capítulo 31

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Sofia;

- Que tal começar por algo simples? Nos dois trabalhamos, então nos vemos depois do serviço e passamos os fim de semanas juntos.- ele diz
Ele esta mesmo disposto a tentar ter algo comigo?
-  mim tudo bem, mas de domingo eu vou almoçar com minha mae e Jorge.- digo e ele franze a sombrancelha com curiosidade.
- Posso te perguntar uma coisa?- ele fala e eu concordo.- Por que chama sei pai pelo nome?
Eu olho para ele, achei que ele sabia depois do surto que eu tive na sacada com ele.
É claro que não, ele só prestou atenção na parte que eu disse que tinha 17 anos.
- Ate algum tempo atrás eu não sabia que ele era meu pai, eu só não me sinto confortável o chamando assim.- digo para ele.
- Então descobriu recentemente, eu entendo.- ele fala e me beija.
É isso, nosso acordo esta selado.
Assim como o meu corpo que esta prensado na pia enquanto ele me beija.
- Que tal um jantar hoje?- ele pergunta.
- Eu adoraria.
- Então eu passo para te pegar no trabalho, agora eu tenho que ir para casa e tomar um banho para trabalhar. - ele fala me dando um selinho antes de ir embora.
Ai meu deus!!
Por fora eu posso parecer apenas radiante, mas por dentro eu estou surtando.
Vamos tentar....
Iremos tentar!
Mas...
O tentar dele é o mesmo que o meu?
Terei que descobrir isso antes da minha viagem segunda feira que vem.
Não vou perder essa oportunidade.
Tudo vai depender dele se continuamos depois que eu voltar ou se acaba essa semana.
Decido contar a ele na domingo, é mais seguro para mim.
Se ele me der um pé na bunda, eu choro em um vôo com destino a Londres.
Quando acabo de tomar o café da manha, vou me arrumar para ur trabalhar.
Assim que me troco, saio do apartamento junto com o Dylan.
Isso é praticamente rotina.
Meus celular estava nas minha mao pronto para pedir o Uber.
Ele me da um selinho e seguimos para o elevador.
- Oque esta fazendo?- ele pergunta quando estou pedindo o carro.
- Chamando um Uber.- digo pronta para finalizar o pedido.
- Cancela, eu posso te levar.- ele diz com um sorriso maravilhoso no rosto.
- Se é assim sr. Cross.-digo para ele cancelando meu pedido e guardando meu celular.
- Sofia, você nunca aprende não é mesmo?- ele diz e quando vejo já estou prensada nas paredes de metais do elevador.- Eu não gosto quando você me chame de senhor.
Sua boca vem a minha me beijando com ferocidade.
As portas do elevador se abrem mas ele não me solta de imediato.
- Isso é pra você aprender.- ele diz encerrando o beijo.
Serio?
Se esse for o castigo, pode ter certeza que eu vou continuar insistindo nos meus erros.
Ele segura em minha mao e me puxa para sairmos do elevador.
Quando chegamos ao seu carro ele abre a porta para mim e depois vai para o lado do motorista.
Gosto disso.
Enquanto ele dirigia pela cidade sua mão estava sempre em mim, ou estava na minha perna ou nossos dedos estavam entrelaçados.
Nós realmente pareciamos um casal.
Ele me deixa na empresa com um beijo de despedida e depois vai embora.
Eu trabalho animada o dia inteiro.
Não vejo a hora do expediente acabar.
Jorge percebe minha euforia mas não pergunta nada.
Ele esta me tratando super bem e eu gosto disso.
Quando meu horário esta preste acabar recebo uma mensagem de Dylan dizendo que já esta me esperando.
Eu arrumo minhas coisas rapidamente e vou para o elevador.
- Ei Sofia, espere.- Jorge me diz.- espera que eu vou te levar, só vou buscar minhas coisas.- quando ele fala as portas se abrem e eu entro.
- Nao precisa pai, vou sozinha.- digo.
O elevador desce lentamente e quando as portas se abrem eu praticamente pulo para fora.
Quando estou já fora do prédio vejo o carro de Dylan.
Ele sai e abre a porta novamente para mim.
Um perfeito cavalheiro.
Quando ele já esta dirigindo ele olha para mim por poucos segundos.
- Vamos pegar um cinema e depois jantar, oque acha?- ele me pergunta e eu sorrio.
- Adoro a ideia.
- Que bom.
Ele dirige pela cidade e vai para um shopping super chique.
Quando ele estaciona e nos entramos vejo a elegância do lugar.
Espelhos espalhados por todos os lugares.
Uau.
Dylan compra nosso ingresso para um filme de ação que escolhemos juntos.
Não posso dizer o nome e nem como é o filme.
Mal descolamos nossas bocas, foi difícil não pular nele ali mesmo.
E o idiota ficou com aquele sorrisinho safado o filme todo.
Que ódio dessa boca gostosa.
Ele me leva em um restaurante perto do shopping tao chique e elegante igual.
Nosso jantar é bem tranquilo. Com risadas e uma conversa divertida.
Mas somos interrompidos por um senhor de idade e uma mulher jovem e loira.
- Dylan, é um prazer encontra-lo aqui.- ele diz cumprimentando Dylan
Ele se levanta e o cumprimenta, a mulher também, eles se parecem se conhecer.
Não gostei dela, ainda mais do jeito que ela parece devorar Dylan com os olhos.
- Lembra de mim sr. Cross?- a mulher pergunta.
- Jessie, certo?- ele pergunta e ela sorri, confirmando que ele acertou.
- Vejo que o presente foi bem aproveitado pelo senhor.- o homem diz e Dylan sorri para ele, mas sem o responder.- E essa sua linda acompanhante, é uma bela moça.- o velho diz me encarando.
- Ela não é minha acompanhante, se nos der licença, gostaria de terminar o jantar.- Dylan diz mudando sua postura repentinamente.
- Ah claro, me desculpe.- ele diz e se retira com a loira.
- Oque houve?- pergunto.
- Nada, ele é só um velho safado.- ele diz e parece bravo.
Ele esta com ciúmes?
Não, acho que não.
- Vou ao banheiro.- digo a ele que confirma.
Saio da mesa e vou para o banheiro.
No meu caminho passo por uma mesa cheia de homens que me olham mas eu faço de ignorar.
Faço tudo oque eu tenho que fazer rapidamente, lavo minhas mãos e saio do banheiro.
Quando estou para voltar a minha mesa sou impedida por dois homens.

