Chapter 28 - Lili

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— O que foi aquilo com o Sprouse? – Madelaine pergunta surpresa assim que eu volto para onde elas estão.

— "Isso nunca mais vai acontecer". – Me imita Camila e eu reviro os olhos.

— Ajudei ele com a prova e agora temos um...encontro. – Digo receosa.

— Um encontro?! – Elas gritam em unissono e eu tapo o rosto com uma mão envergonhada.

— É, meio que um encontro. Só um jantar.

— Me colore que eu estou bege! – Mad diz e nós rimos.

Me despeço das meninas, e logo Camila e eu seguimos para casa em meu carro. Assim que chegamos, vou para o quarto, tiro minhas roupas e é como se tivesse tirado uma tonelada das minha costas. Vou ao banheiro tomar um longo banho, ainda tenho bastante tempo para me preparar mentalmente até o "encontro" com Cole.

Lavo o cabelo fazendo uma hidratação e tudo que tenho direito. Hoje, vou me arrumar para mim mesma, e ficar linda para me sentir bem, não agradar homem – mesmo que isso esteja automaticamente incluso no pacote.

Termino meu banho e já são 17:15hrs, então chamo Camila para me ajudar a escolher algo. Ela pega um macacão preto brilhoso e eu faço que não com a cabeça. Após vários "nãos" tanto meu quanto dela, acabo decidindo colocar uma blusa de mangas vermelha, com um decote discreto e uma saia preta acinturada com uma fenda lateral. Faço uma maquiagem leve de sempre. E me encaro no espelho. Muito comum. Então pego o delineador e traço uma linha preta, tentando deixar o mais reto e simétrico possível, na pálpebra, dando um ar de mulherão. Acho que está bom. Seco o cabelo com o secador e deixo ele levemente ondulado nas pontas. Quando termino, me olho no espelho e Camila está logo atrás de mim.

— Se eu te visse na rua, Lili Reinhart, eu não me responsabilizava pelos meus atos! – Camila exclama gesticulando rapidamente e eu rio.

Nessa brincadeira, já são quase seis horas e eu me apresso pegando minha bolsa e carteira saindo de casa, antes de fechar a porta ouço um "Transem logo, por favor!" de Camila, o que me faz rir ao lembrar da primeira regra do encontro.

Ao sair do prédio vejo Cole em cima de sua moto, ele tira o capacete e seus cabelos negros voam com o vento gelado. Cole está com sua costumeira jaqueta preta, uma blusa preta por dentro, calça jeans e tênis. Simples e lindo, isso eu não posso negar. Ele me olha dos pés a cabeça e sinto algo que não consigo nem sequer explicar. Vou até ele que continua imóvel me olhando, mas assim que me aproximo entrega o segundo capacete e eu subo na moto com sua ajuda, antes de dar partida, Cole se vira me encarando.

— A propósito, você tá muito gostosa hoje, moranguinho. – agradeço mentalmente por estar com aquele capacete ou ele me veria corando pela terceira vez em poucos minutos. E nessa altura do campeonato o fodido apelido já não me incomoda tanto quanto antes.

Depois de um certo tempo andando pelas cidades de Nova Iorque, chegamos ao local final, um restaurante, bem conhecido por aqui. Cole desce da moto estendendo a mão para eu descer logo em seguida e adentramos no restaurante recebendo alguns olhares alheios e logo sentando numa mesa vaga. O restaurante é todo de vidro, com uns toques leves de madeira, como nas mesas e rodapés, o lustre no centro do salão faz com que toda a arquitetura do lugar dê uma valorizada e eu fico olhando tudo atentamente.

— Isso é bem diferente do Pato's house. – comento.

— Aquele lugar está mais pra patinho feio, acho que o ketchup de lá é sangue. – Cole ri e eu o acompanho automaticamente. — Mas sei que a intenção foi das melhores, né?

— Com certeza, ainda mais quando meu pai quase quebrou sua mão. – coloco a mão na boca tentando não rir.

— Senti minha alma quase sair do corpo naquela hora. Juro.

Opposite Sides - SprousehartOnde histórias criam vida. Descubra agora