Entre o amor e o ódio os irmãos Leynner vivem em terras turvas, tudo isso devido ao tratamento do pai de ambos, enquanto um é tratado com confortos e regalias o outro é sempre humilhado e desprezado, isso faz com que ambos vivem um conflito, mas nem...
_ Finalmente vejo um sorriso em seu rosto Marlon...
A voz rouca do rapaz me fez apertar ainda mais as mãos sobre o quadril do meu namorado, o rapaz chegava acompanhado de Renan e Emanuel, juntar a nós:
_ Nós que o diga, tentar animar o Kleber não é tarefa fácil.
_ O nosso amigo vivia nostálgico, era Kleber para cá, Kleber para lá que mesmo sem o conhecer já me sentia íntimo.
Eles falavam de nós como se a nossa presença não estivesse ali, franzi a testa algumas vezes, mas relaxei ao perceber que Marlon parecia se divertir com todos aqueles comentários:
_ Amor, esse é o Ross, ele me aguentou esses seis meses.
_ Nunca mais deixarei você escapar, então não precisará que outro faça isso.
Eu brinquei, mas todos entendiam que aquela fala tinha um pouco de verdade, mas totalmente desarmado Ross começou a conversar e logo aquela primeira impressão sobre ele acabou, já Thammy após várias tentativas de aproximação com Marlon, desatinada resolveu se despedir, não fiz nenhuma questão que ela permanecesse ali, ao contrário eu estava me segurando mas minha vontade era eu mesmo a colocar para fora a ponta pé, se não fiz foi por respeito unicamente a meu irmão e a Emanuel.
Minha mãe também se juntou a nós após todos os outros convidados foram embora, seu instinto materno ficava mais nítido para mim quando ela me abraçou em seguida abraçou Marlon dizendo:
_ Agora vocês dois juízo viu, Marlon você não imagina como esse meu filho ficou quando você resolveu ir embora, agora que se reconciliaram por favor não se separem mais.
_ Nunca mais dona Laís, eu nunca mais vou me afastar desse turrão aqui.
_ Falando nisso eu tenho que te devolver uma coisa.
_ Eu acho que sei o que é...
_ Está lá no nosso quarto, eu vou buscar.
Micaela deu risada:
_ O que foi?
_ Está lá no "Nosso" quarto.
Todos riram, e retendo o meu olhar sobre o de Marlon confirmei:
_ Sim, o nosso quarto, nosso ninho de amor.
Rapidamente fui até o quarto e retornei com o estojo aveludado que continha a corrente com a aliança, uma onda de sensualidade percorreu o meu corpo quando ao colocar a corrente em seu pescoço em um gesto bem íntimo depositei um beijo em sua nuca, fazendo Emanuel reclamar:
_ Vocês dois são mesmo incorrigíveis, daqui a uma semana é o meu casamento com o Renan e vocês que se mostram com todo esse romantismo, juro que se o Renan começar a reclamar que não sou romântico eu pego vocês depois.
_ Você tá reclamando do que Emanuel, você ainda tem para quem se mostrar romântico e eu... estou sozinha a anos, aí vem esses dois me causando diabete com todo esse doce deles.
_ É verdade a Micaela está solteira a um tempão, precisamos encontrar alguém para nossa amiga, desencalhar ela.
_ Renan, não é porque estou sozinha que estou encalhada tá...
Ficamos nesse clima descontraído por um tempo, mas logo consegui arrastar Marlon para um canto mais isolado:
_ É bom ver todos felizes assim, mas ficar assim só com você é melhor, vamos fugir...
Confirmando com um mover de cabeça, pé ante pé deixamos aquela casa, acho que eles só se deram por nossa falta quando o motor da moto indicava a eles que havíamos fugido. Fomos para o quartinho onde nos amamos mais uma vez, era tão bom ter Marlon novamente nos meus braços que tive uma ideia maluca que providenciaria assim que amanhecesse.
Na manhã seguinte acordei Marlon dando beijos em seu rosto:
_ Amor acorda dorminhoco...
_ Não está muito cedo não...?
_ Precisamos ir a um lugar, esse horário é ideal.
_ Que lugar?
_ Cartório, nada mais nos impede de casarmos certo?
_ Nada mais.
Ele beijou-me, e eu dei um tapa em sua bunda:
_ Vai tomar um banho.
Ele saiu do banheiro já arrumado, estendi minha mão para ele a puxá-lo:
_ Em breve você receberá o meu nome.
_ Não vejo a hora.
No cartório recebemos a notícia que as papeladas que já havíamos colocado antes de meu pai ser internado ainda era válida, então não precisávamos passar por toda aquela burocracia, e assim que soube sobre isso logo questionei a funcionária do cartório sobre o tempo em que poderíamos realizar a cerimônia de casamento e fomos informados que se encontrássemos um juiz de paz disposto a realizar a celebração poderíamos casar naquela mesma tarde. Olhei para Marlon buscando a sua aprovação, e ele não precisou dizer uma palavra somente o sorriso que ele tinha em seus traços faciais eu entendi que ele concordava comigo, ainda assim ele me respondeu:
_ Vamos ter que achar um juiz de paz Kleber, o mais rápido possível.
Conversamos um pouco mais com a funcionária buscando informações de como proceder, e ela nos afirmou que tudo estava dentro dos procedimentos cívicos para que a cerimônia fosse realizada, porém o cartório não contava com nenhum juiz de paz disponível para aquela tarde, então começamos a pesquisar a procura de um, e encontramos uma juíza que aceitou o nosso pedido, porém era fora da cidade, e tínhamos que ir para lá.
Queríamos que todos que amávamos estivessem conosco naquele que seria o nosso momento mais importante, mas eu pensei e repensei:
_ Daqui a uma semana é o casamento do meu irmão, eles terão que resolver muitos detalhes ainda para a cerimônia, não poderão ir a uma outra cidade nesse momento, nós podemos nos casar e depois avisá-los.
_ E se eles ficarem chateados por não participarem desse momento?
_ Eles entenderão que eu não quis ficar um minuto a mais solteiro.
_ Se é assim, vamos logo vê essa juíza, eu quero me casar com você o mais rápido possível.
Chegamos a pensão de dona Mirtes no começo da tarde, fizemos a reserva e logo fomos tratar com ela sobre o casamento, ela era uma senhora muito bem apessoada e nos deu todo o aval para a cerimônia, nos fundo da pensão tinha até uma parte produzida com um gazebo, e dona Mirtes até mesmo nos ofereceu um bolo, e naquela tarde Marlon e eu nos casamos, e enviamos uma foto para Renan para que ele soubesse que Marlon Montavanny, agora assinava como Marlon Montavanny Leynner.
Casados...
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