|Observador|
Tudo já estava perdido.
A destruição do olimpo e a derrota dos deuses já estava estampado em cada destruição e caos que se podia ver. O lar dos deuses estava irreconhecível, tão deplorável quanto a situação dos deuses caídos. Tifão havia sido libertado de sua prisão depois de milênios de aprisionamento, com a ajuda inesperada da deusa noite. E com seu desejo de vingança, não demorou muito para que a morada dos Olimpianos fosse alvo de sua fúria. Eles foram pegos de surpresa, quando perceberam eram tarde demais para bolar qualquer plano.
Mas como um monstro tão poderoso e fluente passou despercebido? A dama da noite tinha poder para tal engajamento, quanto poderia disfarçar uma explosão nuclear. Os deuses que estavam presentes e presenciaram o ataque surpresa, foram liderados por Zeus para um contra ataque, mas nada já podia ser feito.
Tifão descontava eras de ódio e poder acumulado, assim como da primeira vez em que surgira, muitos deuses fugiram na sua presença. Mesmo para Atena, a derrota parecia imprevisível, e Ares que tanto almejava uma guerra, lamentava o fracasso daquela. A batalha dos deuses contra o monstro podia ser visto por todo o céu, as tempestades de Zeus preenchiam as nuvens e caiam furiosas, os mares de Poseidon se agitava violento acompanhando a luta do deus, os ventos carregados de Tifão carregavam os gritos enfurecidos de ares.
As muitas armadilhas de Hefesto haviam sido úteis e atrasaram Tifão, o suficiente para que muitos deuses conseguissem fugir. O que naquele momento era o certo, mas futuramente eles iriam perceber que nunca houve uma fuga verdadeira, não quando o pior estava por vim. A luz do sol era coberto por Tifão, seu tamanho gigantesco fazia uma sombra enorme sobre todos e mesmo contra as investidas de Apolo, a criatura resistia.
Os destroços escondiam a vergonha dos deuses tão bem quanto a ruína do olimpo. Os deuses restante recuavam para o salão dos tronos, o último lugar parcialmente intacto, o suficiente para que eles pudessem se reunir rapidamente.
— Ele está avançando olimpo adentro – Ares gritou entrando no salão e colocando a espada quente nas costas.
O deus da guerra estava horrível, sua armadura estava chamuscada e destruída como todo o restante, sangue dourado saia de seus muitos cortes pelo corpo, mas ainda assim, comparado a outros, ele estava em melhor estado.
— Ele ainda não chegou aqui, porque a magia antiga dos tronos protegem esse salão – Atena disse. Ela olha para Zeus sentado em seu trono. – mas isso não vai segurar ele para sempre.
— O que vamos fazer? – perguntou Poseidon. Ele estava em pé, próximo ao trono de Zeus, pois diferente dele, Poseidon não achava que ficar sentado seria útil.
Mas o deus rei não respondeu, ele encarava algum ponto vazio a sua frente. Ele estava cansado, as marcas da guerra era visível em seu corpo, apesar de não se mover, seus raios caiam lá fora com toda força, o olimpo tremia a cada instante. O salão não possuia teto e era possível ver as nuvens carregadas de trovões no alto. De repente, um feixe de luz do sol desceu do céu e brilhou intensamente por um segundo, e assim que se dissipou, revelou Apolo em pé.
— Onde está Ártemis? – perguntou, caminhando na direção dos deuses e vasculhando o local com o olhar.
— Fugiu como uma covarde traidora – rosnou Ares sentado em uma das colunas caidas. Ele afiava a sua espada com as próprias unhas.
Apolo virou a cabeça para Ares no tempo em que a raiva pelo insulto à sua irmã lhe dominava.
— Ela não é... – disse avançando, mas Atena ergueu a sua lança na frente dele, impedindo-o.
— Não vamos nos matar – disse ela lançando um olhar de reprovação para Ares. – Ártemis disse que tinha algo mais importante para fazer.
