Sentir (Jenlisa)

Capítulo 8

Ao chegarmos no restaurante, fiquei pasma em ver os preços dos pratos, e ainda mais não conseguindo distinguir o que era tal coisa, pois os nomes eram difíceis demais.

No final Lalisa que ficou responsável em fazer os pedidos. Conversamos um pouco, Lalisa falou um pouco o porque estava ali, sobre as suas empresas e me perguntava algumas coisas relacionada a minha vida.

- Minha irmã mais velha mora no exterior, mas vai voltar daqui a dois anos. O motivo pelo o qual quis sair da casa dos meus pais foi mais pelas discussões idiotas que eles tinham, isso me irritava muito. Eles são ótimos pais, sempre me deram amor tanto pra mim quanto pra Jisoo, mas depois que ela se foi, tudo ficou meio difícil.

- Entendo a parte do difícil, quando meu pai se foi minha relação com a minha mãe desandou um pouco. Só mantenho contato por conta dessa baixinha aqui.

- Ai Lili, minhas bochechas!

Depois de terminarmos a sobremessa, caminhamos por um parque que tinha ali perto, era bem agradável de se estar ali com aquela brisa fresca e com algumas folhas voando. Ariana corria na nossa frente enquanto eue e Lalisa caminhávamos sem destino algum. Incrivelmente, era bom estar ao lado dela quando não estava com o seu ar mandona.

- Lili, me compra um algodão doce por favor?

- É claro. Quer um também, Jennie?

- Não obrigada. Vem, Ari, vamos nos sentar ali.

- A Lili já te contou, Jennie?

- Me contou o que?

- Que ela te acha linda! Ela me falou isso, ela me fala muito de você, principalmente que você é muito linda!- comecei a prestar atenção no que Ariana falava. Eu estava morrendo tinha certeza.- Não conta pra ela, mas naquela vez que eu fui no shopping com você, foi ela que pediu.

- Espera, então foi ela que deu a ideia de você ir comigo?

- Sim. E nessa viagem também, eu vim porque quis ajudar ela a ficar mais perto de você. Não sei como.

Lalisa estava usando Ariana em relação a mim? Eu a mataria.

- Aqui, Ari.

- Obrigada, unnie.- a menina se virou para mim colocando um dedo na boca fazendo um sinal para que eu não contasse nada. Não iria contar a ela. Eu iria matar ela.

Jantamos no quarto de hotel assistindo algum desenho na TV. Mais uma vez, Lalisa me puxou quando eu estava quase dormindo, dessa vez achei não fiquei surpresa e sim, havia gostado. Me virei aos poucos a sentindo me puxando cada vez mais para perto. Descansei a minha cabeça em seu peito e em pouco tempo estava em um sono profundo.

A primeiras semana que estávamos ali, Lalisa ia a reuniões e eu e Ariana ficamos aproveitando as mordomias que o hotel oferecia, como spa, sauna, piscinas entre outras coisas. Quando ela voltava dávamos uma volta na cidade conhecíamos alguns pontos turísticos, e assim se seguiu. Já na segunda semana  algo aconteceu.

Naquela noite, Ari estava bem agitada, pulava na cama, e queria a todo modo que brincar de alguma coisa, o problema era que já estava quase dando uma da manhã. Quando ela finalmente gastou as suas energias, tomei um banho mas estranhamente ainda não estava com sono.

Resolvi ficar um pouco na varanda, estava agradável olhar as estrelas e a lua muito chamativa no céu.

- Está sem sono?- dei um pulo ao ouvir a voz de Lalisa atrás de mim rouca e profunda. Dei um sorriso como resposta, dei um espaço para que ela se sentasse ali naquele sofá, mas mesmo assim ficaria apertado. Como se eu fosse um papel, ela me levantou e me colocou em seu colo, fazendo assim nos encaixarmos no pequeno sofá.- O céu está lindo, não é?

- Muito.

Estava inquieta com os seus braços envolta da minha cintura, como se ela fizesse isso todos os dias. Não conhecia o lado grudenta de Lalisa. Gostava até.

- Acho que as estrelas são ilusões óticas.

- Porque acha isso?

- Tão longe, mas acolhedoras.- respondeu simplista.- Parece as pessoas.

- Acha isso?

- Acho.

- Me dê um exemplo.

- Você. Está ao meu lado, está aqui comigo, mas de fato não estamos juntas. Por mais que eu queira te dar um beijo agora, não posso.

- Porque você nao pode me dar um beijo agora, Lisa?

- Talvez você não goste.

- Talvez eu goste, não pode ter certeza de tudo.

Depois de ter soltado aquela frase, Lalisa segurou o meu rosto atacando os meus lábios com uma necessidade, como se fosse uma droga que ela precisava experimentar. Sem línguas, por enquanto. Meus olhos se abriram, desnorteada a encarei, um sorriso de canto em seus lábios me fazendo desmontar por inteira.

- Posso ter uma certeza agora, Jennie...?

- Pode ter a certeza que eu quero muito mais que isso...