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••• Summer •••
O caminho todo foi um tortura sem fim e quando cheguei pior ainda. Quando o porteiro me informou que o código estava com meus seguranças eu me segurei para não surtar. Duas da manhã e eu fora do meu prédio, no carro dos pais de Denver e pasmem, sem nenhum cartão porque eu simplesmente esqueci no iate. Não tinha como pagar um hotel. Eu estava comendo o pão amassado pelo diabo. E cogitei fazer o caminho de volta, mas não avançei assim que vi quem desceu do carro.
Denver acendeu um cigarro e aquilo me cortou por dentro. Ele estava fumando por causa da nossa discussão? Eu desci e fui tirar satisfação. Fumou mais um pouco e depois apagou. Ótimo. Contei a ele a minha situação e ele me convidou para subir como eu já esperava que fizesse. Eu queria o meu Denver de volta e ao longo do trajecto eu vi vestígios dele tentando avançar.
— Eu sou sempre um cavalheiro, mas hoje Solzinho, hoje eu estou no meu limite — ele diz.
— Porquê? — Meu coração inquieto pulsa. Eu quero diminuir essa distância, me desculpar, beijá-lo e dormir ao seu lado. Céus, somos adultos e civilizados. E deveríamos agir como tal.
— Porque a mulher que eu *amo* acha que eu a diminuo quando tudo que faço é buscar a sua satisfação.
Sai do elevador e atravessa o hall antes que eu possa responder. Encosto a parede gélida e é como se eu não tivesse mais chão. Saio quase que automática a sua procura. Ele está sem camisa, deitado de barriga para cima e quando a porta faz um barulho ele me olha.
— Achei que queria ficar sozinha.
— Achou errado, estou mal acostumada. Não consigo mais dormir sozinha — digo, apreensiva dando passos até ele.
— Então deite-se aqui —bateu três vezes o espaço vazio ao seu lado e eu fui.
Deito-me ao seu lado, mas sem intenção nenhuma de iniciar uma conversa. Estou cansada e apenas fecho os olhos me aninhando ao seu peito. Denver coloca seus braços a minha volta e suas batidas estão mais altas que alguma vez senti. Céus, esse homem me ama. Sorrio e nos torno mais próximos.
Desperto pelo raiar do sol e encontro o espaço vazio ao meu lado. Abro os olhos a tempo de vê-lo saindo do banheiro, as gotas percorrendo seu abdômen tricando até ao triângulo que me leva a felicidade. Pisco freneticamente e sorvo o meu lábio inferior.— Saio em duas horas, mas antes acho melhor conversarmos... sobre ontem.
— Sim — fico sentada num pulo. Denver vem até ao meu encontro e fica de frente para mim, toma minhas mãos para ele e acaricia meus dorsos. Seus olhos escuros brilham e meu coração se sobressalta. — Desculpa.
— Desculpa.
Falamos em uníssono. Ambos damos um sorriso largo.
— Você primeiro — me incentiva.
— Desculpa por toda agitação de ontem, eu senti que não estava sendo levada a sério e estava sendo incompreendida. Sei que tudo que tem feito é ser compreensivo e eu aprecio sua dedicação ao meu negócio. — Ele me ouve. — Desculpa também por gritar consigo e comportar de forma tão revoltante com a sua família sendo que a única coisa que fizeram foi cuidar de mim.
— Não fizemos mais do que nossa obrigação, — sua mão vai até meu abdômen — Aceite também as minhas desculpas, eu não queria diminuir a dimensão dos seus problemas e muito menos jogar nossos problemas tão fortemente assim. Me perdoa. E bom, não acho que tenha objecções com o seu retorno gradual ao trabalho.
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SEA CLEAN [+18]
RomansPostagens: SEGUNDAS, QUARTAS, SEXTAS e DOMINGOS Por detrás da mulher bem sucedida que é, Summer apresenta questionamentos que só a idade lhe trouxe. Após vinte anos numa corrida para alcançar patamares financeiros altos, algo em seu interior acord...