Capítulo 1- Personagens

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Kleber Leynner:

Considerado a ovelha negra da família, é impulsivo e indomável, desafia as regras  imposta por seu pai, odeia demonstrar fraqueza e nunca sorri, mas no fundo é sensível e solitário, e quando se dá a chance de amar e ser amado encontra a verdadeira felicidade, mas antes disso passará por grandes aborrecimentos  assim como os causará também.
Entre o amor e ódio com o irmão se vê envolvido em um triângulo amoroso, e terá que escolher qual futuro dar a essa relação. 

Marlon Montavany:

Vem ao Brasil acompanhado de Renan, mas acaba se envolvendo em grandes confusões ao deparar-se com Kleber, e se vê dividido entre o carinho por um e a paixão por outro, esse conflito gera ainda mais turbulência entre os irmão Leynner, tudo o quer é acabar com essa guerra que existe entre os irmãos, mas quanto mais tenta, mas ela se intensifica. 

Renan Leynner:

Cinco anos mais novo que Kleber, Renan é o oposto do irmão, cativante e até mesmo ingênuo, nunca entendeu o motivo do irmão o tratar como inimigo, porém depois de tanta rejeição ele acabou se afastando e foi morar fora do país, porém sua volta trás de volta velhas feridas que ainda não foram cicatrizadas.

Geovanne Leynner:

O patriarca da família Leynner é um homem que rege a família com mão de ferro, duro e arrogante, o tratamento diferenciado com que trata seus filhos é o fato de ambos nunca se comportarem como irmãos e viverem como completos estranhos mesmo tendo o mesmo sangue.

Laís Leynner:

Mãe do Renan e madrasta do Kleber, sempre procurou ser justa no tratamento dos filhos, mas a distancia imposta por Kleber acabou impossibilitando esse tratamento.  Ainda assim ela tenta manter a união da família mesmo que todos nadem contra a maré. 

Ingrid Guedes:

Apaixonada por Kleber desde sua adolescência, porém ele nunca lhe deu qualquer esperança de ser correspondida em seu sentimento, sempre a viu como uma amiga apenas, mas ela não desiste de tentar conquistá-lo. 

Micaela Guedes:

Amiga fiel de Kleber, é a única que consegue entrar no mundo dele e desafiá-lo, sempre o viu como um amigo que a defenderia em qualquer situação, e por essa razão ela fazia o mesmo por ele, mas a chegada de Marlon irá fazer com que ela tenha mais trabalho do que julgou um dia ter. 

Eu tinha três anos quando minha mãe morreu em um acidente de carro, naquele mesmo ano meu pai se casou novamente, e tudo mudou, agora morávamos em outra casa, formávamos uma nova família, minha madrasta sempre foi carinhosa comigo.
Apesar de sentir a falta da minha mãe, o carinho que ela me oferecia supriu essa falta, porém dois anos depois o meu irmão nasceu, e a atenção se voltou totalmente para ele, eu me senti excluído, deixado de lado por aqueles que eu amava, logicamente que o tratamento se diferenciou, apesar dela me dar atenção, ele era o seu filho e a atenção a ele era redobrável.

Renan era bajulado pela mãe e por meu pai, enquanto eu recebia duras broncas de meu pai, minha madrasta nunca levantou a voz para mim, mas meu pai ao contrário dela, só vivia as turras comigo, se Renan e eu brincávamos e deixávamos os brinquedos espalhados, era somente eu o culpado, e como punição tinha que ficar ajoelhado durante horas no canto da parede, e ainda tinha que guardar todos os brinquedos, se meu irmão caia durante uma brincadeira, era eu o culpado por não cuidar dele, nunca recebia um agrado, mas meu irmão era recompensado por cada coisa que fazia.

Desde o primeiro ano de seu nascimento nunca deixou de se comemorar, quanto ao meu, as vezes lembravam com uma semana que havia passado. Eu tinha apenas cinco anos e não entendia a razão pelo qual meu pai havia mudado tanto, mas os anos foram se passando e quando completei quinze anos, aconteceu uma situação, três garotos maiores que Renan encrencaram com ele e o cercaram, eu não defendi o meu irmão, fiquei longe observando a cena sem me mover, um dos amigos dele veio me perguntar:

_ Hei Kleber... estão querendo bater no Renan, você não vai defendê-lo?

Eu ignorei aquela pergunta e deixei o local sem o defender, por que não defendi talvez alguém se pergunte, primeiro porque ele tinha que se defender sozinho e não depender de ninguém, segundo por que se o defendesse, ele saberia que eu me importava com ele e eu não queria isso, terceiro por que eu não queria demonstrar fraqueza diante do meu irmão, mas quando ele se afastou depois de levar uns tapas dos meninos eu os encurralei dando um aviso a eles:

_ Sabe aquele garoto a qual vocês ousaram bater... ele é o meu irmão, se voltarem a triscar um dedo nele eu não responderei por mim.

_ Nós somos três e você é apenas um, acha que pode dar conta dos três?

Um deles rebateu com a pergunta, calmamente eu respondi:

_ Quer pagar pra ver?

Naquele dia apanhei afinal estava em desvantagem, mas aqueles garotos saíram piores que eu. Mas ao chegar em casa, meu pai me interceptou logo na entrada com a pergunta:

_ Por que deixou que aqueles meninos batessem em seu irmão e não fez nada para defender ele?

_ Por acaso sou guarda costa dele?

_ O que foi que você falou seu moleque insolente?

_ Calma Geovanne, ele é apenas um garoto.

_ Não defende esse menino Laís, ele não merece, onde já se viu não defender o irmão quando vê que três meninos maiores que ele estão o cercando, não passa de um covarde.

_ Porque tenho que defender ele, era eu que os meninos estavam querendo bater por acaso, se fosse ao contrário ele entraria na briga para me defender?

Irado meu pai segurou meu pulso com todas as forças me chacoalhando:

_ Seu moleque... agora você vai aprender o que é apanhar e não ter ninguém para defender.

Dona Laís ainda tentou impedir, mas o golpe em meu rosto foi inevitável, eu caí no chão chorando e meu pai retirou o cinto da calça e me deu uma surra, ele só parou quando dona Laís minha madrasta conseguiu conter o braço dele e o arrastar para fora.
Eu chorei a noite toda, mas prometi a mim mesmo, nunca mais derramar uma lágrima sequer por aquela família novamente.


Duas vontades... A outra face do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora