Capítulo 39 - Confluência dos Mundos

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Depois de alguns meses de trabalho, eu já tinha recolhido um material considerável para o primeiro rascunho do livro.

Acabei aprendendo ainda mais estudando as origens e usos de cada ingrediente da poção e agora estava empenhada em analisar como o Damocles Belby tinha descoberto que todos eles juntos mantinham a consciência da pessoa que se transformava em lobisomem.

Para isso, o professor Slughorn tinha conseguido para mim algumas das anotações do próprio Belby e eu precisava começar a me organizar para escrever o livro. Comecei com o que pensei que seria mais fácil, a introdução. Mas não estava sendo tão simples assim.

— Pai, será que você pode dar uma lida e me dizer o que você acha? — perguntei enquanto andava do meu quarto até a cozinha.

Tonks brincava com Teddy no chão da sala enquanto ele estava de pé encostado na bancada da pia concentrado lendo um pergaminho.

— Desculpa, filha. O que você disse?

— Eu queria que você lesse a introdução do meu livro e desse sua opinião — olhei para o papel e vi que tinha o selo do Ministério da Magia. — O que aconteceu? Algo grave?

Papai virou o pergaminho para que eu pudesse ler.

— Os livros da JK Rowling contando a saga de Harry fizeram tanto sucesso que vão lançar um filme.

— Por Merlin! — deixei meu corpo cair sobre uma das cadeiras em volta da mesa. — É tudo minha culpa...

— Lana, não é tudo sua culpa...

— Se eu não tivesse voltado no tempo para salvar você e a Tonks, meus colegas teriam a memória de quando Harry conversou com o espírito de papai na floresta e depois teve a ideia de contar nossa história para os trouxas.

— Você não tem como ter certeza disso — Tonks interferiu. — Lembra o tanto que já conversamos sobre o poder da magia?

— Magia! — Teddy jogou alguns brinquedos para cima sem tocar nele. Apesar de conseguir interferir na inércia dos objetos, ele era incapaz de controlar a intensidade e direção de seus poderes.

— Amor, já falamos para não jogar os brinquedos assim — Tonks disse com doçura na voz.

Disculpa, mamãe.

— Tudo bem. Agora junte eles, por favor.

Não podíamos reprimir a magia de Teddy, mas precisávamos controlá-la ou em pouco tempo os objetos estariam voando para todos os lados. Ele se levantou e reuniu os brinquedos um por um.

— Não vejo como eles poderiam esquecer o feito...

— Se não fosse pela sua interferência, poderia ser por outra bruxa, ou bruxo — concluiu ela.

— E o que eles planejam fazer a respeito?

— Por enquanto nada — respondeu papai. — Só estão pedindo para quem for ao cinema se comportar como trouxa sem chamar atenção. Qualquer um que desrespeite essa regra estará passível de repreensões.

— De que tipo?

— Acho que vai depender da infração, mas todos sabem da obrigatoriedade do sigilo — continuou Tonks.

— É esperar para ver... — papai se virou para pegar uma xícara de chá.

— Ver no cinema? — instiguei.

De longe deu para ver o sorriso no rosto de Tonks. Eu havia prometido há algum tempo que iríamos ao cinema, mas esquecera totalmente de cumprir a promessa.

Livro 6 - Lana Lupin e o Menino de Cabelo AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora