Capítulo 22 - Treino

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ANNE

Só tem uma semana que Mer está na excursão e Henri já está pirando porque eles não se acertaram antes da partida dela. Eu tô pouco me ferrando, quando Merdith me disse que ele não me considerava aquilo tudo o que eu imaginava - o que eu considerava ele - passei a ficar de mal com ele também.

Mas, eu conheço Henri desde sempre, ele não é de todo ruim assim. Talvez eu possa conversar com ele. Shatt acha isso uma boa ideia, ele deve ter falado da boca para fora.

- Unpr mais tarde, amor? - Shatt bagunça meu cabelo.

- Não, hoje disse que ia jantar na casa da tia Carla, mãe da Merdith. Ela está tentando me convencer a conversar com o Henri. Sabe como é, ela é nossa outra mãe.

Shatt concorda, me dá um beijo e vai embora com os outros meninos do time de futebol. Hoje tem treino. Vou a esse jantar porque sinto uma leve pena de Henri, ele está se saindo super mal em tudo. Não sou ele, vou prestar minha ajuda, como sempre fiz.

Pelas ruas os comentários sobre os fundadores baixaram de nível. Só algumas vezes ouço-os de novo. Chegando na casa de Mer, vejo nossas fotos juntos na parede de entrada.

- Estou entrando! - digo alto para a tia me escutar.

- Querida, aqui na cozinha - chego lá e vejo todas as receitas possíveis no balcão - Estava te esperando para fazer a janta. Henri chegará daqui a pouco.

- Grande alegria - digo fingida e tia Carla me repreende com o olhar - Tá bom! Tá bom! Eu falo com ele, é por isso que estou aqui no caso. Mas então, o que vamos fazer?

- Macarronada! Que pergunta besta.

Claro. Amamos macarronada, Mer principalmente. Passamos um tempo fazendo comida, conversando, rindo, relembrando da nossa infância, quando o Sr. Rhouzana ainda morava aqui.

******

Em casa me sinto quebrada e de barriga cheia. Eu e Henri nos resolvemos, não houve nada que não já estivéssemos acostumados. Exceto pelo fato que Henri derrubou algumas lágrimas, isso foi inédito. O perdoei, não vou me fazer de orgulhosa. Sou melhor que isso, que fazer as pessoas se rastejarem. E, Mer pensaria o mesmo.

MERDITH

- Assim mesmo. Agora venha - Nathan engatinha pelos lençóis. É tão engraçado, parece que está sendo controlado por uma magia.

- Você gosta, não é? Vendo assim os outros rastejando por você! - suas mãos apertam minha coxa e me beija com delicadeza.

- Só você talvez - sorrio como ele sorria pra mim quando nos encontrávamos sem querer. Ferozes - podemos repetir o que fizemos ontem.

Nathan mostra surpresa pelo que disse. Ontem quando acordamos ele disse que me mostraria o verdadeiro significado de sua frase preferida comigo. O dia passou rápido, eu nem cheguei a ver Amélia. E cá estamos de novo, acordando um do lado ao outro. Rápido demais, talvez. Mas estou feliz.

- Nós! Vamos treinar sua magia hoje - ele toca meu nariz e se levanta - Vamos tomar café, vai precisar. Vai por mim.

Não me lembro de acompanhar Nath e Amélia nas suas magias quando crianças, mas imagino que seja difícil controlar. E pra mim, sera difícil trazer ela a tona. Observo Nathan se vestir, ele sorri a cada olhada para mim. Antes de sair me dá mais um beijo e então estou sozinha no quarto. Depois de um banho visto as roupas que Amélia me deu, são na verdade incríveis. Eu nem imagino o quão ela deve ter adorado escolher todas elas.

RYSTTON HERGREELY: O Livro LunarOnde histórias criam vida. Descubra agora