Capítulo 21

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Capítulo curto infelizmente.
Além de estar super ocupada, tive um bloqueio enorme.
Desde já peço desculpas.

Me sigam nas redes sociais para ficar dentro dos avisos e mais.

Bjs e boa leitura.


•••Denver•••

Demoro algumas horas para cair no sono, passando o tempo acordado com os olhos em Summer aninhada ao meu peito. Seus cabelos cobrem o rosto na maior parte do tempo e os afasto de vez em quando acariciando sua face. Serenidade, essa é a palavra para descrever o momento. Ela calma sobre mim e eu calmo apreciando-a. Dorme tranquila e quase não se mexe em exatas duas horas.

Abandono seu rosto e olho ao redor. Faz anos que eu não fico assim, suportando a dormência do meu braço com o peito cheio de contentamento. Para ser sincero faz quase cinco anos. Meu último relacionamento, uma tentativa fracassada para não terminar sozinho me deixou exatamente nessa situação, só. Fui tão infeliz que cheguei a conclusão que era melhor me retirar do mercado de relacionamentos e me entender. Foi em parte bom, pelo menos até conhecer Summer e ter minha mente habitada por ela.

Summer me dá sentimentos conflitantes, quero-a perto, mas tenho medo que esse querer possa desequilibrar nossa relação caso tenhamos desentendimentos futuros. Não queria estar longe dos bebés e nem quero que ela me odeie de algum modo por isso sou presente na mesma intensidade que sou distante. Seu bem estar é minha prioridade por enquanto. Ela se remexe e abro um sorriso. Tiro os cabelos do rosto dela mais um vez e solto um suspiro antes de mirar o teto. Meu sono vem logo depois disso, mas acordo tão rápido quanto dormi. Ouço gemidos, abro os olhos e vejo Summer ao meu lado embrulhada numa posição fetal com os braços cruzados em volta do abdômen, abraçando com uma força que logo me põe em pânico. Seus grunhidos se tornam mais altos. Pulo da cama num instante só e me ajoelho próximo dela tocando seu corpo.

— Summer? — Chamo.

— Hmmm — resmunga e se remexe. Seu rosto se contorce e meu peito falha uma batida.

— Summer, fala comigo — peço, mas sua voz não saí. São só gemidos. Sua expressão facial muda cada vez mais e eu afundo em agonia. — Céus!

Me afasto e busco meu celular nas minhas vestes, são quase cinco da manhã quando ligo a tela e ponho o número da minha prima em linha. Aiko atende na segunda tentativa enquanto estou sentado na cama e com Summer gemendo de dor em meus braços. Explico a situação para ela e bom, ela também consegue ouvir a voz de Summer ao meu lado.

— Denver, coloca ela num banho morno e dá-lhe um chá — sugere. — Ela está comunicativa?

— Não.

— Faz isso e quando ela estiver mais relaxada me liga de volta, já estou mandando o helicóptero.

Deixo-a por instantes e procuro por algum funcionário. A mulher que se apresentou como Gina vem até mim e me oferece sua ajuda. Ela vai preparando o banho enquanto fico com Summer e tento acalma-la. Vou alisando suas costas e sussurrando coisas aleatórias tentando fazer com que me diga alguma coisa. Não diz, sua voz não sai e abraça o abdômen e o gemido dolorido intensifica.

— Summer, onde dói? — Indago, a voz rouca. Afastou seus cabelos e beijo sua testa. Ela não responde.

— Já está pronto senhor — Gina informa.

— Obrigado — me ergo e levo Summer em meus braços até ao banheiro. — Vou colocar-te na banheira.

Ela não responde ou acena. Ponho-a não água e faço com que fique relaxada, suas expressões são de dor. Estico suas pernas na banheira, mas os braços continuam sob o abdômen e os braços e o tronco permanecem curvados. Arrasto-me até mais próximo e puxo suas costas com delicadeza para que encoste na banheira. Mas seus braços continuam lá, abraçando aquele pedaço de pele com tanto zelo.

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