capitulo 6

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Dylan:

Pensam em como minha noite foi dificil por causa de pensamentos pecaminosos com uma certa garota.

Agora pensa em como fiquei quando atendi uma ligação desconhecida distraido, por que eu não faço isso, e ouço sua voz do  outro lado da minha dizendo que esta no hall.

- Oque faz aqui e como conseguiu meu numero?- pergunto, pode ter soado meio grosseiro, mas não, eu estava muito curioso.

- Você consegue ser bem escroto as vezes né.- ela diz do outro lado da linha.

Acho que ficou brava.

- Desculpe, pode dizer oque faz aqui?- pergunto tentando suar educado.

Ouço um suspiro de indignação do outro lado.

- vem aqui em baixo e descubra.- ela diz antes de desligar na minha cara.

Ela desligou mesmo na minha cara.

-Alguem problema Dylan?- Henrique me pergunta.

Tivemos uma reunião mais cedo e agora ele estava aqui querendo jogar conversa fora.

- nada que eu não possa resolver, só preciso descer lá pra baixo.- digo para ele.

- ótimo, assim nos já aproveitamos para almoçar.- ele se levanta dando sial que vai descer comigo.

No adianta retrucar, negar bebida e comida para esse cara é como pedir para ver uma cena de teatro bem dramática.

- Otimo.- falo.

- E leva a carteira, você paga.- ele diz.

Devido os olhos e tento me lembrar onde coloquei mas não consigo pensar onde possa estar.

- acho que esqueci em casa.- digo para ele que me olha como se sentisse pena de mim.

- não tem problema amigo, hoje eu faço essa caridade.- ele fala e começa a andar.

Como se eu precisasse de caridade.

Saímos da minha sala e pegamos o elevador.

Enquanto descemos Henrique começa com suas conversas bobas sobre mulheres que faz com que eu fique surdo momentaneamente.

Já no hall de entrada olho por tanto canto procurando uma mulher que aparenta estar esperando por mim e o que eu encontro?

Uma garota apoiada no balcão da recepcionista.

- com licença? - digo para ela.

- ah oi.- ela diz.

- eieiei, você não é a garota de ontem?- Henrique pergunta para ela.

- sou eu mesmo.- ela responde sem olhar muito para ele.- aqui sua carteira, achei que iria precisar dela.

Ela me entrega a carteira e fica me olhando.

- por que esta me olhando assim? - pergunto achando que ela espera algo.

Ela quer dinheiro?

- não vai conferir para ver se esta tudo ai?- ela indaga com uma sombrancelha arqueada.

- não acho necessário, ate por que se eu der falta de algo, sei onde você mora.- digo para ela que sorri.

- certo, então eu vou indo.- ela diz virando em direção a saída do prédio.

- Ai!- digo assim que sinto o tapa que Henrique me da na cabeça.

- " ela é muito nova para vocês", " vocês são uns idosos perto dela". Depois de todo aquele discurso, você transou com a menina que deve ser uns 10 anos mais nova que você.- ele diz.

- nao transei com ela.- digo para ele.

- E o que diabos ela esta fazendo com a sua carteira, vai dizer que esqueceu na casa dela depois de uma noite em que "não" transou com ela?- ele fala como se tivesse indignado.- Serio cara?

- Ela é minha vizinha idiota, deve ter encontrado. Agora cala logo a boca e vamos almoçar.- digo dando um soco no braço dele e indo em direção a saída do prédio.

- De jeito nenhum, você vai atrás da moça bonita.- ele fala.

Eu acho, entenda uma coisa, ACHO... que não gostei de ouvir ele a elogiando.

- por que eu iria? - pergunto não entendendo aonde ele quer chegar.

- ela veio ate aqui, lhe deu sua carteira e foi embora, você nem sabe se ela tem dinheiro pro táxi.
Por isso vai leva-la em casa.- ele fala.

- mas não íamos almoçar?- pergunto.

- não mais, tchau.- ele diz indo embora e me deixando para trás.

Idiota.

Seguindo sua "recomendação" tento procurar pela garota.

Nem sei o nome dela.

Oque diabos estou fazendo.

Enquanto tenho meus devaneios eu a vejo.

Ela vira uma esquina e eu a sigo, aperto meus passos para poder chegar nela, mas não sou rápido o suficiente.

Quando estou à alguns passos dela a vejo parando no sinal para atravessar a rua, mas um homem se aproxima e tenta assalta-la.

- eii! - grito chamando a atenção do assaltante que se assusta e a solta para correr. - você esta bem? - pergunto assim que me aproximo dela.

- sim, obrigada. Acho que ele queria me assaltar.- ela diz.

- vem, vou te levar para casa. - digo para ela que me acompanha.- por que não pegou um taxi?

Ela me olha envergonhada antes de responder.

- queria conhecer um pouco a cidade antes de voltar.

- é nova aqui?- pergunto curioso.

- sim.- ela diz e nao acrescenta mais nada.

Voltamos para a empresa para pegar meu carro. Assim que estamos dentro dele me lembro que ainda nao sei seu nome.

- você ainda nao me disse seu nome.- digo para ela.

- não? - ela pergunta e eu nego.- me desculpe. Prazer Sofia.- ela diz me estendendo a mão como se tivéssemos acabado de nos conhecer.

Sorrio com sua brincadeira e pego sua mão.

- o prazer é todo meu senhorita.- digo beijando o dorso da sua mão.

Ela rí e nesse momento eu admiro sua beleza.

- então Sofia, trabalha com o que?- pergunto para passar o tempo e para conhece-lá melhor.

- Por enquanto em nada, apenas me dedico a escrever.- ela responde.

É escritora e não trabalha.

Os pais devem ser rico e por isso ela não precisa trabalhar.

- uma escritora. Oque gosta de escrever?- pergunto, dependendo da sua resposta já sei o tipo de mulher que ela é.

- oque muitas mulheres gostam de ler e o que todas adoraria viver, Romance. - ela diz e olha para fora como se tivesse pensando.

É sempre uma péssima se envolver com mulheres que gostam de romance.

- Isso é uma pena, mulheres muito românticas tendem a sofrer mais por amor.- digo fazendo uma observação.

- Discordo. Mulheres que lêem sobre romance tem uma boa ideia de como deveria ser amada e tratada, mas também sabem perceber quando nao é bem vinda em algum lugar e nem fica correndo atrás de quem não as merecem, mulheres que tentam romantizar violência ou a traição por que leu em algum livro que o homem mudou, talvez não tenha entendido a essência do livro. - ela diz em seu discurso que parece bem preparado, mas que seu olhar diz que é somente oque ela pensa.

O que aconteceria se eu quisesse a conhecer melhor?

O cara da porta ao lado - Série Vizinho Safado ( Livro 2 Independente)Onde histórias criam vida. Descubra agora