Quando abri a porta, dou de cara com Cole bem na minha frente, confesso que não esperava vê-lo tão cedo na verdade não espera vê-lo até às aulas voltarem. Ele disse que queria pegar suas roupas, e de alguma forma isso partiu ainda mais meu coração, pois isso significava que ele queria cortar todo vínculo que tinha comigo, para não me ver nunca mais. Vou até o quarto e jogo suas roupas entre outras coisas em cima da cama e ele me encara.
— Você está chorando? – ele se aproxima me tocando e meu coração acelera.
Balanço a cabeça negativamente, dando uma desculpa esfarrapada em seguida. Mesmo querendo gritar com ele por ter feito uma pergunta tão ridícula. É claro que eu estou chorando, pois a única pessoa que eu me entreguei de corpo e alma depois de tanto tempo não acredita em mim, transou com outra pessoa e chega na minha casa as duas da manhã querendo buscar suas roupas para não voltar a ter nenhum tipo de vínculo comigo, ou ele acha que eu estou apenas hidratando o rosto?
Entrego todas as suas roupas em sua mão, ele sai do meu quarto e eu vou logo em seguida, caminho de cabeça baixa pelo corredor e Cole para bruscamente no meio do corredor e se vira me olhando com uma feição indecifrável.
— Por que você fez isso comigo? Sabe, eu não era o suficiente pra você? – ele pergunta sério e eu respiro fundo já cansada disso tudo.
— Eu não fiz nada, Cole, você quem simplesmente criou algo na sua cabeça, acreditou nisso e não em mim, teve alguém pra colocar pilha e caiu feito patinho. – o encaro e ele engole em seco.
— Eu não posso ter errado tanto.
— Mas errou, você não acreditou em mim, e antes que eu pudesse falar alguma coisa ou me defender, você fez o que fez com Melissa! – elevo um pouco meu tom de voz e respiro fundo me recompondo. — Eu cansei, cansei de ter que explicar todo tempo isso e você não acreditar em mim.
— Eu nem sei o que pensar. Nunca senti tantas coisas ao mesmo tempo na vida. – Cole passa a mão pelos cabelos impaciente e fecha os olhos com força, quando abre, estão marejados.
— Se você quiser acreditar em mim, acredite, mas eu cansei de agir como se eu tivesse que me explicar de algo que eu não fiz. – vejo seu rosto mudar completamente de expressão — Você já pegou suas coisas, agora, por favor, vai embora da minha casa, Cole. – aponto para a porta.
— Você está com a minha camiseta favorita. – ele aponta para mim e só agora eu percebo que estava com sua camisa.
Tiro a camisa que ia até metade das minhas coxas e por cima do meu pijama e o entrego cruzando os braços, não tive tempo de ir na lavanderia do prédio ontem, por conta de tudo que aconteceu então estava com aquele último pijama do armário. Ele me encara indiscretamente e sinto meu rosto queimar violentamente, como sempre. A tensão sexual é forte, mas eu não posso deixa-lo me ter dessa forma novamente e brigo com meus hormônios ao sentir o formigamento no meio das minhas pernas. Cole se aproxima e sua respiração bate no meu rosto, o leve cheiro de álcool com menta invade minhas narinas, continuo encarando o chão, porque sei que se subir a cabeça vou encontrar seus olhos e eu não quero isso.
— Pode ir a-agora. – Tento dizer com firmeza, mas minha voz me trai e falha.
Escuto Cole suspirar e se aproximar mais de mim, seus dedos tocam meu braço e uma corrente elétrica passa por nós. Fecho os olhos aproveitando a sensação que é tê-lo me tocando novamente, faziam dias que isso não acontecia e eu sabia que sentia saudades do seu toque, não importa o que Cole fez, seu toque ainda me causa o que sempre causou, desde o início.
Os dedos dele sobem até meu ombro e eu olho para sua mão, acompanhando o movimento, extasiada de vontade. Ele apoia sua mão grande no meu pescoço e o polegar fica em minha bochecha, fazendo um carinho na região, fecho os olhos e esfrego o rosto contra sua mão lentamente, passo a boca pela mão de Cole e ele puxa meu lábio inferior para baixo. Nosso contato faz meu corpo inflamar, cacete, como eu preciso dele mais do que eu quero.
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Opposite Sides - Sprousehart
Любовные романы+18 | Cole Sprouse? Qualquer garota da grande NYU se molharia em apenas ouvir esse nome, era um babaca, porém de qualidade. Ao contrário de todas da universidade, Lili Reinhart não se deixava abalar pelo irresistível charme do garoto. Mas quando um...