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Aquele era o momento pelo qual eu esperava. Nathaniel ia sorrir, me acolher em seus braços fortes e dizer que estava feliz em me ver – era o que eu pensava. Mas ele apenas se virou e se afastou com o cachorro.

Tudo bem, não foi exatamente como eu imaginei. Mas sei que ele me viu, porque olhou direto nos meus olhos, então por que é que não me cumprimentou? Antes que ele se afastasse demais, percebi que teria de tomar a iniciativa.

— Seu cachorro continua uma graça - eu disse, tentando iniciar uma conversa. Olhando por cima do ombro, Nath agradeceu e continuou a se afastar. — Nathaniel?

Por que ele estava fazendo isso?

— Nós nos conhecemos? - ele parou, parecendo confuso.

— Bem, acho que dá pra dizer que sim.

— Ah, me desculpe! - percebendo repentinamente quem eu era, ele acertou um tapa na própria testa. — Shiori, claro... nossa, me desculpe mesmo!

Me senti aliviada, afinal, se ele não se lembrasse de mim, seria, no mínimo, absurdamente constrangedor.

— Sem problemas...

— O cachorro é seu? - ele se curvou para acariciar Duke entre as orelhas. E eu afirmei com a cabeça. — É tão pequenininho... qual a idade dele?

— Ele só tem nove meses.

— Nossa, bem... uau! - ele me olhou de cima para baixo por um segundo. — Você 'tá linda!

— Obrigada, você também 'tá ótimo! - senti meu rosto esquentar com o elogio.

Durante as duas horas seguintes, Nathaniel e eu conversamos em um dos bancos de madeira do parque, enquanto Duke corria atrás da própria coleira até se cansar e deitar-se entre meus pés.

Quando me perguntou por que eu estava na cidade, contei a ele a mesma história falsa que formulei para dizer a minha mãe – estava procurando imóveis para uma possível filial da Paltrow Design, ofereci meus serviços a diretoria da empresa em troca de um plano de saúde que ainda cobrisse meu período desempregada.

Olhando bem para Nathaniel, achei que poderia ser feliz com ele. Que ele poderia ser o homem da minha vida.

Por volta das dez horas, ele disse que tinha um dia longo pela frente e preparou-se para ir embora. E quando levantou para despedir-se, se aproximou de mim.

— Escute, se você não estiver ocupada hoje à noite, eu adoraria levá-la pra jantar - as sobrancelhas grossas se ergueram sugestivamente.

Me levar para jantar? Sério?

— Seria ótimo! - eu sorri.

Nathaniel inseriu o meu número e o do telefone do hotel no seu próprio celular, e disse que mais tarde ia ligar para que combinássemos os detalhes.

Nathaniel inseriu o meu número e o do telefone do hotel no seu próprio celular, e disse que mais tarde ia ligar para que combinássemos os detalhes

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