Livro 6 - Lana Lupin e o Menino de Cabelo Azul

Capítulo 41 - Mais um fragmento exposto

Com o lançamento e as vendas da 'Poison or Cure: The effects of Aconite Potion Administration' ganhei um novo tipo de atividade. Várias vezes por semana eu recebia cartas de leitores com elogios e curiosidades sobre a obra.

Algumas dúvidas eu respondia com facilidade, já em outras eu precisava da assistência de papai ou do professor Slughorn. Era um trabalho tranquilo e o dinheiro que eu estava ganhando ia direto para minha conta em Gringotes. Depois decidiria em que gastar.

— Acho que você deu aula para essa bruxa, papai — me levantei da mesa da cozinha e fui até ele que brincava com Teddy na sala montando um quebra-cabeça.

— Sim, acho que me lembro do nome — disse ele após ler a assinatura.

— Ela quer tentar uma vaga de emprego no Ministério, disse que meu livro ajudou a entender o processo de preparo de poções mais complexas.

— Você tem uma didática muito boa, já pensou em ser professora?

Ei ri — não! Muito obrigada! Alunos em geral são terríveis! Eu já fui uma, lembro bem como é!

Papai também riu.

— O que é tão engraçado? — perguntou Teddy.

— Um dia você vai para escola e quando sair de lá vai querer manter distância de alunos em geral — voltei com a carta para a mesa da cozinha.

— Quando eu vou para a escola?

— Daqui 5 anos — respondeu papai.

— Isso tudo? — lamentou Teddy.

— Mas em breve você vai começar a aprender a ler! Eu e sua avó vamos te ensinar!

— SÉRIO?!

— Sério. Só precisamos nos organizar e começaremos as aulas.

Teddy estava literalmente pulando de alegria quando ouvimos alguém bater na porta. Eu levantei para abrir e recebi vovó Andrômeda com um abraço.

— Vovó! — Teddy correu até ela e se jogou para um abraço. — Papai disse que você e ele vão me ensinar a ler! Eu vou poder ler todos os livros da estante! Não só da estante, — ele escorregou para o chão. — DO MUNDO INTEIRO!

— Por Merlin, quanta sede de saber — sorri olhando de meu irmão para vovó.

— Precisamos começar logo então, Remus.

— Acho que sim, Drômeda.

— Agora? — Teddy olhou espantado para os dois.

— Não estava nos meus planos. Na verdade vim te convidar para ir até os Weasleys comigo. Seu padrinho está lá e parece que Gui e Fleur também estão com a filha, Victoire.

— A Vick tá lá? Vamos!

— Vai trocar de roupa, calçar um tênis e não se esqueça de pegar um casaco — vovó teve que aumentar o tom de voz à medida que falava, pois Teddy correu para o quarto.

— Vamos também, Lana.

— Hoje não. Ainda tenho muitas cartas para responder — apontei para o tampo da mesa repleto de envelopes.

— Que pena... — Andrômeda sorriu. — Remus, se não for causar transtorno, estou pensando em ficar para jantar com eles. Mas trarei Teddy de volta mais cedo possível.

— Fique à vontade Andrômeda. Sei que você cuidará bem dele — papai sorriu. — E não se preocupe com o horário.

Teddy voltou correndo já pronto para sair e com uma mochila nas costas.