— Sim, se esconder – resmungou ares sem se importar com os outros.
Apolo lança um olhar fuzilante para ele, mas respira fundo para se forçar a ignora-lo.
— Mais importante do que aqui? – Poseidon perguntou.
— Pelo visto... – Atena respondeu baixo.
— Chega de conversa fiada – Ares diz se levantando e brandindo a espada. – se não tem um plano, vamos lutar até a morte.
Antes que alguém pudesse dizer algo, Hermes chegou correndo no salão, levantando uma trilha de poeira atrás de si. O cansaço em seu rosto era deprimente, as asas de suas sandálias aparentavam estar tão cansadas quanto. Ele carregava na roupa fuligem e sangue, ele se dobrou um pouco quando parou.
— E os outros? – perguntou Atena.
— Consegui ajudar os que não puderam lutar – respondeu Hermes arfando. – Hera está liderando a evacuação.
Todos se viram para Zeus, esperando alguma reação dele. Em algum lugar perto dali um raio cai no chão, o local todo treme. O calor que emana do corpo do Tifão já dar pra ser sentido, suas ventanias atravessam aos poucos a barreira mágica. A tensão entre os deuses não era o medo, e sim a sensação de inferioridade que a guerra perdida lhes dava. Aquilo não deveria ser muito para eles, mas ainda assim foram derrotados. Os deuses caíram.
Atena guardou a lança nas costas e se virou para os outros deuses.
— Não temos o que fazer – ela gritou. – isso é uma batalha perdida. Mas é uma guerra para outra hora.
De repente, Zeus se levantou de seu trono e deu alguns passos para frente, ficando na beira da escada do trono. Um clarão ultrapassou o céu, o berro de Tifão quebrou as barreiras do ar, um dos raios o atingiu violentamente. Os olhos de Zeus vasculharam todo o local, poderosos e cansados, temidos e atentos, faíscas explodiam ao redor. Eles param encarando um canto extremo do salão, e com a voz fria e baixa, ele diz:
— Ela está aqui.
Todos os outros seguiram o olhar de Zeus para o canto em que ele estava encarando. Uma coluna caída sobre e uma parede pela metade, causava uma sombra densa. Dela, dois pontos brancos brotaram, como duas luas cheias na noite. A mulher não saiu das sombras, a sombras que se moveram e moldaram na forma dela. A deusa Nix apareceu e saiu caminhando enquanto a escuridão atrás de si a seguiam e a concluíam. Um suspiro de susto saiu de alguém, e a tensão no rosto de todos pareceram visíveis.
Cada passo seu parecia carregar uma fina linha de perigo, sua capa deslizava atrás de si em uma cachoeira negra e calma, cada parte dela se movia em traços calculados. O capuz cobria seu rosto, mas ainda revelava traços de uma beleza poderosa. Ela usava um vestido tomara que caia com uma seda fina cobrindo o peito, ombros e os braços, e que caia sobre um vestido preto justo que tinha uma fenda na perna direita.
A deusa não se encaixava no cenário de destruição, apenas, talvez como a portadora daquele caos. Ela parou no meio do salão, enquanto todos os deuses a encaravam. As expressões de surpresa foram substituídas pelo ódio estampados na cara. Zeus ainda manteve o rosto impassível, e os dois trocaram olhares capazes de destruir uma alma mortal.
— Veio ver o que causou? – gritou Poseidon segurando o tridente com mais força.
— Vim terminar – respondeu brevemente a deusa da noite.
— VOCÊ – berrou Ares. – você é a culpada!
— Errado, vocês são – Nix disse sem se dar o trabalho de olhar para ele. – consequências são fardos que caem de surpresa.
Nix ergueu a mão na altura do ombro e todo barulho causado pela fúria de Tifão do lado de fora parou repentinamente. Todos perceberam que Tifão parou por mando da deusa, e então as engrenagens na mente de Atena começaram a funcionar.
— Você não precisaria de Tifão para nos atacar – ela disse. – não quando uma primordial poderosa possui o respeito do mais temido deus.
