.
— Hm. — Murmurou, fingindo não se importar, quando na verdade, estava o deixando agoniado. Mesmo tendo sido só um sonho idiota da amiga, estava se sentindo estranho agora. Seu estômago estava se revirando, e ele se sentiu enjoado. — E eu estava com quem?
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Soulmates • drarry (em pausa)
RandomSempre disseram que quando se completam dezesseis anos, uma frase aparece no em seu braço direito, indicando o que alguém te falaria algum dia, e aquela pessoa, então, tornaria-se a sua alma-gêmea. O que Harry realmente não esperava, é que sua "alm...