O barulho alto dos passarinhos me acordou. Mesmo que ainda estivesse completamente cheia de sono, sabia que deveria levantar. Passei a noite toda me lembrando de que devia levantar e ir para meu quarto, mas a cada vez que decidia lutar contra preguiça, Pedro me abraçava mais forte. Devia confessar que minha noite foi péssima, e ao mesmo tempo ótima. Acordei diversas vezes, tinha medo de que minha mãe entrasse a qualquer momento e fizesse um escândalo. Acordei quando Pedro, de forma meio brusca deu um pulo levantando com rapidez. Realmente fiquei assustada. Me sentei ainda meio sonolenta, e questionei se estava tudo, e após pensar um pouco apenas confirmou.
Ele voltou a dormir, e demorou pra pegar no sono de volta. Mesmo assim, não queria que eu saísse do quarto. Era algo realmente que, nem nos meus dias mais cheios de paranóias, algo do tipo iria passar por minha cabeça. Pedro abraçado a mim, dizendo querer que eu fique. Foi bom demais de se ouvir, o que me deixava um pouco receosa.
O meu celular começou a tocar em cima da mesinha. Peguei ele rapidamente, desligando o primeiro despertador. Eram exatamente sete da manhã. Minha mãe provavelmente já deve ter saído para o plantão, e provavelmente sequer notou minha ausência de meu quarto pois não havia chamada nenhuma em meu celular, nem uma mulher desesperada. Meus olhos foram nas mensagens de Sammy, e logo abaixo de seu nome, o que seria mensagens de Tate. Podia ler o " Podíamos nos ver amanhã?". Não abri a conversa, sequer sabia como iria responder.
Bloqueei novamente o celular, e abracei com força o que seria o braço de Pedro. Meu corpo é puxado para para perto do mesmo, e logo ergo as sombrancelha. Ele estava acordado, será que leu a mensagem?
— Você vai ? - questiona.
Sim, ele leu. Mordi meus lábios. Não era uma boa forma de acordar, faltou um BOM DIA.
— Bom dia. - viro meu corpo com cuidado. O rosto de Pedro estava meio amassado, mas infelizmente até assim ele era bonito.
Ele abre um meio sorriso se aproximando para me dar o que parecia um Celinho, e me esquivo para trás negando com a cabeça cobrindo meus lábios
— O que foi? - ergue as sombrancelha.
— Tô com bafo, me lembrei provavelmente agora que devo estar horrível. Preciso ir pro meu quarto!- iria me levantar, porém ele agarra meu corpo com rapidez.
— Não, você está como sempre, já me acostumei. - sorri de canto, se aproximando pra me beijar e eu nego mais uma vez - O que foi agora?
— Pulamos um grande processo aqui. - indico a cama .
— Dormir juntos? - ri arqueando uma sobrancelha, se divertindo com a situação.- Não transamos ainda, aí sim você poderia dizer que pulamos um grande processo.
— Você não me levou pra comer Pedro, esse é o fato principal.
— Pra te beijar vamos ter que ir a um encontro? - diz como se fosse a coisa mais patética que já ouviu.
— Isso é um pedido? - cruzo os braços com os olhos cerrados.
— Como tem que ser?
— Simples. Quer sair comigo?
— Claro que aceito Solara, mas não se acostuma. - ele sorri convencido e eu logo abro os olhos lhe dando um tapa
— Você é Patético!!!
***
Enquanto eu lia no celular o enorme texto no qual Sammy me mandou, Pedro dirigia atentamente para o colégio. O café da manhã com Pedro foi o mais falante no qual eu já tive com o mesmo. Ele falou tanto. Se permitiu até, para minha surpresa, falar se suas aulas de artes no Canadá e de como ele se lembrava pouco de sua mãe pintando. Foi algo agradável. A falante sempre fui eu, mas eu apenas perguntava, enquanto ele respondia completamente atento. Ele se sentiu desconfortável no começo, mas a forma que ele foi se soltando me fez sentir um ar quente em meu estômago.
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FanficCharmoso e com pinta de Badboy, Pedro era o mais novo morador da casa de Sol. A garota que pensou que teria um novo amigo, passa a ser ameaçada pelo rapaz que a força a entrar em um relacionamento falso com ele, o ajudando a conquistar a garota mais...