Um breve sorriso abriu nos lábios de Nix, pequeno, mas significativo.
— Force mais um pouco – disse.
— A menos que não quisesse sujar as próprias mãos – Atena continou, enquanto sua mente terminar de concluir os acontecimentos anteriores e formando um raciocínio lógico. – ou abusar dos seus poderes para tal ato, como uma reserva – e então ela percebeu. Seus olhos se arregalaram e sua boca se entre abriu com um suspiro.
Ela olhou para onde Nix estava olhando, não era para Zeus, e sim o trono do deus atrás dele.
— A maldição, o trono – balbuciou. – ela vai lançar de lá.
Nix não esboçou nenhuma reação diante da revelação, mas os deuses sim. Essas palavras pareceram atingi-los como um soco. Ares brandiu sua espada.
— NÃO VAI NÃO! – Ele gritou furioso.
Movido pela raiva e em um ato impensado, ele avançou em Nix com a espada em punho, erguida com a ameaça clara. Em um pulo e com um golpe certeiro, ele desferiu contra ela, mas milímetros antes de atingi-la, a espada se desintegrou no ar, e tudo o que passou por ela foram espirais esvoaçantes de pó.
Ares arregalou os olhos surpreso, ao tempo em que a deusa, com a mão espalmada ergueu com velocidade rumo ao peitoral do deus da guerra, assim que o tocou, por um nano segundo o mundo pareceu parar, o ar e a poeira formaram um círculo ao redor deles, e então com a força vinda do impacto, ares sentiu como se uma bomba tivesse explodido em seu peito. Ele foi jogado longe pelo ar como um boneco de pano, e acaba atingindo uma coluna de mármore, destruindo uma parte dela. O deus caiu no chão e tentou se levantar, mas a Nix ergueu a mão e fechou o punho, no instante em que a própria sombra de ares começou a se mover e a se curvar, entrelaçando-se entre si e prendendo o deus no chão. Apesar das tentativas, as sombras se moviam como cobras e o prendiam como correntes.
Poseidon também agiu. Ele girou o tridente para baixo e cravou os dentes dele no chão, o salão inteiro tremeu. As colunas balançaram e o chão rachou em vários pontos, alguns deuses se desequilibraram por um momento, até mesmo Nix, que sutilmente colocou uma perna na frente do outro para se equilibrar. Do local onde Poseidon cravou a arma, uma rachadura irregular se formou no chão em um círculo, se desprendendo do restante do chão do salão.
Poseidon ergueu o tridente colocando força pra frente a para cima. Um pedaço enorme do chão saiu junto, uma rocha do concreto, deixando um buraco fundo no chão. Poseidon rapidamente gira o tridente e com a outra ponta desfere um golpe no bloco, e o impacto o fez voar em direção a Nix. Prestes a atingi-la, Nix ergueu a mão e fez com que o bloco se partisse em dois e voasse em duas direções diferentes, passando por ela e aterrissando em algum outro lugar atrás de si, levantando poeira e explodindo entre os escombros.
O deus do mar mirou o tridente para o buraco e o ergueu lentamente na direção de Nix, ao tempo em que do buraco, uma onda de água surgia. Como uma cachoeira que caia de baixo para cima, a água se erguia e rondava Poseidon, para então seguir seu tridente em frente e avançando com toda fúria e velocidade para atingir a dama da noite. A água de Poseidon avançava como uma onda pelo ar, e Nix nada fazia.
Ao chegar perto dela, a reação não foi o esperado. A água não a atingia, simplesmente contornava seu corpo, pouco a pouco a rondava, como se tivesse medo de tocar a deusa. A onda corria em um círculo feroz e poderoso, formando algo como um casulo em volta da deusa. Por um momento nem mesmo era possível ver a ela e Poseidon instigado e surpreso, tentava controlar a água novamente, mas algo estava mudando.
