Capítulo 24 - Praia

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MERDITH

Já se passaram 15 longos dias desde o primeiro treino. 15 dias que pareceram meses de tanto que Nathan me espremeu para manifestar com mais potência meus poderes e Ame já me ensinou a molda-los, isso ajuda a controlar a magia com mais precisão. Já derreti bastante coisas errando a temperatura do fogo, mas agora acendo velas tranquilamente. Em um único  movimento a lareira se incendeia e outra coisas pequenas - como Nathan aconselhou. Amélia me ensina todos os dias como usar os movimentos de mãos para guiar a magia da melhor forma.

Sempre durmo exausta, mas essa é a melher parte. A parte em que Nathan me abraça e relaxamos. Ele faz um carinho na minha costa, beijo desde meu ombro até a palma da minha mão. Quando seus dedos apertam delicadamente meus seios e suas mordidas pelo meu pescoço me deixam pegando fogo.

- Mer, controle melhor isso! - Ame me tira dos pensamentos.

No jardim mais uma vez Amélia me ensina a controlar a temperatura do meu poder. Como uma incendiária, é normal que eu já tenha colocado fogo em algumas cortinas e explodido algumas luzes desde meu 1° treino.

- Nathan nem está aqui para distrair.

- Falando nisso, Ame. Ele não disse aonde ia, por quê?

Hoje ainda acordei com ele na cama, mas depois do café, o gêmeo arrumou uma maleta pequena, me deu um beijo, um abraço e o fogo verde o consumiu. Partiu para algum lugar. Sem me dizer alguma coisa.

- Eu não faço ideia na verdade. Deve ter ido em alguma aventura em busca de não sei o quê - Ame abaixa os olhos com raiva - Me preocupo porque aquele imbecil tá sem a maior parte dos poderes. Ele se garante ainda, mas sabe...

- Sim, sei - nem a observo mais. Meus dedos tremem enquanto tento arrancar umas das árvores do jardim. Só as folhas se movem.

- Use o sol, Mer, não apenas a sua força acumulada. Como usar um celular carregando, só que você não vai estragar. Faça os dois ao mesmo tempo e puxe devagar.

Encaro a árvore, o sol de meio dia queima na minha cabeça. Como um condutor, capto o calor que que recai sobre meu corpo e ele corre direto para a árvore. Fecho os olhos e uma das mãos estendidas na minha frente. Não posso deixar de gritar quando, com toda a força que consigo, puxo a mão fechada. Sinto meu tendão do braço rasgar. Mesmo com a dor consigo manter a árvore em pé com a outra mão. As raízes grandes e grossas estão a 2 metros do chão.

- Incendint - falo o feitiço para queimar num sussurro de dor, a árvore inteira entra em chamas. Em menos de 10 minutos só restam o tronco preto. Caio no chão gritando com a dor me cegando.

- Droga, Mer - Amélia avança em mim já moldando uma bola de magia para amenizar minha dor - Qual a merda da 2° regra, Mer!

- Sempre escute a Am...

Interrompo o frase com um grito de dor quando a bola gosmenta encosta onde o pico de dor está mais alto. Dói mais ainda quando um por um, os tendões se conectam como um replay do rasgo.

- Isso. Sempre me escute. Nathan me mata se souber que estou deixando você se acabar.

- Você já me esfaqueou na frente dele, Nath supera essa! - o suor escorre na minha testa.

RYSTTON HERGREELY: O Livro LunarOnde histórias criam vida. Descubra agora