Chapter 33 - Cole

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Depois que saí da casa da Lili, passei na fraternidade pra pegar umas coisas que eu tinha esquecido lá e que ia precisar para usar no treino de hoje, depois segui para o vestiário masculino da NYU. Como de costume, quase todos os jogadores já estavam lá se equipando. Passei retribuindo os cumprimentos dos outros jogadores e fui até meu armário.

— Tá sumido, Sprouse, dormiu com qual das gatas esse final de semana? -
– Charles perguntou com um sorriso presunçoso.

— Ahn... – Engasguei pra falar, eu realmente tinha só dormido com Lili Reinhart, mas na cabeça de Charles isso nunca poderia acontecer, se você dorme com alguém do sexo oposto tem que, com toda certeza, transar com essa pessoa. E na minha cabeça também funcionava assim, até Lili começar a fazer parte da história. — Na casa da Lili. – Confesso.

— Então quer dizer que você realmente pegou de jeito a loirinha? – Normalmente, esse é o tipo de conversa que sempre tenho com Charles, sendo que dessa vez a forma como ele se refere a Lili me dá repulsa.

— Não. – Digo firme e sério. — A gente está se conhecendo e eu só dormi lá, não fizemos nada.

— Depois o marica que levou chave de buceta sou eu. – Charles ri e eu dou um soco no seu ombro, de brincadeira.

— Não é nada disso, ela só é...diferente. – Ele arqueia as sobrancelhas e continua rindo.

— Não estou te reconhecendo, irmão.

— Nem eu... – digo baixo, mais para mim mesmo do que pra Charles e ele balança a cabeça negativamente dando uma risadinha.

— Quero todo mundo no campo em um minuto. – Treinador Butter chega no vestiário gritando. — Sprouse e Melton, deixem pra namorar na casa de vocês, aqui é treino, bora! – Ele continua gritando e eu faço uma careta, terminando de me equipar, antes que o treinador me pegue pelas orelhas.

•••

O segundo jogo da temporada, primeiro da semana, a adrenalina está tomando conta do meu corpo, as pontas dos meus dedos estão formigando e sinto a mão que dei o soco na parede doer. Puta que pariu.

Assim que entramos no campo para tomar nossas posições, a multidão na arquibancada, de quase todos os alunos, funcionários, professores e coordenadores da NYU, gritam animados e meu corpo entra em êxtase, essa sensação é boa pra caralho. Passo meus olhos pela multidão, estranhamente a procura de cabelos loiros e um par de olhos verdes, mas é quase impossível encontrar alguém no meio de tanta gente.

Me posiciono no meu lugar em campo e quando o tempo começa a contar, a bola entra em jogo e tudo passa rápido demais, corro pelo campo com uma velocidade que nem sabia que existia. Precisava dar tudo de mim, não conhecia esse time de Massachusetts, não sabia se eles eram realmente bons, então, não podia vacilar. Quando Charles arremessou a bola para mim, peguei com maestria, mas a dor da minha mão se tornou quase insuportável, segurei a bola o máximo que eu conseguia, até chegar na linha de fundo e fazer o ponto. Fiz uma careta, tentando me encher mais de adrenalina para esquecer a dor, ela não podia existir de jeito nenhum ou eu estava fodido. Outro arremesso, agora de Travis, e mais forte, tentei pegar mas a dor ficou realmente insuportável, então deixei a bola cair no chão. Todos do time me olharam sem entender, o arremesso de Travis tinha sido perfeito, exatamente na minha mão. Fiz uma careta para ele e balancei a cabeça negativamente, xingando todo tipo de palavrão que podia lembrar no momento. Treinador Butter veio em minha direção.

— QUE PORRA É ESSA, SPROUSE? – Gritou transtornado.

— Machuquei feio minha mão, não está dando. – Digo puto da vida.

Opposite Sides - SprousehartOnde histórias criam vida. Descubra agora