O cara da porta ao lado - Série Vizinho Safado ( Livro 2 Independente)

capítulo 33

Sofia:

Quando Dylan me manda uma mensagem avisando que vai ficar preso no trabalho e não pode me buscar decido ir a pé para casa.
Ando precisando caminhar um pouco e fazer exercícios.
Depois de um bom tempo caminhando chego ao prédio, mas subo pelas escadas.
Aproveito que estou animada por que meu próximo exercício vai ser daqui a dez anos.
O apartamento tinha que ficar tão alto assim?
Quando finalmente termino de subir as escadas e abro a porta encontro Dylan saindo do elevador.
- Oi.- digo arfando
- Oi.- ele responde indo para a porta do apartamento me ignorando e procura a sua chave para destrancar a porta, mas acaba deixando um envelope que estava em sua cair no chão espalhando fotos de ultrassom e documentos
Fico curiosa mas não pergunto, apenas me abaixo para ajuda-lo a pegar.
- Náo mexe nisso.- diz tomando as fotos da minha mão e pondo no envelope
- Desculpe, eu só quis ajudar.- digo o olhando, ele parece estranho. - você esta bem? Quer conversar?
- Não.- ele diz entrando em seu apartamento e batendo a porta na minha cara.
Qual o problema dele?
Minha vontade é xingar ate amanhã, mas como eu vi que estava estranho decido ir pro meu apartamento.
Passo a noite pensando no que poderia ter deixado ele assim.
Acordo na manha seguinte e desço ate o saguão para pegar o jornal.
Quando subo novamente encontro Dylan no corredor.
Ele ainda esta estranho mas ainda assim sorriso para ele.
- Esta melhor?- pergunto me aproximando e lhe dando um beijo casto.
- Melhor?- ele pergunta
- Sim, parecia chateado ontem e um pouco irritado.- digo
Quando ele me ouve seu olhar parece mudar.
- Isso não é da sua conta Sofia.- ele diz sendo grosseiro.
Dou um passo para trás, não sou tão obrigada a aturar isso.
- Oh desculpa por me intrometer na sua vida.- digo e entro em meu apartamento fechando a porta.
Assim que eu entro espero ele bater e pedir desculpas mas isso não acontece.
Vou tomar meu café da manhã e as horas ate o almoço passa lentamente.
O mesmo acontece do almoço ate o jantar, ainda espero Dylan aparecer e me pedir desculpas.
Quando acabo de jantar percebo que não falarei com ele essa noite.
Me deito na cama e durmo, mas sou acordada logo cedo pelo barulho irritante do meu celular.
Quando pego para ver quem esta me perturbando logo cedo vejo que é Angela.
Oque ela quer?
Abro a conversa sem intenção nenhuma de responder.

Angela:

Você viu?
Seu vizinho gostoso ta em varios sites de fofoca.

Leio sua mensagem que vem acompanhada de um link.
Ha varias fotos de Dylan com Davina e um texto acompanhando.

Nesta sexta feira, o nosso queridinho sr. Cross foi visto com nossa Davina saindo de um hospital particular, o fotógrafo responsável pela foto com toda curiosidade que o possui seguiu o casal e conseguiu capturar uma cena que todos nós ansiavamos.
Sr. Cross beija Davina na porta da sua casa a deixando em seguida. Mas como eu só trabalho com profissionais, o fotografo ficou de prontidão e seguiu Davina no dia seguinte ate um shopping onde ela se encontra como o nosso CEO em frente à uma vitrine onde continha itens para crianças. Depois desse passeio no shopping ele e Davina foram para a casa dela e ate agora não há relatos de que ele saiu de lá.
Sera que nossas estrelas estão formando uma família? Estão prontos para assumir esse romance?
Com certeza logo saberemos.

- Sky

Quando termino de ler a postagem e vejo as fotos com o beijo deles meus olhos já estão cheios de lagrimas.

Poderíamos tentar?

Só podia ser brincadeira mesmo.

Como ele pode fazer uma coisa dessas?

E aquele ultrassom? E eles em lojas olhando coisas de crianças?

Acabo juntando os pontos e sei que ela esta grávida.

Meu coração se aperta, ele esta sendo partido.

Eu fui muito idiota, por que ele terminaria com ela pra ficar comigo?

Meu celular tica com o alarme que eu coloquei ontem para me arrumar e ir para a minha mae.

Me levanto de onde eu estava e vou andando ate o banheiro com minha visão embaçada por cinta das lagrimas.

Ele não merece isso.

Amanhã irei para Londres e quando voltar já quero te-lo esquecido.

Esta decidido.

Me arrumo o maximo que posso.

Penteio meu cabelo e me maqueio.

Quando estou satisfeita com minha aparência ouço a campainha tocar.

Sei que é ele.

Mas não estou com pressa nenhuma de atende-lo.

Visto meus sapatos e me dou mais uma olhada no espelho.

A campainha ainda toca freneticamente.

Saio de meu quarto lentamente e caminho para a porta a abrindo.
-

Oque você quer?- digo me controlando o máximo que posso
- Podemos conversar?- ele pergunta com cuidado.
Muito cara de pau.
- Por que? Veio terminar comigo? Não é necessário, a gente nem tinha nada serio mesmo. Agora se me der licença, tenho que sair.- falo despejando nele e caminhando para o elevador
- Como assim Sofia?- ele pergunta puxando meu braço.
- Você me disse que tinha ficado preso trabalhando, mas não, foi se encontrar com a sua "Noiva". Ai chega todo nervoso e eu trouxa fiquei preocupada com você, ai ontem eu queria saber se estava bem e você é todo mal educado e só volta hoje de manha Dylan. Não temos nada para conversar, volta para onde você estava.- falo puxando meu braço.
Droga, não posso me descontrolar.
- Você não entende Sofia.- ele me diz.
- Não entendo oque? Que ela esta gravida e você vai ser pai?- jogo para ele.
- Como sabe disso?- ele pergunta surpreso oque confirma que é verdade.
- Eu fui muito burra por acreditar em você Dylan, agora por favor, desaparece.- digo e saio antes que ele me impeça.
Pego o elevador e ele não me segue.
Minhas lagrimas querem cair mais eu não deixo.
Chamo um uber e vou em silencio ate a casa da minha mae.
Não posso acreditar que estou de coração partido feito uma adolescente.
Eu sou uma adolescente.
Todo esse tempo com ele fez eu me sentir adulta.
Mas não sou.
Eu sou uma maldita adolescente que precisa se curar de um coração partido.
No que eu fui me meter?
Assim que o taxi para em frente a porta da minha mae eu desço.
Minha mae já me espera com a porta e os braços abertos.
Me encaixo em seus bracos encontrando conforto ali.
- Você está bem?
E é só com essa pergunta que eu desmorono.