Aos poucos, a água azul foi tomando outra cor, cada parte dela ia se tornando negra, ia se misturando como uma tinta. Em segundos tudo ao redor de Nix era um casulo preto e denso, uma mistura que dava a sensação de quem fossem sombras líquidas. De repente, a agua escura foi diminuindo e se agrupando no lado direito de Nix, assim que diminuiu, era possível ver que se agrupava na mão da deusa.
Mas não estava formando uma bola, as sombras se misturavam e se moldavam, tomavam forma e se agrupavam em alongamentos, até que de repente foi visto o que estava se tornando. Na mão de Nix estava um tridente, como o de Poseidon, mas feito de sombras, preto como a noite, se moldando a cada segundo, como um véu do universo.
Nix olhou para a arma em sua mão e depois para Poseidon.
— Sua arma – disse. – meu poder.
Rapidamente, ela ergueu a mão, mirou em Poseidon e jogou o seu tridente negro, que perfurava o ar, prestes a fazer o mesmo com o deus dos mares. Poseidon girou com o seu tridente em mãos, e quando o de Nix estava próximo, ele o golpeou em cheio, o tridente da deusa se desmanchou em vários segmentos negros, ondas de sombras que voavam para todos os lados.
Concentrado em sua próxima tentativa, Poseidon não havia percebido o que acontecia atrás dele. As sombras líquidas de Nix se agrupavam, e antes do próximo movimento dele, elas o pegaram. Se prendendo em seu pescoço, enrolando em seus braços e troncos, contornando suas pernas. As sombras se esticaram e se agarraram a um pilar ao lado dele, levando Poseidon consigo e o amarrando a coluna, o prendendo e apertando a cada instante, ele nem mesmo conseguia se debater. A única coisa que havia ficado onde ele estava, foi seu tridente jogado no chão como qualquer arma.
Os deuses presentes não reagiam, estavam surpreso com a humilhação que a deusa da noite havia feito. Apolo estava prestes a se mover, pronto para um ataque mas foi impedido por Atena, que segurou seu pulso.
— Essa não é nossa luta – disse. – não agora, não aqui.
Nix então começou a caminhar, lentamente pelo salão, em direção a Zeus. Que mesmo durante a batalha, não havia feito nada, apenas observava o ato inútil de Ares e Poseidon. A deusa caminhava com tranquilidade e a cabeça erguida, enquanto seu manto deslizava atrás de si como se a cortina da noite caísse sobre suas costas. Ninguém mais ousou interferir, nenhum deus tinha a audácia, porque o que ela provou, não que era poderosa, mas que atos impensados causam a derrota. Ela fez tudo com tanta rapidez que pareceu que planejava cada movimento sutil.
A dama da noite chegou na escadaria que levava ao trono, e Zeus observava a deusa subir degrau por degrau para se igualar a ele. Todos observavam com atenção, esperavam alguma reação de Zeus, mas ele nada fez, dentro si, o deus lutava entre o medo e o orgulho, a raiva e o arrependimento. Nix chegou no topo e nem mesmo por um segundo encarou os olhos do deus rei, e passou ao lado dele com olhar em frente.
— Quanto tempo até você perceber a tolice que está fazendo? – Zeus perguntou com a voz fria. Nix parou, de frente para o trono e de costas para Zeus. – não vejo sentido em punir todos em conjunto!
— A falta de fé vinda de um deus é algo interessante – respondeu Nix. – ninguém ora para os deuses quando eles também estão no inferno. E todos estarão.
O deus se virou para ela e ela fez o mesmo, os dois finalmente ficaram cara a cara, e o poder que ambos emanavam era capaz de destruir como uma bomba nuclear. Zeus lutava para manter a postura diante da grandiosidade que Nix transmitia, e ela tentava não se perder dentro dos olhos iluminados e poderosos dele.
— Não questiono seus atos, mas seus motivos – Zeus disse. – Você está nisso há mais tempo do que nós, e é tão culpada quanto qualquer um aqui pelo que você luta para acabar.
