Faziam anos que eu não entrava em coma alcoólico, parecia que eu tinha voltado a ser um moleque de 15 anos que esqueceu como se bebe. Os dias passaram, arrastados, doídos, eu não a tinha ao meu lado e começava a duvidar da minha própria sanidade. O recesso estava acabando e todos os dias das minhas férias foram compostos de Lili Reinhart, depois me senti fora de mim sem ela e hoje, eu nem sei mais o que sinto.
Charles voltava de viagem hoje e eu estava animado, já tínhamos combinado por telefone de ir a alguma festa, fora que tínhamos que começar a comprar as bebidas para a festa de "Boas-vindas" da NYU que seria, como sempre, na nossa fraternidade. A casa sempre ficava cheia, mais cheia do que normal, tanto de calouros, quanto de veteranos. É um ótimo momento para começar a caça por calouras que ainda não conhece os jogadores de futebol e vem do Ensino Médio com a ideia clássica de se tornarem líderes de torcidas e namorarem um de nós. Tudo bem, nós alimentamos esse sonho de bom grado, por uma noite.
— E ai, cara! – Charles me cumprimenta me dando um toque de mãos e um abraço rápido com dois tapinhas nas costas. — Senti falta do meu homem. – diz em tom de brincadeira afinando a voz para parecer mais afeminada, dei risada dando um soco fraco no braço dele.
— Senti falta de você também, seu imprestável. – brinco. — Da competição por mulher principalmente. – Ele franze o cenho.
— O que foi que eu perdi? – Pergunta confuso, abrindo sua mala que estava em cima da cama e tirando as roupas amarrotadas de dentro. — Você não era o apaixonadinho pela Reinhart?
— Falou certo: era. – Menti. Eu ainda era completo e inteiramente apaixonado por Lili Reinhart, mas ninguém precisava saber que eu era um otário apaixonado.
— O que aconteceu nesse meio tempo?
— Traição, mano. – Ele arregala os olhos.
— Lili? Traiu? Você?
— Eu sei, também achei difícil de acreditar, mas juntei tudo e era exatamente isso.
— Quem te disse uma merda dessas?
— Melissa. – Charles gargalha alto jogando a cabeça pra trás.
— E você acreditou...– Ele tenta dizer entre risos. — Na vadia da Melissa que não perde a oportunidade de abrir as pernas pra você?
— Por que caralho ninguém acredita que a Lili possa ter me traído? Ela é humana também e aquele Jacob lá só ficava cercando ela.
— Não sei, cara, essa história está estranha demais, mas se você era quem estava com ela e acreditou, quem sou eu pra dizer alguma coisa. – Ele termina de jogar as roupas sujas no balde e fecha o balde. — Mas, já que você não está mais apaixonado por ela e está com o coração livre para a putaria, deixa comigo que eu arranjei uma putaria ótima na casa de uma amiga. – Charles arqueia as sobrancelhas sorrindo maliciosamente e eu esfrego as mãos sorrindo de volta.
— Quem são? – Pergunto empolgado.
— Você não vai acreditar na loira gostosa que me chamou no Snapchat, nós fizemos uma amizade básica e ela está nos esperando com as amigas.
— Lógico que vamos! – Respondo animado.
— Eu iria mesmo que você não fosse, preciso me aliviar depois desses dias na casa dos velhos. – Ele bufa aparentemente irritado.
— Qual foi a da vez?
— A mesma merda de sempre, reclamação sobre minha vida de jogador, dizendo que não tem futuro, que não posso beber e claro, que eu deveria voltar para Ohio e me formar na faculdade local. – Charles revira os olhos.
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Opposite Sides - Sprousehart
Romansa+18 | Cole Sprouse? Qualquer garota da grande NYU se molharia em apenas ouvir esse nome, era um babaca, porém de qualidade. Ao contrário de todas da universidade, Lili Reinhart não se deixava abalar pelo irresistível charme do garoto. Mas quando um...