F tinha acabado de acordar, havia dormido um sono profundo. Ao seu lado a cama estava vazia, com apenas a marca bagunçada do lençól, onde M havia dormido. Ele se levantou abrindo a porta do quarto, de onde estava ele conseguia ouvir sons de vozes conversando vindo da cozinha. Ao chegar lá se deparou com Z e M que já estavam acordados, enquanto P permanecia dormindo no sofá, e nenhum sinal de R, que ainda deveria estar dormindo no quarto de sua mãe.
- Bom dia flor do dia! - disse M sorrindo.
- Isso me pareceu uma frase que o P falaria. - Disse Z rindo.
- Que horas são?
- Agora são 13:23! A R ainda está dormindo, vez ou outra passo lá para ver como ela está... Espero que ela durma bastante, coitada, passou por tanta coisa terrível. O psicológico dela deve estar muito instável. - Disse Z com uma preocupação acentuada.
Então M olhou para Z e fez um sinal com a cabeça, pedindo sua aprovação para algo e ele retribuiu o sinal.
- Bem F... Eu e o Z estavamos discutindo sobre tudo o que descobrimos na mansão da R. - Disse M. - O pai da R foi o responsável pela construção de uma arma tecnológica cerebral capaz de... apagar lembranças. Mas acho que ele não quis dar aquela experiência para o governo, com medo do aue aquilo poderia acarretar, então passou a ser perseguido pelo governo.
- Mas ele trabalhava com o próprio governo, não teria porque matar a família ou algo do tipo. - retrucou F confuso.
- Ele e o irmão podem ter se mantido fiéis ao governo cortando qualquer forma de apego sentimental, ou até matado para livrá-los de uma tortura pior. Talvez no final das contas aquele tenha sido o melhor final. - respondeu Z enquanto bebericava uma xícara de chá, lá fora estava chovendo e o tempo estava nublado. - O que sabemos, é que ele havia desistido de viver ali, ele quem botou aquelas fotos na estante, ele quem rabiscou as fotos.
- Z, você tem certeza do que está falando? - perguntou F incrédulo.
- Por isso ele riscou seu próprio rosto em todas as fotos, ele queria se libertar de si mesmo, mas ele era covarde o sificiente para fazer e morrer sozinho.
Então agora tudo começava a fazer sentido e se encaixar melhor na visão de F. Ele admirava o oensamento rápido e coeso de Z.
- Então o único propósito que o pai de R teve se enclausurando lá era esperar que um dia alguém viesse libertá-lo de sua própria vida. - respondeu F ainda um pouco cético.
- E a única pessoa que poderia apagar toda a sua amargura, apagar todos os seus pecados seria aquela a quem ele mais amou, sua própria filha... a R. Existem ainda muitas perguntas sem explicações, porém, conseguimos uma pasta de arquivos antigos. Fala sobre experimentos e algumas coisas sobre o governo.
Sobre a mesa havia uma pasta chamuscada parda, perto de Z.
- Todas as outras provas que precisávamos foram queimadas junto com a casa... - M disse cabisbaixo.
F que até então estava imerso na conversa mal havia se dado conta, mas ali, no canto daquela sala, uma tela negra os vigiava. E estava monitorando eles... Tudo o que eles haviam dito ali, teria acabado de entregá-los. Como Z não havia pensado nisso?
- Gente... As câmeras. - F sussurrou preocupado.
- Não se preocupe, esse é o único cômodo seguro. A câmera não nos filma. Z teve a idéia de fingirmos que estavamos discutindo e ele pegou um copo de água e acidentalmente acertou a câmera... que já estava com uns fios desencapados... também acidentalmente. Ela pifou, nós fingimos que estávamos preocupados e tal. - respondeu M à preocupação de F.
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