M e Z conversavam discutindo o que fariam dali em diante e para onde iriam depois dali. Poucas vezes F apresentava uma idéia colaborando para a solução desses problemas, mas algo nele demonstrava que tinha suas próprias preocupações que o atormentavam desde cedo. P deitado no sofá com as pernas para o ar parecia se divertir com a conversa enquanto bebia uma cerveja, R não fazia idéia de onde ele havia tirado aquela bebida alcoólica, mas nem ousou perguntar. O rapaz de aproximadamente 35 anos que agia como se ainda fosse jovenzinho tinha o poder de tirar a paciência de R com apenas algumas palavras, vivia com o seu jaleco branco, calça jeans escura e uma blusa social, que ele insistia em manter os três primeiros botões abertos. Ela não entendia como aquele grupo havia se formado de formas tão distintas, Z aparecendo aleatóriamente em um depósito junto de V e P aparecendo na hora que queria só para dar pistas e depois sumir. Algo não fazia sentido nenhum, mas ela não estava mais só agora... Até agora R não conseguia controlar as lágrimas que vinham sempre que pensava em J, se ela não tivesse envolvido sua amiga naquilo tudo... Talvez ela estivesse viva agora. R desviou o pensamento antes que começasse a chorar ali na frente de todos novamente, e voltou a prestar atenção na conversa deles.
- Talvez se saíssemos da cidade estaríamos a salvo. - dizia M tentando arranjar uma solução.
- Princesa, tenho certeza de que não será tão fácil assim. As saídas devem estar muito mais vigiadas do que a cidade em si. - Disse P passando a mão em seu cabelo escuro, jogando seus fios molhados de suor para trás.
- Já disse que não sou uma menina seu velho bêbado! - Retrucou M ao se levantar da mesa. Parecia que P não tirava só a paciência de R afinal.
- Eu não sou velho! Estou na melhor fase da vida, se eu fosse tão velho como você diz a loirinha não estaria tão desesperada para sair comigo!
- Eu o que? - Gritou R vermelha de fúria indo na direção delr.
Z se pôs entre os dois apaziguador. Retirando a lata de cerveja da mão do perito.
- Vamos dar uma parada com a bebida né amigão? Você já está bem!
P soltou um murmúrio em protesto pouco compreensível e Z voltou a se sentar.
- Acho melhor deixarmos para pensar nisso amanhã, estamos seguros por enquanto, não tem como ninguém entrar na mansão devido o sistema de segurança da casa. - Z dizia sem muita emoção aparente, com aquele mesmo estilo clássico dele. - Será melhor repôr nossas energias, aqui na mesa tem quantos coquetéis molotovs?
- Uns 50, eu e P passamos a tarde inteira fazendo vários, felizmente tinham várias garrafas vazias no depósito da casa. Mas não temos mais dinheiro nenhum. - Disse F abaixando a cabeça.
- Não é culpa sua! Obrigado por terem se esforçado tanto. - agradeceu Z com um sorriso. - Somos cinco, cada um deve andar com dez garrafas em suas respectivas bolsas, e portar suas armas. R tem seu facão, eu tenho o revólver, que infelizmente não tem mais munição e F tem a navalha. Precisamos de armas para M e P.
- Eu... eu posso ajudar vocês! -disse R prestativa. - Sobre questão de dinheiro, posso conseguir no cofre aqui de casa. E sobre armas, nos fundos da casa... perto das árvores, tem uma casinha... uma espécie de dispensa que guardava as armas dos seguranças, munições, entre outras coisas.
Todos encararam R maravilhados, até Z por um momento pareceu fascinado com a informação.
- Isso é maravilhoso R! O que mais tem lá? - perguntou Z empolgado.

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