Chapter 53 - Cole

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Faziam anos que eu não entrava em coma alcoólico, parecia que eu tinha voltado a ser um moleque de 15 anos que esqueceu como se bebe. Os dias passaram, arrastados, doídos, eu não a tinha ao meu lado e começava a duvidar da minha própria sanidade. O recesso estava acabando e todos os dias das minhas férias foram compostos de Lili Reinhart, depois me senti fora de mim sem ela e hoje, eu nem sei mais o que sinto.

Charles voltava de viagem hoje e eu estava animado, já tínhamos combinado por telefone de ir a alguma festa, fora que tínhamos que começar a comprar as bebidas para a festa de "Boas-vindas" da NYU que seria, como sempre, na nossa fraternidade. A casa sempre ficava cheia, mais cheia do que normal, tanto de calouros, quanto de veteranos. É um ótimo momento para começar a caça por calouras que ainda não conhece os jogadores de futebol e vem do Ensino Médio com a ideia clássica de se tornarem líderes de torcidas e namorarem um de nós. Tudo bem, nós alimentamos esse sonho de bom grado, por uma noite.

— E ai, cara! – Charles me cumprimenta me dando um toque de mãos e um abraço rápido com dois tapinhas nas costas. — Senti falta do meu homem. – diz em tom de brincadeira afinando a voz para parecer mais afeminada, dei risada dando um soco fraco no braço dele.

— Senti falta de você também, seu imprestável. – brinco. — Da competição por mulher principalmente. – Ele franze o cenho.

— O que foi que eu perdi? – Pergunta confuso, abrindo sua mala que estava em cima da cama e tirando as roupas amarrotadas de dentro. — Você não era o apaixonadinho pela Reinhart?

— Falou certo: era. – Menti. Eu ainda era completo e inteiramente apaixonado por Lili Reinhart, mas ninguém precisava saber que eu era um otário apaixonado.

— O que aconteceu nesse meio tempo?

— Traição, mano. – Ele arregala os olhos.

— Lili? Traiu? Você?

— Eu sei, também achei difícil de acreditar, mas juntei tudo e era exatamente isso.

— Quem te disse uma merda dessas?

— Melissa. – Charles gargalha alto jogando a cabeça pra trás.

— E você acreditou...– Ele tenta dizer entre risos. — Na vadia da Melissa que não perde a oportunidade de abrir as pernas pra você?

— Por que caralho ninguém acredita que a Lili possa ter me traído? Ela é humana também e aquele Jacob lá só ficava cercando ela.

— Não sei, cara, essa história está estranha demais, mas se você era quem estava com ela e acreditou, quem sou eu pra dizer alguma coisa. – Ele termina de jogar as roupas sujas no balde e fecha o balde. — Mas, já que você não está mais apaixonado por ela e está com o coração livre para a putaria, deixa comigo que eu arranjei uma putaria ótima na casa de uma amiga. – Charles arqueia as sobrancelhas sorrindo maliciosamente e eu esfrego as mãos sorrindo de volta.

— Quem são? – Pergunto empolgado.

— Você não vai acreditar na loira gostosa que me chamou no Snapchat, nós fizemos uma amizade básica e ela está nos esperando com as amigas.

— Lógico que vamos! – Respondo animado.

— Eu iria mesmo que você não fosse, preciso me aliviar depois desses dias na casa dos velhos. – Ele bufa aparentemente irritado.

— Qual foi a da vez?

— A mesma merda de sempre, reclamação sobre minha vida de jogador, dizendo que não tem futuro, que não posso beber e claro, que eu deveria voltar para Ohio e me formar na faculdade local. – Charles revira os olhos.

Opposite Sides - SprousehartOnde histórias criam vida. Descubra agora