A Oitava Horcrux

Capítulo 4

Hermione aparatou em um beco da cidade de Cokeworth e saiu a procura da Rua da Fiaçao.

As ruas estavam vazias e demonstrava um certo abandono, as casas eram todas praticamente iguais, construídas em tijolinhos. Estava fazendo bastante frio ,pois, já estava no inverno e em breve iria nevar.

Hermione analisava tudo ao seu redor, notou que próximo de onde estava tinha um rio escuro que cortava a cidade.

Não demorou muito para encontrar a Rua da Fiação. Sentiu seu coração acelerar e não sabia explicar o por que, mas, parou e olhou o número no papel a qual anotará o endereço dele. Não demorando muito para encontrar a casa onde ele residia.

Hermione se perguntou se ele realmente morava ali. Um nervosismo se apossou dela.

-"Vamos Hermione, é só uma visita, fale que você só quis vim vê-lo e pedir dicas de poções, só isso." - A bruxa falava consigo mesmo e ensaiava o que iria dizer a ele. Respirou fundo, tomou coragem e bateu na porta.

Snape estava no cômodo que fez como laboratório para fazer poções. Praguejou ao ouvir alguém bater na porta.

- Só pode ser algum pedinte.- falou indo rapidamente até a porta e ao abrir ficou surpreso.

- Granger? ... O que faz aqui? Como encontrou minha casa? - Snape fala impaciente e com a face demonstrado uma certa raiva.

O que Hermione havia planejado falar sumiu de sua mente, ficando muda.

-Anda Granger? Fale... O que veio fazendo aqui?

-Não vai me convidar para entrar, está frio aqui fora.

Snape abriu espaço e Hermione entrou. Ficou de boca aberta ao reparar a sala de visitas da casa, as paredes era cobertas por vários livros, havia uma lareira onde chamuscavam faíscas e esquentava o ambiente, no canto tinha uma poltrona e do lado um pequeno sofá, ao lado da lareira tinha uma cômoda onde continha umas garrafas de vinhos e uísques, Hermione notou que também havia alguns dos chocolates que ela havia enviado a ele por coruja.

- Admirando minha coleção de livros? Sua rata de livros... - Snape fala em tom sarcástico ao ver o olhar de admiração da moça. Mas, Hermione nem liga para o tom dele.

- São magníficos, todos esses livros.

-Agora me diga Granger, o que veio fazer aqui e como descobriu meu endereço?

Hermione o olhou com timidez.

- Eu só queria lhe visitar, ver você... Quanto ao endereço não vou dizer como consegui.

-Já me viu não já? Ou se ainda não estiver satisfeita posso ficar aqui na sua frente o dia todo para que fique me admirando, até porque, certamente eu não devo ter nada para fazer. - o bruxo fala acidamente.

Hermione se sente cosntrangida.

-Me desculpe Snape, eu não queria lhe atrapalhar. Eu só... Só queria dicas de poções, gostaria de aprender mais um pouco com o melhor mestre que já tive. - Hermione abre um sorriso tímido e Snape a encara.

- Humm... Pois bem... Eu estou fazendo poções para o Hospital Mungus, aceitei fazer as encomendas que eles pedem e necessitam no Hospital...

- Sério? Que legal... - Hermione se anima.

Snape mostra o cômodo do laboratório dele e explica tudo que vem fazendo.

Hermione o olhava, sua vontade era de abraçar ele e dizer que seu coração acelerava só por estar com ele, mas, não tinha coragem, não ainda.

Por fim Hermione se ofereceu para ser assistente dele durante as tardes depois que ministrasse suas aulas no turno da manhã em Hogwarts, a princípio ele disse que não, mas, logo cedeu pela insistência dela.

Passados um mês que Hermione o estava auxiliando nos preparos das poções, os dois já estavam mais sociáveis, Snape já se sentia confortável perto dela, no entanto, algumas vezes se irritou sem motivos, simplesmente sentiu uma forte dor de cabeça e começou a ter um ódio descontrolado e acabava a ofendendo, depois pedia desculpas por ter agido de forma agressiva. Hermione compreendia que Snape era uma pessoa que passou por muitos abalos e não levou os insultos para o lado pessoal, pelo contrário, o ajudava e ficava do lado dele.

Em uma sexta feira no fim da tarde, após terminarem todas a poções, Hermione abriu a garrafa de vinho que ela havia levado. Os dois sentaram no sofá e ficaram conversado, principalmente sobre vários assuntos relacionados a estudos, vez ou outra falavam alguma coisa pessoal de cada um.

Hermione já estava se sentido mais alegre após beberem toda a garrafa de vinho. A coragem também aumentou e ela não conseguiu mais se controlar.

-Snape... Posso te chamar de Severo ?

- Pode sim Granger.

- Assim sendo, me chame de Hermione...

Snape percebeu o olhar diferente de Hermione para ele. Ela ia colocando mais um pouco de de outra garrafa de vinho na taça quando Snape a impediu.

- Gran.. Hermione, acho que você já bebeu bastante, é melhor parar...

Ao sentir o toque dele no seu braço, Hermione o olhou e tomou coragem.

- Severo... Eu preciso te falar uma coisa... - Hermione hesitou por algum tempo... - Eu estou apaixonada por você...

Hermione chegou mais para perto dele que ficou sem ação ao ouvir aquilo, e sem esperar, ela colocou as duas mãos no rosto dele colando os lábios.

De início o beijo era somente lábios nos lábios, Snape não sabia como reagir aquilo. Hermione queria mais e percebendo que ele não estava cedendo forçou a entrada de sua língua na boca dele, queria explorar, queria sentir o gosto dele, ele abriu a boca e deixou se levar, a sincronia das línguas se conhecendo e sentindo o sabor um do outro, o arrepio que sentiam e o desejo aumentando. Hermione sentou no colo dele agarrada fortemente com as mãos na nuca dele, ela queria ser dele, queria se entregar. Começou a abrir a camisa do bruxo e passando mão sentindo o calor do peito dele. Snape recobrou a razão e delicadamente forçou Hermione para o lado do sofá a tirando de cima do seu colo, pegou as duas mãos dela e se afastou aos poucos, cessando o beijo, deixando Hermione confusa.

- Hermione, calma... - Ele falou olhando dentro dos olhos dela.

- Não... Eu quero você... - Ela tentou o beijar novamente, mas, ele evitou. - Eu gosto de você, sou apaixonada por você.

- Eu sei, eu acredito em você... Só não quero que seja assim... Você bebeu muito e eu não posso me aproveitar disso...

Hermione teve vontade de chorar, se sentiu rejeitada.

- Você não me quer Severo?

Snape revira os olhos.

- Não é isso bruxa... Acho que você percebeu que quero... - Ele olhou rapidamente para o volume que se formou no meio das suas pernas e Hermione também olha e fica corada com vergonha...

- Olha, entenda, é melhor você dormir...

- Vou embora, - Hermione se levanta e cabaleia e Snape a segura.

- Viu. Você está tonta...

- Eu vou embora...

- Não vai não, não pode aparatar assim é arriscado... Dorme aqui, pode ficar no meu quarto... - Snape abraçou Hermione... - Amanhã quando acordar a gente conversa pode ser? - Ele deu um beijo na testa dela que assentiu...

Continua....