Capítulo 30

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   Eu estava assistindo Friends e sequer conseguia parar de rir. Havia chegado da escola a algum tempo, e para me distrair da minha crise repentina de tristeza ao voltar a pé do colégio após Pedro me ignorar por completo, precisava focar em algo. Como eu não queria voltar pra casa sozinha, por motivos nos quais eu não sabia, fui pedir a meu pai e ele dizia estar ocupado. Sequer ousava pedir a minha mãe, e como Pedro parecia a minha única opção, eu resolvi arriscar já que ele parecia bonzinho a semanas atrás ao ir comigo uma única vez a escola. Ele não disse apenas um não. Ele parecia estressado com algo e sem sequer me ouvir, me expulsou do vestiário onde ele estava, dizendo que ele não queria brigar comigo por isso me tirou de lá na frente de alguns amigos seus. Posso parecer e o que eu vou dizer, confirma que eu sou trouxa, mas eu sabia que infelizmente ele estava certo. Sua expressão era sempre entediada, mas hoje estava fechada num nível master.  Já era sete da noite e ele sequer chegou ainda. Mas não iria me preocupar. Não podia.

  Continuei a assistir e até preparei algo gostoso pra comer. Eu caí no sono e só acordei ouvindo o barulho do que seria coisas caindo na cozinha. Meu olhar seguiu direto para o taco de baseball de Pedro em cima da poltrona, ele havia chegado. Me estiquei , bocejei e desliguei a TV, indo dormir direito no meu quarto. Estava quebrada demais para maratonar qualquer que fosse o tipo de série, então eu preferia dormir. E ultimamente dormir tem sido uma das coisas nas quais eu mais tenho amado fazer.

Me levanto indo dizer para meu colega que havia frango no forno, chegando a cozinha e entranhando o armário aberto. Aquele armário não se abre. Abro os olhos ao ver aquilo e logo sigo o rastro torcendo para que eu estivesse errada, mas assim que me aproximo do pequeno espaço da varanda, vejo Pedro de cabeça baixa, sentado em um banquinho com a maleta de primeiros socorros a sua frente. O meu pai.

— Pedro...  - abro os olhos vendo a sua situação-... Oh meu pai Pedro, o que aconteceu ? Você .. você tá todo machucado.

  Me ajoelho rápido sentindo meu Coração acelerar. Ele estava horrível. Minha garganta secou ao ver a quantidade de sangue. Eu respirava fundo. Sequer sabia o que fazer enquanto o seu silêncio parecia querer continuar. Me abaixo par poder ver seus olhos. O que ele... Me aproximo mais.

— Pedro, o que aconteceu? - toco em sua mão e ele se afasta de forma agressiva.

  Ele bufa parecendo irritado e passa a mão no rosto, mas logo se arrepende.

— Hey...- afasto sua mão de seus machucados, mas ele me afasta mais uma vez.- ... Diz pra mim poder te ajudar e...

— Você não sabe a hora de parar não Solara? Não sabe quando sair? - diz grosseiro.

— Você se encontrou com Travis ? Foi ele quem fez isso com você? Se for eu vou lá, dou um jeito  e...

— Eu preciso subir antes que sua mãe chegue.

— Ela tem plantão. Me deixa te ajudar. - seguro o mesmo antes dele se levantar.- Sua cara está Horrível e eu posso limpar pra você ... Só... Só toma um banho e ...

— Solara você não entende.- ele diz óbvio de levantando - As pessoas te tratam mal por um motivo é que, elas não querem mais a sua aproximação. Você não aprende ?

  Seus passos foram para fora dali e alguns segundos depois eu pude ouvir a porta de seu quarto bater. Eu estava com cara de quem. Não sabia se estava envergonhada ou não. Tentei ajudar e ele negou, fiz minha parte não? Engulo  em seco me levantando. Eu nunca fui conhecida por desistir fácil. Nunca fui conhecida por simplesmente " deixar pra lá" . Se algo estava errado eu queria ajudar e a minha vontade aumenta quando é relacionada a Pedro. Mas a sua palavra começa a fazer sentindo quando, o mesmo me tratava mal. Isso me deixa com raiva e começava a questionar por qual motivo eu insistia em sem legal e cuidar de alguém, que sequer se importa? Esses pensamentos sempre foram passageiros. Mas tem estado frequentes. Alguém realmente se importa?

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