Powers - Vkook

Pela primeira vez

Brigas e mais brigas, não era possível acreditar no quanto eu e o Tae brigávamos. E tá, a maioria das vezes era minha culpa e eu sempre tento resolver, mas dessa vez eu tinha tanta certeza que não tive culpa. Ele devia tentar entender meu lado, sou o namorado dele, poxa. Duvido que ele gostaria que alguém ficasse dando em cima de mim na frente dele.

E foi naquela manhã, eu estava indo para escola decidido que conversaria com ele e tinha certeza que ele tentaria entender minha situação já que não é algo agradável de se presenciar.

- Taehyung - Puxei seu braço. Estávamos na entrada da escola. Ele ia passar reto por mim. - Temos que conversar.

- Ah que bom, vai se desculpar pelo o que aconteceu na festa?

- Eu me desculpar? Eu não fiz nada.

- Tão cínico. Você bateu no meu amigo! Agiu de forma tão ridícula.- Me fez soltar seu braço. Ele não sairia dali, não agora que iria falar tudo o que queria - Você é muito impulsivo, você não pensa, nunca pensa!

- Eu não penso? Você que deveria tentar entender meu lado!

- Que lado? Ah, o lado de que me trata como uma propriedade sua quando estamos em uma festa? Ninguém pode olhar, ninguém pode triscar se não eu saio na porrada? Ridículo, Jungkook, ridículo. - Ele saiu andando. Minha vontade era de explodir e eu poderia fazer um estrago grande na escola com a raiva que eu estava, mas depois do que a Lisa viu, eu não podia arriscar e se isso acontecesse uma próxima vez não teria drogas envolvidas, não teria o Yugyeom para salvar minha pele sem nem saber que salvou. Eu estaria ferrado, teria que sair da escola, me afastar de todo o mundo. Um fato era: uma coisa é ser amigo e namorado e outra coisa é saber bem o que eu sou e o mundo em que vivo, saber é um perigo grande para todos eles e eu não posso fazer eles passarem por isso. Tenho que tomar mais cuidado com meus ataques de raiva.

No final das contas, Lisa pensava da minha forma e da de Tae ao mesmo tempo e eu via a razão em tudo o que ela dizia. O Taehyung tinha a razão no caso de eu o tratar daquela forma em todas as festas que íamos, eu raramente o deixava sozinho conversando com alguém e isso é realmente idiota. Eu nunca admiti para ele, mas eu sou inseguro, eu ainda não sei o porquê ele gosta de mim, eu não mereço uma pessoa como o Tae e por esse fato, pelo fato de existirem pessoas melhores para ele, eu me sentia inseguro porque se existe pessoas assim então a qualquer momento ele pode me deixar , a qualquer momento ele pode repensar em ser meu namorado e mesmo fazendo tão pouco tempo, eu me sentiria tão quebrado sem ele. Talvez ele saiba que eu também tenho razão afinal de contas foi um desrespeito o cara ter dado em cima dele na minha frente. Foi um desrespeito ele ter feito isso sabendo que o Tae namora, mas eu perdi a moral quando bati no cara. Ele não havia beijado o Tae ou o forçado a fazer alguma coisa, mas eu fiquei puto e com medo. O jeito como os dois conversavam, como pareciam íntimos me deixou tão desconfortável, me deixou tão inseguro. Os dois tinham tanto em comum, tinham uma história de amizade de anos, eu podia ser facilmente trocado ali, claro que o Tae não faria algo assim, pelo menos se ele quisesse algo com o tal cara, ele me falaria antes de ficar com ele, mas eu não consigo descartar o fato de que os dois seriam ótimos juntos, pelo menos ele não magoaria tanto o Taehyung como eu fiz.

O dia foi literalmente uma bosta, eu não parava de pensar em fazer as pazes com o Taehyung. Eu simplesmente não podia acreditar que estava sendo tão idiota a ponto de demorar tanto para ir atrás dele e pedir perdão ajoelhado se fosse preciso, mas eu fui. No fim da aula, fui na piscina onde sabia que provavelmente ele estaria se preparando para treinar. Ele gostava de treinar sozinho quando podia, então ia no fim das aulas, onde não teria ninguém, não hoje pelo menos.

Chegando lá, vi que não tinha ninguém, mas logo meu namorado saiu da água, balançando seus cabelos molhados e exibindo aquele corpo lindo que ficava melhor ainda com a roupa de natação encharcada. O observei um pouco antes de me aproximar. Quando me viu logo fechou a cara.