Capítulo 42 - Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban

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— Hum, queria comer alguma coisa antes do filme.... Será que dá tempo?

— Se a gente quiser pegar essa sessão que tem agora acho que não, Tonks.

Nós três estávamos parados em frente ao guichê de venda de ingresso do cinema do shopping.

A aglomeração de pessoas não era muito grande e nossas roupas bruxas chamavam menos atenção do que a de um quarteto animado trajando capas e chapéus pontudos que estava na fila.

Sorri olhando para eles. Eu também já havia feito parte de um mundo que desejava que a magia fosse real. Mal sabia eu que essa já era minha realidade.

— E se a gente comprar um combo gigante de pipoca e refrigerante e for jantar depois do filme? — eu olhava o letreiro da bomboniere.

— Gostei da ideia! — quando olhei para Tonks ela sorria para mim. Retribui o gesto.

— Bom, então vamos comprar logo a pipoca e os ingressos que a fila está aumentando — comentou papai tirando a carteira de dentro do bolso.

— Pode parar — balancei a cabeça em negativa e indiquei a carteira. — Eu convidei, eu pago.

— Não, filha... Não é certo você gastar seu dinheiro com a gente.

— Pai, deixa de bobagem. Não é como se eu fosse comprar uma casa para vocês. É só um passeio ao cinema.

— Eu vou pagar o jantar então.

— Por Merlin! — rolei os olhos sem vontade de discutir. — Tudo bem então.

Primeiro fomos para a fila dos ingressos e enquanto papai esperava por nós na entrada da sala, fui com Tonks buscar a pipoca e os refrigerantes.

Havia poucos lugares vazios quando entramos, mas conseguimos bons lugares no meio da sala.

Papai sentou na cadeira do meio e ficou com a pipoca, enquanto Tonks eu sentamos uma de cada lado com os refrigerantes. O combo dava direito apenas a 2 copos, mas como havia meio litro em cada, dividir era a coisa mais lógica a se fazer.

Poucos minutos depois que nos ajeitamos, as luzes se apagaram e começaram os trailers. Difícil dizer qual de nós três estava mais ansioso.

A cena de abertura mostrava o ator Daniel Radcliffe, intérprete de Harry Potter executando um feitiço para estudar burlando a proibição dos tios. Achei aquilo o cúmulo do absurdo.

— Ele só tem treze anos! Não pode fazer magia fora da escola! — comentei.

— Silêncio! —alguém reclamou. Não consegui identificar quem.

— No livro a JK Rowling segue melhor as regras — sussurrei ao ouvido de papai.

— Acho que eles estão mais interessados com o que fica bonito na tela — ele também falou sussurrando. — Trouxas não acreditam que seja real.

Realmente quem fez o filme parecia estar interessado em impressionar. A cena em que Harry transformou a irmã do tio dele em um balão acabou ficando muito engraçada, nem pensando na gravidade e perigo por trás daquilo.

A viagem dele no Nôitibus também foi mais direcionada para o cômico do que a fuga de um perigo iminente. Harry acabara de encontrar com Sirius na forma de cachorro, mas não tinha como saber disso.

Mas meu interesse ali era para ver como papai seria representado, e algumas cenas depois, dentro do Expresso de Hogwarts lá estava ele.

Na verdade o ator que o interpretava. David Thewlis era o nome, pesquisei mais tarde. Dormindo no cantinho do banco da cabine até que o dementador aparece e papai o espanta com o feitiço do patrono.

Livro 6 - Lana Lupin e o Menino de Cabelo AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora