Capítulo 43 - Planos Futuros

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Finalmente depois de um tempo gastando o mínimo possível do dinheiro que eu estava ganhando com a venda dos livros, resolvi esbanjar um pouco. Desde o filme em que Harry apareceu voando em uma Firebolt, fiquei com vontade de comprar uma para mim.

Não era muito barata, mas valia muito o investimento. Pedi papai para ir comigo ao Beco Diagonal, pois queria comprar uma vassoura nova para Teddy também. Ele estava aprendendo a voar nas que tínhamos em casa, certamente nada adequadas para a idade dele.

Foi uma verdadeira festa quando cheguei com o presente, e Teddy queria sair voando na mesma hora, mas consegui convencê-lo a esperar pelo dia seguinte, um Sábado, e assim aproveitar o dia todo. Ele concordou e quis convidar Harry para se juntar a gente, por isso emprestei Amata para que ele pudesse enviar a mensagem.

Na manhã seguinte tivemos uma aula de voo com Harry. Claro que eu não iria deixar de aproveitar a oportunidade de aprender com ele e prestei muita atenção em tudo o que foi dito.

Enquanto papai e Tonks preparavam o almoço, passamos horas voando no campo aberto em frente da casa. Um dos benefícios de se morar em um lugar isolado, era a magia ser usada com a tranquilidade de não ter nenhum trouxa por perto.

Depois do almoço a diversão continuou, mas de forma diferente. Dividimo-nos em duplas para disputar quem pegaria o pomo de ouro mais vezes. Teddy quis jogar com Harry e eu fiz dupla com Tonks.

Já podem imaginar que nem com toda minha destreza e de Tonks juntas seriam páreos para Harry. Mas nós não perdemos de zero. Depois de duas horas jogando e capturando o pomo apenas 5 vezes, contra 20 da dupla Harry e Teddy, pedi para sair.

— O Teddy é bom nisso também — comentei ao lado de papai sobre o fato do meu irmão ter conseguido capturar o pomo em 7 vezes.

— Talvez ele entre para um time em Hogwarts — Tonks parou a meu lado.

— Será — olhei para cima vendo ele e o padrinho disputando um com o outro.

— Só com o tempo iremos descobrir — respondeu papai.

Nós duas sorrimos para ele.

— Acho que vou preparar uma limonada para a gente — anunciou Tonks. — Estou com muita sede e com certeza eles também estarão quando terminarem.

— Boa ideia — concordei. — Vou te ajudar.

Entramos juntas em casa e deixamos nossas vassouras do lado da porta. Depois de lavar as mãos e pegar alguns limões na cesta de frutas recém-colhidas ficamos de pé ao lado da pia de frente uma para a outra e começamos a cortar as frutas.

— Por que a gente não tá usando magia pra fazer isso? — perguntei.

— Não sei... — minha madrasta riu. — Acho que deixamos isso para as atividades mais desagradáveis como lavar a louça.

Revirei os olhos concordando com ela.

— Fazer uma limonada, ainda mais com ajuda não é algo tão ruim assim.

— Eu gosto de ajudar — sorri. — Apesar de agora eu ser cada vez menos necessária por aqui.

— Não diga uma coisa dessas, Lana — Tonks parou de cortar um limão que já estava pela metade e olhou para mim. — Você sempre será indispensável para nós.

— Claro Dora! Não quis dizer que vocês não me querem por perto. Acho que me expressei mal, — sorri para ela que sorriu de volta e continuou o que estava fazendo. — É que nosso bebê já está bem grande e independente. Não precisa de alguém para dar de comer e trocar as fraldas...

— O tempo voa tão rápido... Ontem mesmo estava com o Teddy nos braços e hoje já estamos pensando como será a passagem dele em Hogwarts.

— Por favor, não vamos chorar — pedi enxugando uma lágrima que descia pelo meu rosto. — Não estamos cortando cebolas.

Tonks riu do comentário.

— Eu não quero só viver da venda dos livros. Quero fazer algo mais — terminei de cortar o último limão.

— Já pensou em escrever outro? Você parece ter o dom da escrita tão afiado quanto seu pai.

— Obrigada — sorri. — Mas não tenho nem ideia sobre o que poderia escrever e nem se venderia bem. Não que esse primeiro seja exatamente um best-seller.

Peguei uma jarra de vidro no armário e comecei a espremer os limões dentro dela.

— Estou pensando em arrumar um trabalho, mas já faz tanto tempo que saí de Hogwarts que nem sei para o que me candidatar...

— Tenho certeza que você consegue entrar em um dos programas de trainee no Ministério da Magia. Quando você conversou com a professora McGonagall, qual foi o resultado do seu aconselhamento?

— Na época meu resultado indicava habilidades para trabalhar com poções ou lidar com animais. Cheguei até a pensar em uma vaga no Departamento para Regulamentação e Controle de Criaturas Mágicas.

— Já imagino em qual sessão.

— Sim, desde que o ministro Kingsley Shacklebolt reabriu o serviço de Apoio aos Lobisomens que estou pensando em me candidatar.

— Vou olhar como estão as coisas em relação a vagas e te falo — Tonks terminou de espremer o último limão e foi buscar o açúcar.

— Mas, por favor, não conte a ninguém meu interesse por enquanto. Quero pensar bem antes. Tenho medo de estragar tudo — terminei com a última metade do limão e comecei a juntar os restos para jogar na caixa de compostagem nos fundos da casa.

— Estragar como, Lana? — Tonks sorriu. — Desconheço alguém com mais habilidade e conhecimento para cuidar de lobisomens do que você. Acho que nem seu pai estudou tanto sobre o assunto.

Nós duas rimos enquanto eu usava a varinha para deixar a água que colocara na jarra gelada. Com o refresco em mãos e uma bandeja com cinco copos fomos para o lado de fora da casa.

***
Decisão difícil de se tomar. Ainda bem que tenho a tranquilidade de que se escolher a profissão errada, posso começar tudo de novo.

Livro 6 - Lana Lupin e o Menino de Cabelo AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora