— Venha, minha querida... - disse mamãe, estendendo os braços. — Venha com a sua mãe! - quando me apertou, segurou meus ombros de maneira tão intensa entre o corpo gorducho, esfregando seu cabelo tingido com perfeição em meu rosto, que mal consegui respirar. Deu certo tempo até que eu pudesse me desvencilhar.
Calum observava a cena, com as mãos no bolso do jeans, sorrindo enquanto me olhava diretamente nos olhos. Mordi o lábio, sentindo manchas vermelhas queimando em minhas maçãs do rosto.
Ele precisava aparecer justo naquele momento?
Depois de cumprimentar todos os presentes – a sala estava mais cheia, com a chegada de alguns convidados de Kedar –, Calum se dirigiu a Duke, que estava sentado no chão, próximos aos meus pés.
— Ei, Duke! - disse ele, agachando-se. — Duke... vem cá, amigão! - Calum deu batidinhas no piso e meu cachorro correu até ele.
Apesar de ser apenas um filhote, duvido muito que Duke não tenha reconhecido-o. Ele parecia muito contente, abanando o rabo enquanto Calum afagava seu pêlo.
— Vamos lá, precisamos tomar decisões! - o assessor disse, e se virou para mim. — Vamos esperá-la no segundo andar, na última porta a direita.
Aparentemente estávamos a espera de um buffet para oferecer a degustação do cardápio, e também para escolher a decoração para o dia da cerimônia.
Quando todos se afastaram, Calum e eu ficamos a sós.
— Subornou a minha mãe? - perguntei, ainda um pouco constrangida. — Pensei que ela fosse me comer viva, depois de tudo.
— Suborno? Meu pai é um agente da lei, assim você me ofende! - ele riu. — Mas eu falei com ela, sabe... antes, assim que recebeu os relatórios da clínica.
— E o que foi que você disse? - cruzei os braços, curiosa.
— Que a culpa era toda do Erwin.
— Erwin!? Meu namorado imaginário!?
— Seu ex-namorado imaginário - ele se levantou, com Duke nos braços. — Vocês já terminaram.
— O quê!? Quando? - fiquei confusa.
— Bem, quando eu tive que dizer que foi ele quem te ofereceu aquelas drogas - ele levou uma das mãos a boca, tentando disfarçar a risada.
— Ah, não... não podia ter inventado outra coisa? - cobri o rosto com as mãos, choramingando.
— Talvez... mas as chances de tudo dar errado seriam ainda maiores - respondeu ele. — Acha que foi fácil fazer você sair completamente impune depois dessa!? E sua mãe achou o máximo quando eu comentei sobre a surra que dei no cara, depois de descobrir todas as merdas que ele fez com você - ele deu de ombros. — Ao invés de ficar aí reclamando, você devia me agradecer!
— Você deu uma surra em Erwin Smith? - ergui uma sobrancelha.
— É, eu dei... - ele disse, debochando. — E daria outra se fosse pra te defender.
Não consegui conter o sorriso bobo que surgiu em meus lábios após sua declaração, mas embora meu coração tenha reagido mais do que o necessário com seu discurso teatral; também me senti irritada, pois teria que voltar a lidar com a implicância de minha mãe.
— Você também vai subir?
— Ah, não vai dar - se desculpou ele. — Na real, estou na cidade porque tenho reunião com a gravadora, então só aproveitei pra cumprimentar a sua irmã e... bem, pra finalmente conseguir ver você.
— Hm, então 'tá! - forcei um sorriso, tentando esconder meu desapontamento.
— Posso levar ele comigo? - Calum ajeitou Duke nos braços, acariciando suas orelhas.
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Fiksi Penggemarㅤ 𖥻 ꒰ 𝗈𝗌 𝖽𝖾𝗓𝖾𝗇𝗈𝗏𝖾 𝖿𝗋𝖺𝖼𝖺𝗌𝗌𝗈𝗌 𝖺𝗆𝗈𝗋𝗈𝗌𝗈𝗌 𝖽𝖾 𝗌𝗁𝗂𝗈𝗋𝗂 𝖻𝗋𝗈𝗌𝗇𝖺𝗇, 𝗅𝖾𝗏𝖺𝗆 𝖺̀ 𝗍𝗈𝗆𝖺𝗋 𝗎𝗆𝖺 𝗂𝗇𝗎𝗌𝗂𝗍𝖺𝖽𝖺 𝖽𝖾𝖼𝗂𝗌𝖺̃𝗈: 𝗇𝖺 𝗍𝖾𝗇𝗍𝖺𝗍𝗂𝗏𝖺 𝖽𝖾 𝗇𝖺̃𝗈 𝖺𝗎𝗆𝖾𝗇𝗍𝖺𝗋 𝗌𝖾𝗎 𝗇𝗎́𝗆𝖾𝗋𝗈 𝖽�...