— Nunca intervi em nada que não fosse pelos meus domínios – Nix sibilou.
— Neutralidade não é impunidade – Zeus retrucou. – Deuses e humanos vão sofrer pela sua ira.
A deusa não respondeu, esperou que ele concluísse. Ela analisava a oscilação dos olhos dele, como se Zeus pedisse clemência por meio deles.
— Pessoas inocentes vão morrer, pessoas que não tem culpa do mundo ser o pecado que é, e pelo o que?
— Não busco destruição, e sim punição. Você deveria saber, Zeus – Nix enfatiza o nome do deus como um xingamento. – seus inimigos estão no tártaro, não?
— Não somos seus inimigos – Ele respondeu.
— E é por isso que ainda estão vivos.
As vozes de ambos soavam frias, pesadas e tão afiadas que se podia ver o vento sendo cortada. A cada segundo, a tensão aumentava, e o medo do que ambos podiam causar um ao outro, era pior do que o que estava para vir.
— A dor que você sentiu merece ser sentida por outros? – Zeus perguntou.
Nix por um momento cedeu, por um segundo seus ombros pesaram e sua posição foi levemente abaixada. Aquela pergunta a atingiu com força, a sentiu a respiração mais rasa e seus olhos perderam parte do poder que exalava. Ela desviou dos olhos de Zeus tempo suficiente para ele perceber que ela ainda tinha duvidas do que fazia. Apesar de que sua determinação não iria se abalar.
— Então você é tão errada quanto os que você julga – Zeus disse. – sua insensatez é sua cegueira.
Ele achou por um momento que ela poderia recuar, mas Nix logo recuperou a compostura, ela não iria se abalar com uma pergunta. Seus motivos estavam gravados em seu ser, e seus objetivos estavam em suas mãos.
— Pelo menos serei a primeira a fazer algo a respeito.
E então se sentou no trono. O chão tremeu e o céu parecer sentir o impacto do acontecimento. Nix estava no centro do mundo, no trono de Zeus, o local de onde sua maldição viajaria entre todo o planeta e traria o destino. No céu, entre as nuvens negras, foi possível ver a noite surgindo, ela se espalhava como uma doença, e tudo escurecia ao tempo em que Nix sentia seus domínios assumirem.
E então algo mais inesperado aconteceu.
O deus que estava na frente de Nix, o senhor de todos, o deus dos deuses e rei do olimpo se ajoelhou.
Ele caiu de joelhos no chão, mas não a mando de ninguém, ele fez isso por contra própria. Os raios dele que cobria os céus, cessaram e se acalmaram. Todos se assustaram com o ato, Atena por um instante achou estar vendo errado, até mesmo Ares e Poseidon pararam de se debater ao ver a cena. Aquilo pegou até mesmo Nix de surpresa, ela franziu as sobrancelhas e abriu um pouco a boca.
— Não faça isso – Zeus sussurrou. – sua maldição não tem que ser um destino.
E então, enquanto a maldição de Nix saia de dentro de seu manto, enquanto a névoa negra e densa deslizava sobre o ar como cobras prontas para o bote, enquanto os ventos carregavam a neblina cheia do maior medo dos deuses, o destino se selava e a escuridão que saia das dobras da noite que Nix carregava em seu corpo preenchia os céus, a dama da noite olhou para cada um dos deuses presentes.
A cada segundo os deuses sentiam sua divindade sumindo e aceitavam seu destino.
Nix olhou para Zeus um último momento, antes que ele se esquecesse de tudo aquilo, para ter a certeza de que o rosto dela seria a última coisa que ele veria. E disse com a voz tão fria que seria capaz de congelar o submundo.
— Deuses não se ajoelham.
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Nix - A dama da noite Vol.I
FantasyTodos temos segredos e muitas vezes, nem nós mesmo os conhecemos. Sara sempre foi muito apegada ao pai, longe de uma figura materna. Quando criança, seu pai sempre a entretia contando histórias sobre a mitologia grega. Mas Sara se ver mais dista...