Arquivo 34

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- Você...? - Sussurrou F.

Todos se assustaram ao saber que alguém havia escutado tudo sobre o que eles conversavam, mas aquele rapaz lhes parecia bastante familiar. O chapéu coco, a voz grave e o sobretudo.

- Você é o perito que disse que me ajudaria a encontrar o M certo? O que encontrei na lanchonete?

- Engraçado, pensei que você não fosse se lembrar disso. Achei que seria mais complicado conversar com você. Bem... aqui não é um bom lugar para conversarmos, aceitam uma carona?

Logo F, R e Z se despediram dos irmãos que preferiram ficar. E com lágrimas nos olhos ficou, mais obrigada pelo irmão do que por vontade própria. Eles já estavam dentro do carro de P quando viram a casa se afastando aos poucos. Por algum motivo os três acharam melhor assim, não queriam que aquela garota ficasse tão exposta aos perigos quanto eles estavam no momento.

- Me desculpe mas qual é o seu nome? Não lembro de ter nos dito. - perguntou R.

- Não, não cheguei a dizer. Me chamem de P! - disse ainda no volante. - Podemos iniciar a conversa dentro desse carro?

- Iria pedir a mesma coisa. - disse R com raiva. - Por que veio atrás de nós se disse que não queria envolver seu cargo? Como nos achou?

- Vim atrás de vocês devido aquele caso que me intrigou, sobre a morte do menino, e o desaparecimento do suspeito, que foi levado do local por policiais que sumiram no mapa. Sei que tem algo de errado acontecendo, porque ontem ninguém mais lembrava desse caso, apenas eu... Pensei em tentar contatar vocês porque esperava que lembrassem também. Deve haver outras pessoas que também estejam sendo afetadas, mas elas têm medo de agir contra esse monstro grandioso... vocês não! Felizmente vi vocês correndo pela rua ontem e os segui até essa casa. Resolvi vir hoje avisar sobre a maré de destruição que vem vindo.

- Maré de destruição? Monstro grandioso? - perguntou M.

- Monstro grandioso é o governo de forma figurada. E sobre a maré... bem, meus amigos cientistas me disseram que estão trabalhando na criação de uma vacina, mas parece que ninguém sabe a sua origem e nem as substâncias que ela contém. Nessa mesma semana o governo começará uma série de vacinações preventivas...

- E qual o seu medo nessa história? - perguntou R, mas quem respondeu não foi P.

- Essa vacina pode ser uma farsa. - respondeu Z. - Não tem como o governo ter criado uma vacina de forma tão rápida para um vírus que se originou tão de repente.

- Exato, você um garoto muito esperto. Não sei se esse vírus realmente existe, mas se existe ele pode ter sido criado propositalmente.

- E como sabe sobre as perdas de memória? - perguntou F apreensivo.

- O que sei é o que ouvi no meu trabalho quando alguns militares tinham ido ver as evidências da morte de G. Eu estava andando pelos corredores e estava sozinho no laboratório, tinha esquecido meu celular e voltei para pegar. Quando passei vi uma das portas entreaberta e ouvi um militar dizendo que haviam " pessoas com imunidade", e sobre "aquilo que eles virak na floresta", e falando que a amnésia não estava dando certo. Quando percebi que estava ouvindo informações confidenciais saí de lá antes que que pudesse ser visto.

O carro havia parado de repente no meio da estrada, pegando todos de surpresa. P pareceu se preocupar enquanto girava a chave para ligar o carro. R tentou abrir a porta do carro para sair mas ela não abria, nenhuma dekas abria. Todos preocupados começavam a tentar abrir as portas enquanto P desesperado pegava seu celular tentando ligar para alguém.

5 DaysOnde histórias criam vida. Descubra agora