Opposite Sides - Sprousehart

Chapter 64 - Cole

- coloque a música "Dangerous Woman - Ariana Grande" durante o hot"

Quando Jordan me ligou avisando que haviam encontrado mais uma coisa sobre o assassinato do meu pai, a primeira pessoa que me veio a cabeça foi Lili, não sei se eu conseguiria ir para Riverdale descobrir mais coisas sem ter ela pra me apoiar. Então, acabei chamando-a para vir comigo. Era a primeira garota que eu levava para minha cidade natal, mas sentia que precisava dividir essa parte da minha vida com ela.

Entrei na pequena e escura sala de Damon, que ficava numa parte interna do seu trailer, mais escondida, o cheiro de mofo invadiu minhas narinas. Sentei numa das cadeiras de tecido furado e espuma saindo pelas laterais, enquanto Damon estava de costas, mexendo em alguma coisa na bancada alta e minúscula de madeira escura. Ele finalmente se virou, com algo em mãos sendo tapado por um pano, fechei os olhos por alguns segundos respirando fundo, antes de tirar o pano de cima e dar de cara com a faca ensanguentada. Limpo a garganta.

— C-como vocês sabem que é realmente essa? – Minha voz vacila, mas tento ser forte ao máximo.

— Conseguimos um policial que fez um teste de favor, ele é amigo nosso e está nos ajudando na busca por debaixo dos panos. – Explica e eu balanço a cabeça assentindo ainda encarando a faca, imóvel. Sentia que se me mexesse um pouco, eu choraria e estava fora de cogitação mostrar fraqueza na frente de Damon ou de qualquer outro Serpente. — Está tudo bem, garoto, não tem ninguém vendo. – Ele diz baixo, colocando uma mão no meu ombro. Pisco algumas vezes e passo as costas das mãos pelo rosto, sentindo meus olhos arderem.

Saio de dentro do trailer de Damon transtornado, quase não consigo enxergar nada em minha frente, mas a ideia de trazer Lili foi boa porque assim que a vejo, consigo colocar minha cabeça mais no lugar e então, ela me abraça, transformando toda a minha raiva e dor em outro sentimento, que eu não sei explicar.

Chegamos na fraternidade e franzi o cenho para Lili, olhando de canto de olho, enquanto ela me seguia até meu quarto.

— O que foi? – Pergunta segurando um sorriso de diversão, mas em seu olhar tinha todos os tons de desejo. Essa é minha garota.

— Achei que seu quarto fosse do outro lado do corredor. – Ela arqueia uma sobrancelha, passamos pela porta do quarto e Lili tranca a porta atrás dela.

— É que amanhã é seu aniversário...– Ela morde os lábios.

— E...?

— E eu queria dar um presente adiantado de véspera. – Lili dá uma risadinha e eu balanço a cabeça negativamente rindo.

— Quem é você e o que fez com a Lili que eu conheço? – Pergunto retórico e a puxo pelo braço, aproximando-a de mim e agarrando sua cintura, ela passa os braços pelo meu pescoço. — O que o tesão não faz com as pessoas.

— Para com isso! – Ela reclama envergonhada, ficando vermelha. Como eu amo vê-la corar dessa forma, suas bochechas ficam vermelhas com praticamente tudo e é uma das minhas visões favoritas.

Encaro sua boca passando a língua entre os lábios e a tomo para mim, ela abre passagem imediatamente, então invado com minha língua, entrelaçando com a dela e dançando em conjunto.

— Espera...– Lili desgruda nossos lábios e sai dos meus braços, indo até seu celular e colocando uma música. — Quero fazer uma coisa diferente...– Ela diz virando-se para mim claramente envergonhada. — Eu não sei fazer isso, nunca fiz isso, mas acho que agora é um bom momento. – Franze o nariz e eu dou risada. Lili pega a cadeira que fica na mesa de escrivaninha, colocando no meio do quarto e me fazendo sentar nela.