Capítulo 12 - Magia Criativa

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1999

No início de Abril, recebi uma carta de papai pedindo a autorização para que eu me ausentasse durante o final de semana e corri para levar a mensagem até a professora Minerva McGonagall. Mesmo sabendo que ela não seria contra, precisávamos agir conforme as regras e pedir permissão à diretora.

Eu mal tinha terminado de tomar o café no Sábado de manhã quando um aluno da Grifinória veio me avisar que papai estava a minha espera portão principal do castelo. Levantei apressada e saí do Salão Principal sem me despedir de ninguém. A primeira coisa que fiz quando me aproximei dele foi dar um abraço demorado tamanho era a saudade que eu sentia.

— Já arrumou suas coisas?

— Sim, vou pegar minha mochila no salão comunal — mal acabei de falar, virei as costas e corri pelas escadas até a torre. Quando estava de saída encontrei Ginny e Hermione e para saciar a curiosidade com que me olharam expliquei o que estava acontecendo. Elas lamentaram por não poder ir e desejaram felicidades a todos nós.

— Você mostrou a carta que eu mandei à diretora Minerva? — perguntou papai enquanto caminhávamos pelo pátio de entrada.

— Sim, e ela assinou — peguei a carta em um bolso externo da mochila e mostrei para ele. — Vamos precisar disso para sair?

— Não, ele devolveu a carta. A diretora só precisava estar ciente mesmo.

— Como vamos para casa?

— Desaparataremos em Hogsmeade. Outros meios vão demorar muito.

Realmente essa era a forma mais rápida, mas definitivamente a menos confortável de se viajar. Nós não entraríamos no povoado, só precisávamos estar fora do alcance da barreira que impedia a aparatação em Hogwarts.

Mesmo com o fim da guerra a medida foi mantida. Era uma boa decisão e facilitava no controle de quem saía ou entrava na escola. Hagrid ainda era o guardião das chaves e foi ele quem abriu o portão para papai e eu sairmos.

— Obrigada, professor — agradeci depois de passamos. Mesmo depois de tanto tempo no cargo, ele ainda corava quando o chamavam assim.

Papai e eu andamos pela pequena estrada que leva a Hogsmeade e paramos um pouco antes de chegar à estação.

— Segure-se firme em mim — ele estendeu o braço direito.

— Por favor, papai — dei um passo adiante e o abracei. — Te atrapalho se for desse jeito?

Ele sorriu — não. Só não imaginei que você quisesse viajar assim tão grudada em mim.

Dei uma gargalhada — se você estiver com uma Lana que não gosta de ficar juntinho de você, lamento informar, mas eu estou em perigo e fui substituída por uma impostora.

— Tem razão, tem razão — papai tirou a varinha do bolso do paletó, me abraçou de volta de desaparatamos.

Aparatamos no jardim da frente da casa, mas toda a movimentação estava acontecendo nos fundos. Demos a volta passando entre os pés de maçã que ficavam debaixo da janela do meu quarto e chegamos à parte de trás da casa.

O lugar estava ficando lindo! Havia uma tenda branca montada com várias mesas por baixo e cada uma estava decorada com miniaturas de animais fantásticos. Os pelúcios eram sem dúvida os mais bonitinhos, mas havia também hipogrifos, unicórnios, tronquilos, fênix e pufosos. Para a minha surpresa, eles não se mexiam.

Provavelmente para evitar a bagunça caso cada objeto resolvesse escolher o lugar onde ficaria. As toalhas que cobriam as mesas eram de um tom branco azulado, mas que exibiam outras cores quando o sol refletia nelas. Não havia bebida ou comida por ali e imaginei que ainda deveria estar sendo preparada.

Livro 6 - Lana Lupin e o Menino de Cabelo AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora