Capítulo 21

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Suspirei feliz em parar na frente de casa, fazia um tempo que não via os meus pais falava com eles apenas por telefone. Lalisa e Ariana estavam animados para conhecê-los, e eu apenas acompanhava o fluxo.

- Jennie!

- Oi, pai. Tudo bem?

- Está melhor agora. Então você é a Lalisa?

- Pai não começa...

- S-sou, sou eu sim.

- É um prazer conhecê-la. Entrem. Sua mãe está na cozinha. Que menina mais linda!- Ari sorriu como agradecimento sobre o elogio do meu pai. Minha mãe logo apareceu com um largo sorriso no rosto, me abraçando com força, quase me sufocando.

- Também senti a sua falta, mãe, já pode parar de me apertar.

- Sem isso, Jennie, faz muito tempo que não te vejo. Deixa eu matar a saudade.

- Mãe, está quase me matando.

- Está vendo, Lisa? Quando crescem ficam tão mau humorados. Você gosta de chocolate, Ari?

- Gosto!

- Vem cá me ajudar, deixe as suas mães conversarem.- meu rosto queimava a cada vez que alguém referia Ariana como a nossa filha. Era quase uma, mas de fato não era.

Meu pai conversou de um modo civilizado com Lalisa, que ainda sim tremia, aquilo era tão engraçado. Sentia as suas mãos trêmulas já que as mesmas acariciavam a minha barriga por debaixo da blusa. O clima estava bom. Perfeito até.

- Jennie, eu acho que o seu presente chegou.- franzi a testa quando a maçaneta se mexeu, mas apenas pude sorrir e chorar em ver minha irmã mais velha entrando por aquela porta.

- Parece que não mudaram a fechadura dessa casa. Como estão?

Eu pulei do colo de Lalisa indo abraçar Jisoo. Fazia três anos que eu não a via, sentia tanta falta dela que não me surpreendi em perceber que chorava. Mesmo com tanta briga, e vários desentendimentos, nós duas não vivíamos uma sem a outra, aquela ida dela havia mexido muito comigo.

- Senti a sua falta, anão de jardim.

- Ah não, Jisoo. Você com esses apelidos sem graça alguma. Pode voltar pra Flórida.

- Sei que sentiu a minha falta.

Ariana havia se dado muito bem com os meus pais, acho que todo mundo se dava bem com eles, por mais problemas que tivéssemos, éramos felizes e agora com as duas ali, me sentia completa de verdade.

Em alguns momentos Lalisa ficava quieta e eu percebia os seus olhos meio tristes, mas toda vez que eu perguntava o que de fato estava acontecendo ela mudava de assunto e tentava melhorar o seu semblante, aquilo estava me incomodando um pouco, mas o que eu poderia fazer?

Nos reunimos para jantar com um ar bem leve. O celular dela estava no silêncio mas vi quando começou a tocar no visor indicava o nome "Senhora Marquês" logo me vi em um mundo de confusão. Vi que ela estava distraída conversando com Jisoo e com a minha mãe e desliguei. Sei, era errado o celular era dela, mas era natal. Não deveria ser tão importante assim.

Quando ela se voltou para mim, voltei a me concentrar em minha comida sorrindo meio sem jeito quando ela deixou um beijo em minha bochecha. Fiquei encantada em ouvir Ari chamando os meus pais de vovó e vovô talvez ela fosse a minha filha de coração, e se o meu relacionamento com Lalisa acabasse não deixaria aquela menininha por nada nesse mundo, e sabia que os meus pais também não a deixariam tão fácil, apenas pelos os pequenos mimos que a minha mãe dava a ela, como doces e essas coisas que toda a criança gosta.

- Eu dormu com a Ari na sala, e vocês duas podem dormir no quarto.- minha irmã alegou, pegando a pequena arrancando uma gargalhada da mesma. Ao entrar no meu quarto senti uma nostalgia ao vê-lo ainda perfeito.

- Aonde Jisoo dormia?

- Hum, aqui tinhanuma beliche, mas como ela se foi, meu pai comprou uma cama apenas para mim. Posso pegar um colchão inflável se não se sentir confortável, realmente a minha cama não é tão espaçosa.

- Amor, com você eu durmo até no chão. Eu não me importo.

- As suas piadas são tão fracas, Lalisa.

- Não são não.- ela riu me puxando de volta para a cama. Fiquei arrepiada quando a sua boca se encontrou com o meu pescoço. Sorri fechando os olhos quando as suas mãos apertaram a minha cintura.- Viu só como essa cama é perfeita para nós...

- Pra você toda cama é perfeita para nós duas.

- Ainda bem que você sabe.- fiquei surpresa quando a minha blusa parou no chão.

Seus beijos continuaram pela a minha pele, parando apenas quando o seu telefone tocou. De novo.

- Hum... ignora...- murmurei querendo a sua atenção. E ela fez, ignorando o celular e começando a abrir minha calça. Porém mais uma vez aquela merda tocou.

- Argh.- ela se sentou pegando o celular. A sua cor mudou quando viu quem era. Mais uma vez era a tal da senhora Marquês.

Ainda queria saber o que estava acontecendo.

- Alô...?

Sentir (Jenlisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora