capítulo 10

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- Como está indo com Malfoy, Harry? - o moreno se assustou ao perceber Dumbledore atrás de si, se aproximando com um sorriso pequeno no rosto. Ficando frente a frente com Harry, ele parou, fitando-o.

Potter encolheu os ombros, suspirando. - Difícil, eu acho. Nós não estamos tocando muito nesse assunto sobre pertencermos um ao outro, na verdade, e ainda tem o pai dele, que descobriu que ele encontrou a alma-gêmea e quer conhecê-la a todo o custo.

- Sinto muito por isso. Mas, você vai até o senhor Malfoy? Sabe que pode ser perigoso por ele ser quem é e seguir quem segue...

- Esse é o ponto, professor; eu não vou. Por um lado, é bom que nós dois nos livramos de qualquer coisa ruim que Lucius planeja fazer em relação à mim, mas a parte ruim disso tudo, é que, além de colocar Anna no meio, que se ofereceu se passar pela alma-gêmea do Draco, nós nunca vamos conseguir ser felizes sendo quem somos.

- Não diga isso, Harry.

- É mentira? - o velho não respondeu, deixando que Harry continuasse - Imaginei. Eu não sei porque o destino fez isso comigo, porque tanto Draco quanto eu merecemos ser felizes, não é? Será que ele não entende que a palavra felicidade e Draco e eu não se encaixam? Não funcionam?

- Se o destino fez com que pertecessem um ao outro, certamente tem um plano para vocês dois, meu jovem. O destino sabe muito bem o que faz e como faz. Se colocou você e Draco juntos, significa que sim, vocês ainda vão ser felizes juntos, porque lutando, vão fazer isso dar certo. Por favor, não desista. O destino está acreditando em vocês dois. Eu sei que está.

- Eu não acho que esteja - desviou o olhar, mordendo os lábios e franzindo o cenho - O senhor que faz com que as frases apareçam em nossos braços, não sabe me dizer se eu posso mudar de alma-gêmea ou sei lá?

- Harry, me escute. Preste atenção, porque é exatamente como eu acabei de te falar. O destino juntou vocês porque sabe que vão dar certo, mas vocês precisam ajudá-lo, fazendo o possível para isso, as frases, funcionarem. Você não pode fugir dele para sempre, porque Draco é a sua alma-gêmea. Vocês pertecem juntos.

O de óculos balançou a cabeça, sorrindo debochado. - Bobagem.

- Você pode pensar o que quiser, Harry, mas eu estou tentando te ajudar, juro que estou. Se preferem continuar assim, correndo riscos de algo ruim separar vocês, eu não tenho nada a ver com isso. Estou disposto a ajudar, mas vocês precisam colaborar, entende?

- Dumbledore, eu acreditei muito nisso tudo desde o começo, mas agora que o destino me deu como alma-gêmea alguém que eu não me dou muito bem, alguém que não se importa comigo, alguém que não vai dar certo comigo, eu estou duvidando sobre tudo isso. É alguma pegadinha, eu tenho certeza! Isso não pode ser real.

- Jovem Harry, eu já te expliquei, acredite se quiser, mas eu não posso fazer mais nada. O destino também brincou comigo em relação à isso, se quer saber. Diferente de você, que sabe como Draco é, eu não sabia como Grindelwald era.

- Grindelwald? Ela... ele - se auto-corrigiu - foi sua alma-gêmea?

- Oh sim, foi sim.

- Quer... me contar sobre sua história? Preciso me distrair um pouco de tudo isso que estou vivendo.

- Claro, posso te resumir como foi tudo. Quando ele foi expulso de Durmstrang, se dedicou apenas em ir atrás das Relíquias da Morte. Sua primeira parada foi em Godric's Hollow, onde Ignoto Peverell tinha escondido a capa da invisibilidade - sua capa agora, que é uma das Relíquias.

- Uma das Relíquias está comigo? Por quê?

- É uma longa história, mas não para agora, Harry. Voltando, Gellert ficou na casa de uma tia-avó, uma historiadora mágica famosa, Batilda Bagshot. Coincidentemente ou não, eu morava na mesma vila e a mulher apresentou-o a mim. Nossa amizade começou em um piscar de olhos. Eu estava em um momento difícil da minha vida, adiando meus sonhos por ter que cuidar dos meus irmãos.

Soulmates • drarry (em pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora