Capítulo 21

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Hermione, com passos apressados, chegou quase atrasada em Hogwarts. Seus pensamentos e preocupações estavam voltados para Snape, não conseguindo focar em outros assuntos naquele instante. Respirando fundo, encheu seus pulmões de ar e decidiu que, mesmo por algumas horas, se permitiria esquecer tamanha contrariedade... precisava ser responsável e dar uma excelente aula aos seus alunos. Após ministrar o conteúdo e responder todas as perguntas levantadas, durante a aula, sentou exausta na cadeira e derramou algumas lágrimas. O que seria dele se tudo desse errado?

Com esta ideia fixa e o cumprimento da carga horária, caminhou pelos corredores para ter uma breve conversa com a diretora McGonagall. Acreditava que sua experiência de vida a ajudasse a acalmar um pouco o seu coração ansioso e confuso. Após alguns minutos de conversa e desabafos, ouviu que o melhor seria ir para casa e descansar. Nada se resolveria se prosseguisse tão afoita e desesperada com coisas que ainda não tinham acontecido... quando menos esperasse, tudo acabaria bem, de uma forma ou outra.

Chegando em casa, a bruxa usou feitiços para organizar a bagunça que havia deixado para trás e tirar a poeira acumulada nos dias em que se ausentou. Terminando, olhou para os cômodos demoradamente, desligando as luzes e subindo as escadas em direção ao quarto. Ali, entrou para o banheiro da suíte, deixando que a água enchesse a banheira para um banho morno e relaxante. Precisava tirar toda a tensão de seus músculos para, quem sabe, ter uma noite de paz. Com essa ideia, se despiu e entrou na água, lentamente, permitindo que o líquido a massageasse e a deixasse um pouco menos nervosa.
Seus olhos fecharam e seus pensamentos a levaram até Snape, pois sua paixão e amor por ele se tornavam maiores dia após dia. Sua vontade era a de sair dali e correr até o Ministério, abraçá-lo e não sair mais de seu lado. No entanto, se conteve. O bruxo de cabelos negros detestaria atitudes tempestuosas e diria que ela estava tendo atitudes de uma grifinória sangrenta. Sua imaginação modificou suas ideias, a levando para os momentos que passara junto a ele. Dos beijos, das vezes em que fizeram amor... fazendo com que quisesse senti-lo novamente. Seu corpo se arrepiou, fazendo com que, instintivamente, levasse a mão até a intimidade. Com toques vagarosos, se acariciava, lembrando de como ele a penetrava. Seus dedos entravam e saíam de dentro de si, enquanto chamava o nome de Snape, atingindo o ápice do prazer. Esse processo lento e tortuoso foi repetido, gemendo cada vez mais alto o nome dele, como se o seu gozo pudesse o trazer de volta para a sua vida. Quando terminou, levou as mãos ao rosto, tentando recuperar o fôlego. Ainda estava arrepiada quando saiu da banheira, se secando com a toalha felpuda antes de colocar o pijama e ir para a cozinha preparar alguma coisa para comer.


Snape passou a noite tendo pesadelos e na maioria via Hermione morta e suas mãos manchada com o sangue dela.

- Ela vai morrer... - Snape vislumbrou o rosto ofídio de Voldemort.

- Não vou deixar... Você não vai matar mais ninguém...

A figura com o rosto de cobra sorriu macabro, mas Snape não se intimidou.

- Eu controlo você Severo, você sou eu, eu sou você, em breve só restará sua carcaça e você deixará de existir... - Disse confiante.

Snape sorriu.

- E como fará isso Milorde?

- Em breve verá...

- Mesmo que eu não consiga me livrar... Você irá morrer Tom, Potter e os outros vão te matar... Você não tem mais horcrux, a única parte viva sua é a que está dentro de mim, e sei que você não esta tão forte como quer parecer...

Voldemort gargalhou...

- Eles não vão me atacar Severo, são tolos o bastante para tentar inutilmente te salvar... Mas, não vai adiantar, eu vou vencer... E todos irão morrer...

A Oitava HorcruxOnde histórias criam vida. Descubra agora