Capítulo 18 - Noite Juntos

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Nathan continua tirando o sangue de si enquanto apenas observo. Ele de vez em quando olha para mim e quase me envergonho de estarmos aqui. Mas quero ficar até ele estar bem mesmo.

- Sua blusa manchou - ele repara olhando para ela fixadamente.

- Sim, mas não tem problema, certo? Amélia tem tantas - paro de falar quando olho para a blusa também.

Está transparente. Minha pele bronzeada fica destacada, consigo ver perfeitamente meus seios. Droga. Os cubro com rapidez arrancando um sorriso de lado de Nathan. Ele estava olhando e nem me avisou, que sem vergonha.

- Você é...horrível! - digo dura, mas logo depois solto uma risada.

- Você não parecia incomodada. Então achei que estava tranquila com isso - ele se aproxima. Estou apenas de blusa e calcinha, que quase esqueço de colocar por um triz - Já te vi de biquíni, é um pouco igual se for te deixar menos tensa. Sabe que pode sair se quiser, mas está aqui ainda.

Ele está certo. Não em relação ao biquíni, que idiota, é claro que não é a mesma coisa. Mas eu quero estar aqui. Me aproximo mais, o que o deixa surpreso também. Sorrio. Sua mão toca meu joelho fazendo círculos pequenos.

- Quero te mostrar uma coisa. Acho que merece ver.

Concordo com a cabeça e espero. Ele fecha os olhos e como a luz amarela de antes, outras luzes aparecem, mas são verdes. Sua magia própria. Ela de mistura na água vermelha, deixa traços leves de laranja. É lindo como elas se movem feito peixes e vento pela água. O verde fica mais intenso a ponto de iluminar o banheiro. Sorrio animado olhando para Nathan, ele já me encara sorrindo também.

- Isso é...

- São da cor dos seus olhos. Eles me deram força para criar isso, graças a você me tornei alguém mais forte - seus olhos brilham ao falar disso, tenho certeza que os meus também ao ouvir tais palavras.

Me movo na água enquanto os brilhos verdes continuam a nadar por toda a banheira. Nathan ri da minha animação e observa, até esqueço que a água está cheia de sangue. Não tenho medo de Nathan, não consigo.

Ele pega minhas duas mãos e segura firme, começa a fazer redemoinhos e então giramos. Gargalho fascinada por tudo. Nathan me abraça por trás, me deixando aninhada nele.

- Tome banho, está cheirando a sangue e já está tarde - ele sussurra para mim. Algo se revira em mim com o pensamento que tomaremos banho juntos - vou ficar aqui, mas de costas. Quando você sair eu faço o mesmo.

Suas mãos descem pelo a meus braços me deixando sem vontade de sair daqui. Só que preciso.

- Tudo bem. Sem espiar, sem magia para observar!

- Não faço nada sem sua permissão. Fora as mordidas - ele ri de si mesmo.

Me solto dele. Nathan se vira e saio da banheira direto para o chuveiro. O tempo todo observo suas costas brancas, de garantia que não tentará nada. Mesmo sem meu consentimento.

- Como conseguiu me chamar? - pergunto curiosa.

- Um feitiço que se chama flerch sotru, é como uma flecha. Uma flecha mental. Madei-a em direção a você. Sentiu uma queimação? Era a flecha te atingindo, como foi a primeira vez é normal doer. Com o tempo depois de várias vezes o costume assume - ele dá de ombros - As instruções ou recado são implantados na sua cabeça. Eu pedi para descer e me ajudar, você sabia o que fazer.

- Pelo jeito sim. - penteio o cabelo lavado por shampoo e condicionador. Alguns minutos depois já estou limpa de qualquer fedor ou sujeira de sangue. Me enrolo na toalha e fico de frente para a banheira, ele me olha dos pés a cabeça - Já terminei, é sua vez.

RYSTTON HERGREELY: O Livro LunarOnde histórias criam vida. Descubra agora