- Olá gracinha, esta sozinha?- um deles pergunta.
- Não, estou acompanhada.- digo e tento passar por eles.
- Então quem estiver com você pode esperar, vamos conversar boneca.- o outro diz puxando meu braço me impedindo de continuar.
- Me solta..- digo rangendo o dente.
- Olha só, a gatinha tem garras.- o home que me segura caçoa.
- Ela mandou você solta-la.- ouço a voz de Dylan atrás dos dois.
Os homens se viram para ele.
- Acho que não.- ele diz e antes mesmo que termine Dylan soca o seu rosto.
O outro não tem tempo, quando ele parte para cima de Dylan para defender o amigo é nocauteado.
Em segundos os dois estão no chão com o nariz sangrando.
Dylan me tira de perto deles e me leva para o seu carro.
Não vejo quando ele dirige com velocidade para o nosso prédio.
Ele esta bravo.
- Dylan?- eu pergunto com cautela.
- Agora não Sofia, estou dirigindo.- ele diz num rugido.
Olho para o volante e seus dedos estão brancos de tanto que ele aperta.
Não demoramos muito para chegar no prédio e logo estamos subindo em um silêncio sepulcral.
Quando ameaço pegar a chave do meu apartamento, Dylan toma minha bolsa de mim e me puxa para dentro de seu apartamento.
- Dylan... Vamos conversar.- digo para ele que ainda parece exaltado.
- Conversar uma ova.- ele diz e me puxa.
Sua boca gruda na minha e ele cola nossos corpos.

O cara da porta ao lado - Série Vizinho Safado ( Livro 2 Independente)Onde histórias criam vida. Descubra agora