Nos mudamos para a fraternidade. Não sei como me sentir em relação a morar por um tempo aqui, os pelos do meu corpo se arrepiam só de imaginar que por trás da porta do quarto do Jacob tinham várias fotos minhas espalhadas. É loucura demais para acreditar, que ele tentou colocar fogo no apartamento comigo lá dentro. Ele se aproximou de mim, se fez de amigo, o abracei como amigo, o recebi na minha casa, e no fim, era tudo parte de uma manipulação.
Não consegui pregar os olhos a noite, Camila ficou comigo, mas sempre que eu fechava os olhos Jacob e seu olhar maligno me vinha a cabeça.
Quando voltamos para a fraternidade Jacob já tinha ido, deixando para trás apenas algumas fotos, outras sendo levadas com ele. Não sei como ele conseguiu escapar tão rápido, mas Kj se condena até agora por não ter chamado a polícia.
Camila falou com o reitor, explicou toda a história e o reitor disse que irá ajudar a ajeitar nosso alojamento, mas que não poderá arcar com todos os danos, o que é uma merda, porque nem eu, nem Camila temos dinheiro. Pedir para nossos pais estava fora de cogitação. Então, sinceramente, não sabíamos o que faríamos, mas eu não podia ficar aqui na fraternidade pra sempre.
Cole me ajudava a carregar uma das caixas e levar para meu novo quarto. Por mais que todos os meus hormônios gritem para que eu vá em direção ao quarto de Cole e não saia nunca mais, eu sabia que precisava ficar longe de lá.
Um carro preto, luxuoso, que eu não fazia qual era o modelo, mas pela cara e quase baba que desceu pela boca de Cole, aquilo era um carro de respeito, estacionou bem em frente a fraternidade. Kj e Camila aparecem logo atrás para buscar mais caixas e todos nós ficamos em frente a fraternidade aguardando ansiosamente quem estava saindo daquela nave. Um homem de terno e gravata desce do motorista, dá a volta no carro, abre a porta de trás. Um senhor de meia idade sai de dentro. Nós nos entre-olhamos com os cenhos franzidos.
— É pai de alguém daqui? – Cole pergunta, tão confuso quanto todos nós.
— Não faço ideia, cara, mas se for, não sei o que esse moleque está fazendo numa casa de fraternidade. – Kj responde.
— Bom dia! – O senhor cumprimenta cordial, aproximando-se de nós.
— Bom dia, senhor. – Respondo gentil e todos os outros fazem o mesmo.
— Vocês conhecem Lili Reinhart e Cole Sprouse? – Encaro Cole ao meu lado, mas ele está com o olhar fixado no homem.
— Sou eu mesmo, Cole Sprouse.
— E eu sou a Lili. – O senhor balança a cabeça afirmativamente me olhando por alguns segundos, seu olhar tem um brilho de admiração. Eu consigo reconhecer as feições, ele é muito parecido com...
— Sou o pai do Jacob. – Arregalo os olhos, sentindo minha respiração pesar e dou alguns passos para trás. Só de ouvir esse nome sinto náuseas. — Dr. Johnson.
— Seu filho destruiu nosso apartamento, Sr. Johnson e agora estamos sem casa, tendo que morar com esses marmanjos. – Camila diz rapidamente atropelando as palavras e fazendo seu exagero costumeiro. Até parece que ela não estava adorando a ideia de morar com Kj por um tempo.
— Senhorita...?
— Mendes.
— Bom, Srta. Mendes, nós nos acertaremos sobre isso. Tem algum local que possamos conversar de forma mais calma, sem esse sol todo?
— Claro, podemos entrar na fraternidade. – Kj responde e todos seguimos para dentro da fraternidade. Cole coloca a mão nas minhas costas para me guiar até a sala, agradeço mentalmente por isso porque se for raciocinar por mim mesma, minhas pernas nem se mexem.
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Opposite Sides - Sprousehart
Roman d'amour+18 | Cole Sprouse? Qualquer garota da grande NYU se molharia em apenas ouvir esse nome, era um babaca, porém de qualidade. Ao contrário de todas da universidade, Lili Reinhart não se deixava abalar pelo irresistível charme do garoto. Mas quando um...